Acaso No Morro.

17

Grego ⚡

Grego: Você se apegou tão fácil assim? - Perguntei impressionado, vendo que essa mulher era tudo que eu precisava na minha vida, só pela postura.

Sem joguinhos, sem rodeios, tudo na lata. Ela era foda, foda pra caralho.

Carol: Já são quase dois meses nessa brincadeira, acho que se sua intenção era me iludir você conseguiu, se empenhou bastante.

Grego: Ih, eu ia ganhar o que te iludindo? Só dor de cabeça.

Carol: Você é homem, essa é a raça de vocês.

Grego: E você é mulher, só maltrata.- Falei ainda tentando entrar.- Uê, cara, deixa eu entrar! Tu não quer conversar? Pôr tudo limpa, sem pano? Tô tentando...

Carol: Quando eu mandar você vai embora?

Grego: Manda nada.- Ela riu debochada, deixando eu passar.

Parei na frente dela, segurando a cintura. Ela me olhou, virando o rosto quando eu me aproximei e eu sorrir, descendo pra beijar a barriga dela, que me fez sentir um formigamento.

Grego: Ela me ama, você não pode me afastar.

Carol: Poupe meus ovários.

Grego: Tu não quer mermo sair pra jantar? Imagianei e preparei algo massa pra gente, tá ligada? - Ela cruzou os braços.- papo reto...

Carol: Depois da conversa.- Bufei, me jogando no sofá e colocando os pés em cima, só pra provocar ela que odiava isso.- Tira a pata daí.- Gritou, me batendo.

Grego: O que você quer pra gente poder ir jantar? Tô com fome.

Carol: Eu quero resposta, de tudo que eu te perguntei e não vou repetir.

Grego: Você pergunta muito, tô sem tempo demais.

Carol: Vaza...- Olhei pra porta.

Grego: Tá, Carolina....

Carol: Meu nome é apenas Carol.

Grego: Mas agora quando eu tiver puto com você vou chamar de Carolina, problema?

Carol: Do jeito que você tá, não vai nem falar mais meu nome.

Grego: Carolina, eu já fiquei com uma menina, enquanto nós, entre aspas...- Deixei claro.- Tinhamos beijado pela primeira vez.

Carol: Seja sincero comigo, só uma? Eu juro que não tô cobrando nada, tô perguntando. Se não quiser responder tá bom, mas se responder, seja com sinceridade.

Grego: Nesse dia eu fiz uma orgia...- Cocei a garganta, vendo ela me olhar com deboche.- Fiquei com várias, na só beijei uma, sem zoeira.

Carol: O que mais?

Grego: E foi isso. Daí pra frente, você era minha única opção, ou melhor, a melhor opção.

Carol: Não é pra ser fofo agora, cala a boca e continua.- Cocei a cabeça.

Grego: É isso uê, eu só fui embora porque hoje eu tava pensando em todo mal que eu podia fazer. E é isso que eu queria deixar claro pra você. Eu não sou uma pessoa tão boa pros outros quanto eu sou pra você, nem sei me controlar em algumas coisas.

Carol: Você é machista abusivo?

Grego: Sei lá, homi... Eu sou eu, eu sou como eu fui criado, pra matar ou morrer, pra confiar desconfiando, pra foder com os outros antes deles foderem comigo.

Carol: Então...

Grego: Eu posso te machucar, te deixar mal, te fazer chorar e caralho, odeio admitir isso mas isso é a última coisa que eu quero fazer na minha vida.- Joguei a cabeça pra trás.- Eu não tô sendo egoísta de esconder isso de você é fingir que nada tá acontecendo, mas você também não pode escutar isso, aceitar e mais pra frente, ser egoísta também de dizer que eu não te avisei, ou que você não sabia.

Carol: Eu não sou assim, sou muito mais que isso. Se você apenas aumentasse o tom de voz comigo, Grego, eu iria o mais longe possível de você. Você sabe que além de mim, isso tudo envolve a minha filha.

Grego: Eu não sou louco, eu sei. Então eu tô dizendo, tu pode conhecer a minha pior versão, tu já tá conhecendo a melhor.

Carol: E me responde a última coisa que eu te perguntei, mais cedo.

Bufei, já tava ficando putão, tanta pergunta, tanto caô e eu só queria paz, comida e essa mulher do meu lado, era tão difícil?

▪▪▪

Maratona 2/4

+100.