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1 mês depois...

Carol 🌸

Olhei a data, que mostrava dia vinte e cinco de maio.

Sorri de lado feliz mas logo tirei atenção, vendo o Grego me olhar.

Meia noite hoje, dia do meu aniversário.

Porém, eu estava conversando com o gregoti, sobre a vida dele, que parecia mal.

Como sempre, na praia.

Grego: Colfoi? - Neguei com a cabeça, dando um pequeno sorriso.

Carol: Continua falando, foi mal.- Falei olhando pra mão dele, parada na minha coxa.

Grego: Sei lá, tá tudo zoado. Essas paradas de minha coroa nem batia na minha cabeça, hoje tá batendo forte.

Carol: Você já conversou com ela?

Grego: Tu acha que eu consigo, Carol? Ela só me quer por perto pra conseguir as drogas, o dinheiro.- Passei a mão no cabelo dele.

Carol: Ela não merece você como filho então.- Ele bufou.- Tenta não dar mais o que ela quer, como drogas e essas coisas.

Grego: Mas é minha mãe, cara.

Carol: Existe relações tóxicas também entre mães e filhos, o que é seu caso.- Falei pegando meu celular, que tocava.- Calma.

Ligação on 📱

Natasha: Feliz aniversário...- Gritou, me fazendo tirar o celular do ouvido e grego me olhar.

Carol: Depois amiga, mas obrigada.

Natasha: Você tá com quem? É o capetinha?

Grego: E aí, corna.- Falou deitando a cabeça no meu ombro, pra escutar ela.

Natasha: Deus me livre ser igual a você, amigo. Mas depois eu ligo pra vocês, beijos. Aproveita teu dia pra dar bastante, amiga.

Ligação off 📱

Carol: Safada...- Sorri, colocando o celular na minha perna.

A todo momento, chegava alguma notificação, de alguma rede social.

Coloquei o celular com o visor pra baixo, na minha perna e modo avião.

Grego: Como tu não fala essas paradas? Nem conta nada pro cara.

Carol: Mas a gente tá falando de você agora, depois eu contava.

Grego: Beleza...- Murmurou, me fazendo olhar pra ele.

Carol: Tá vendo a hora? Hora de você parar de fazer drama.- Ele olhou pra cima.- Tá bom, Grego. Você é muito sujo, ridículo.

Grego: Bernardo, saco de vento.- Me olhou.- Eu num te disse que ia dizer meu nome qualquer dia desses?

Carol: Que fofo...- Falei agarrando o pescoço dele.

Grego: Parabéns, gatinha.- Falou contra minha boca, mordendo meu lábio inferior.

Dei um beijo nele, que se aproveitou e colocou a mão na minha coxa.

Fazia um mês que a gente apenas ficava também. Porém a gente começou a se ver poucos dias.

As missões dele só aumentavam e ele dizia que queria chegar no topo, então sempre ia.

Eu entendia e nem ligava muito também, as vezes ele mandava umas fotos zoadas com cara total de sono, do nada me liga, quando ele acorda e eu tô dormindo.

Posso dizer que os horários são totalmente opostos, mas a gente sempre tá tentando permanecer juntos o maior tempo possível.

Sei lá, as vezes eu volto e fico totalmente insegura.

As vezes eu confio demais, me entrego demais.

O que me deixa assustada, de certa forma, é que a gente nuca transou.

Um mês com beijos e selinhos, nada mais.

As vezes acho que é medo dele, pela Júlia, que aliás ele considera como afilhada dele.

Grego: Quer ir pra onde?

Carol: Me diz o seu lugar preferido.

Grego: O aniversário é seu, quem diz é você.

Carol: Mas a gente sempre vem pro meu lugar, agora é a vez do seu.

Grego: O lugar que eu mais gosto é o morro, me traz paz, quando não tem invasão e essas paradas.

Carol: Além de seu lugar prefiro ser do meu lado, claro que é o morro.- Brinquei.

Grego: Ficar contigo também é, às vezes.- Dei língua.

Carol: Vamos pro morro? Você nunca me levou pra conhecer.

Grego: Bora.- Levantou, me puxando junto.

Como minha barriga já era grandinha de quatro meses, eu só vivia ou de blusas grandes, ou de vestido.

As vezes só vivia de cropped, pra mostrar essa belezinha.

E hoje era um desses dias.

Ele montou na moto, em seguida eu subi e como sempre, ele meteu o pé.

Acaso No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora