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Carol: Fiz janta pra gente.- Falou fazendo um bico, assim que eu entrei.

Grego: Tô sem fome. Teu remédio.- Entreguei a sacola pra ela.

Carol: Fiz comida para nós. - Repetiu, se levantando.

Grego: Já comi, Carol...- Falei sem pano, vendo ela fazer outro bico.

Carol: Júlia tá com fome e ela só come se você comer.

Grego: Aí você já quer tirar uma com a minha cara.- Ela riu, me abraçando.- Caralho Carol, tu tá quente demais.

Carol: Eu sei, foi o sol de hoje de manhã.

Grego: Com teu macho, né? - Respondi debochado, fazendo ela gargalhar.

Carol: Eu te avisei, mandei várias mensagens te chamando e depois disse que ele iria.- Falou indo pra cozinha.- mas você resolveu me ignorar.

Grego: É, nem tive motivos.- Sorri falso, ligando a televisão.

Ela ficou calada, enquanto eu só escutava o barulho das panelas.

Comigo não tinha essa putaria, de "não consigo ficar brigado com ela.", que se foda menor, se tem motivo eu brigo mermo e pronto.

E papo reto, sem neurose? Tava aqui só pela febre, de um jeito ainda tava preocupado com ela.

Ela sentou na mesa e começou a comer sozinha, o cheiro tava bom pra caralho mas eu já tinha comido mermo.

Tirei minha camisa e joguei no sofá, atrás de mim, assistindo algum filme que passava.

Carol: Me deixa comer...- Ouvi ela falando baixo pra caraí, passando a mão na barriga.- Tudo bem, já entendi, não precisa de mais nada, ok garotinha!?

Grego: O que foi? - Olhei pra ela, que colocava o arroz de volta na panela.

Carol: Ânsia de vômito só de colocar a colher perto da minha boca.- Riu sem graça, tirando tudo da mesa.

Grego: Tu tem que comer alguma coisa, pode ficar de barriga seca não.- Falei indo pro lado dela.

Carol: Se eu comer vou vomitar, não tô afim.- Fez uma carinha triste.

Grego: Já tomou um banho? - Falei bufando.

Carol: Ô Bê, já te pedi desculpa, para com isso.- Falou virando de frente pra mim.- Namorar com mulher grávida é namorar com mulher de tpm por nove meses.

Grego: Não tenho paciência, nem sou teu saco de pancadas.- ela revirou os olhos.

Carol: Tá bom então.- Falou dando os ombros.- Vai se foder.

Grego: É? - Falei prendendo o riso, vendo a cara de ratinha brava dela.- Ó Carol, vem cá...

Ela voltou, sendo puxada e eu segurei o rosto dele, jogando o cabelo pra trás e beijando ela.

Como sempre a gente se beijava com intensidade e sempre, mesmo que a gente pasasse o dia beijando, sempre beijava com gostinho de saudades.

Ela passou as unhas pelas minhas costas e eu arrepiei todinho, descendo o beijo pro pescoço dela, que também tava arrepiada.

Deixei a minha marca bem grande ali, vendo ela de olhos fechados e a boca um pouco aberta.

Grego: Ficou tão gostosa com essa marquinha...- Falei descendo pra beijar o peito dela.

Carol: Hmm, gostou? - Murmurou, rindo baixinho.

Grego: É sério, filha da puta gostosa! - Dei um tapa forte na bunda dela, fazendo ela quase cair nos meus braços.

Carol: Amor, escuta...- Falou rindo, beijando meu pescoço.

Grego: Para de me chamar de amor, emocionada...- Brinquei, vendo ela rolar os olhos.

Carol: Olha, AMOR...- Sorriu falso.- Poderíamos sair hoje?

Grego: Para onde, garotinha? - Ela sorriu, agarrando meu pescoço.

Carol: Qualquer lugar, que você queira ir, que não seja perigoso pra você...

Grego: Sábado é dia de baile e eu ia depois que saísse daqui.- Ela deu os ombros.- Mas tô ligado que tu não gosta, então a gente pode ir pra praia?

Carol: Tô vomitando só de ver areia.- Brincou.- Tá tendo uma festinha, com uns conhecidos meus, não sei se faz muito teu estilo, mas quer ir?

Grego: Pode ser...- Sorri fraco, dando um selinho nela.

Ela abriu a boca, deixando espaço para um beijo e eu continuei.

Deixei ela se arrumando, enquanto olhava cada pedacinho do corpo dela e ainda parava na barriga.

Vou negar não, conhecia a Carol só têm dois meses.

Me envolvi com ela de um jeito que nunca fui com ninguém, dei confiança e espaço pra ela chegar na minha vida.

E além disso, sentia uma parada enorme pela menor Júlia, namoral! Era bom demais a sensação de ter ela chutando, ou essas paradas.

Podia não ser o pai, mas eu ia ser aquele tiozão bom pra caralho, que vai tá sempre ali.

Acaso No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora