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Carol 🌸

Admito que eu não estava confortável, a coisa que eu mais queria era ir pra casa.

Parei de andar, puxando a mão dele e ele me olhou.

Carol: Vamos ficar por muito tempo? - Falei vendo ele me analisar.

Grego: Só vou lá em cima, buscar uma parada...- Falou me colocando na escada, pra subir primeiro.- Tu é fresca, menor.

Carol: Só não gosto de muita gente junta em um canto só.- Falei com ele me empurrando pra frente dele.- Nem de fuzil do meu lado.

Grego: Ninguém vai encostar em tu não, segue mec.- Falou puxando uma cadeira, me colocando sentando.- Eu volto, é rapidão.

Carol: Mas eu vou ficar sozinha em um lugar que não conheço ninguém?

Grego: Vou tá na tua frente, deixa de caô.- Falou se afastando, realmente perto dos meus olhos, em um grupinho De homens com fuzil.

Eles falaram alguma coisa e logo todos olharam pra mim. Olhei pro Grego que negou com a cabeça, chamando atenção dele para o que ele falava.

Sentou um menino do meu lado, de cabelo platinado, cheio de correntes e anéis e ele olhou pra mim.

- Tu é envolvida com alguém?

Carol: Não.- Arqueei a sobrancelha.

- Suave! Sou o cabelinho, satisfação.

Carol: Carol.- Sorri fraco.

Cabelinho: Aí, tu é mó gatinha, tá ligada? Tava passando e te vi, mó linda mermo. Com todo respeito, claro.

Carol: Obrigada.- Falei rindo.

Cabelinho: Rola nem um sem compromisso...- A fala dele foi interrompida, pelo Grego.

Grego: Tem missão, urubu.- o tal cabelinho se levantou.- Tu vai?

Cabelinho: Quanto?

Grego: Dois mil, pra cada um.- Ele sorriu, balançando a cabeça.

Cabelinho: Depois nós troca uma idéia, princesa.- Falou dando tchau pra mim e saindo.

Grego: Eu tenho missão agora, bora embora?

Carol: Pode ser...- Dei os ombros, me levantando.

Ele segurou minha cintura e foi me guiando pra fora. Quando eu já tava fora da multidão, olhei pra trás, não achando o Grego.

Já comecei a ficar nervosa, vendo os becos todos escuros e com pouca movimentação.

Peguei meu celular, mas em segundos ele saiu do meio de geral, limpando a boca.

Grego: Foi mal...- Falou passando por mim e me puxando.

Respirei fundo, com a mão no coração e montei na moto com ele.

Ele parou na porta do meu apartamento e eu desci, parando do lado da moto.

Carol: Você tá quase virando meu melhor amigo...- Brinquei, vendo ele fazer cara de deboche.

Grego: Amigo? Foi foda! - Coçou a cabeça.

Carol: Nem acho...- Falei me aproximando pra abraçar ele.

Ele me afastou e desceu, dando a volta na moto, o que me fez sorrir e ele me abraçou, colocando a mão na minha bunda e apertando.

Carol: Que amigo falso e interesseiro...- Falei subindo as mãos dele.

Grego: Tenho que ganhar alguma coisa, né? - Falou me olhando, enquanto as mãos estavam na minha cintura.

Ele tirou uma mão da minha cintura, levando pro meu pescoço e aproximando o rosto do meu.

Eu dei um selinho nele, tentando me afastar e ele segurou meu rosto, me puxando pra um beijo.

Ele quis levar o beijo rapidamente, mas eu deixei o beijo lento, porque ele já beijava bem, sendo beijo lento então.

Ele encostou na moto, me fazendo apoiar nele e ele me fazer roçar nele.

O raidinho dele começou a falar, o que fez eu me assustar e separar dele.

Ele deixou uma mão na minha cintura e pegou o raidinho com outra.

Várias vozes chamavam por ele, dizendo que ele estava atrasado e ele foi responder.

Carol: Tchau...- Beijei a bochecha dele e me afastei.

Grego: Falô, qualquer parada tu liga aí...- Falou tirando raidinho de perto e dando a volta na moto.

Fiz legal pra ele e caminhei até a entrada do meu prédio, sentindo minha barriga formigar.

Acariciei ela por cima da roupa e peguei o elevador, vendo ele saindo na moto...

Acaso No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora