Capítulo 37

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ALEXANDRE

SEXTA-FEIRA

— Eu sei, Rodrigo, mas eu insisto, – disse ao meu amigo com firmeza. — Eu prometi a você uma viagem para o México, e é isso que farei.

— Mas eu realmente não fiz nada no final. Foi você quem suspendeu o processo.

Suspirei alto, eu não queria ter de discutir esse ponto, eu estava muito exausto mentalmente para fazer isso, mas Rodrigo não estava me deixando escapar tão facilmente.

— Olha, Rodrigo, você dedicou muito do seu tempo ao caso - tempo pelo qual poderia estar sendo pago. Você pesquisou muito e ajudou muito. Vou levar-te para o México no final da próxima semana.

Ele não respondeu por um momento, antes de concordar com um sorriso. — Bem. Talvez seja algo de que ambos precisemos.

— Exatamente. – eu precisava de uma pausa da vida real. Eu poderia ter tido sucesso em minha missão de tirar Mateus da Evelyn, mas era isso. Ela ainda iria me odiar para sempre. — É para nós dois, então você não pode discutir comigo. Vou resolver isso com a equipe mais tarde. – peguei a chave e coloquei na porta. — Estou na casa da minha mãe agora, então ligo para você mais tarde.

— Falo com você em breve!

Assim que abri a porta da frente, pude ouvir vozes descendo do andar de cima. Lamentei minha escolha de voltar para a casa da minha mãe se eu acabasse batendo papo com uma de suas amigas. Agora que ela estava muito melhor, era hora de eu voltar para casa definitivamente; ela não precisava mais de mim. Se ela estava saindo com suas amigas e voltando para sua vida independente, então eu precisava voltar para a minha.

Eu não podia sair agora, no entanto, elas provavelmente ouviram minha chave na fechadura. Seria rude da minha parte voltar atrás. Com um suspiro profundo, subi os degraus lentamente.

— Oi, mãe. – avisei que estava vindo. — Tudo bem?

— Tudo bem. – ela parecia muito feliz. — Evelyn e eu estamos apenas tomando um chá na sala de estar. Entre.

Evelyn? Ela disse Evelyn? Meu coração ricocheteou em minhas costelas com a simples menção de seu nome. Minha mãe irreversivelmente disse, Evelyn. Eu não conseguia pensar em nenhuma de suas amigas com nomes semelhantes. Ela tinha vindo me ver - tinha de ser esse o caso. Se ela só quisesse ver a mãe, ela já teria ido embora. Ela sabia a que horas parei de trabalhar; ela ficou por perto para me ver.

Meus passos lentos se transformaram em uma correria enquanto eu corria em direção à sala de estar. Meus olhos precisavam de confirmação do que meu cérebro acabou de ouvir. Lá estava ela. Com certeza, quando dei uma espiada na sala de estar, eu a vi no sofá ao lado da minha mãe, sorrindo para mim. Seu cabelo escuro caía em cascata por suas bochechas e seus olhos brilhavam de emoção. Eu não sabia o que ela estava sentindo ainda, mas o fato de que ela estava ali era o suficiente para me fazer sorrir de orelha a orelha.

— Oi. – eu disse baixinho, de repente me sentindo como um colegial apaixonado. Eu tinha certeza de que estava até mesmo corando.

— Oi. – ela respondeu, tão timidamente.

O silêncio pairou no ar por um momento, pois nenhum de nós sabia o que dizer. Eu mudei de um pé para o outro desajeitadamente enquanto esforçava meu cérebro para tentar encontrar as próximas palavras. Com a minha mãe por perto, simplesmente não havia maneira fácil de ter essa conversa.

— Eu preciso ir. – minha mãe interrompeu, não com muito tato. Ela entendeu que precisávamos de um tempo a sós. Obrigado Senhor. Eu não queria ser áspero e expulsá-la de sua própria sala de estar, então fiquei feliz por ela ter tomado essa decisão por mim. — Eu tenho que ir e resolver algumas coisas no meu quarto.

Mãe Solteira do Meu BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora