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Grego ⚡

Terminamos o assalto e geral já tava no morro, fazendo a contagem enquanto eu fuma um.

Cabeça: 20 mil.- Falou me olhando.

Grego: 2,500 pra geral.- Falei vendo eles comemorando.

Geral pegou uma parte, alguns foram pra casa, outros brotaram no baile e alguns ficaram aqui.

Olhei o movimento do cabelinho, se chegando pro meu lado.

Cabelinho: aí, aquela é tua nega é? - Eu ri.- Coe, achei ela massa.

Grego: Vai trabalhar, parceiro...- Falei me levantando.

Olhei o rolex, vendo duas da manhã. Peguei a minha ninja, indo pra casa da minha mãe, que de cara eu já vi ela fazendo carrerinha de pó.

Brenda: Milagre é esse tu vindo aqui sem eu chamar? - Encostei na porta.

Grego: Tu só me chama quando quer alguma coisa, principalmente droga...- Falei olhando pelos cantos.

Brenda: Claro, tu trabalha pra me agradar, né não? - Neguei com a cabeça.

Grego: É pô...- Falei abrindo a porta pra ir embora.

Brenda: Tá ficando bolado é? Virou emocionado desde quando? Senta aqui pra nós puxar um.

Grego: Tô afim hoje não.- Fechei a porta, pegando o meu celular.

Olhei a mensagem da Débora, que perguntava onde eu tava e eu já peguei a visão dela.

Fui no encontro dela, que tava num barzinho com a mãe e as tias.

Ela me viu de longe, me olhou como se perguntasse se podia vir.

Eu pouco falava com ela em público, mas era mais pela Florência.

Só comecei a pegar ela porque a magrinha falou as paradas lá, de traição.

Se eu ia ser corno, Florência ia também.

Mas antes disso, nunca tinha nem mente pra pegar outras.

Sabia nem a mente da Débora também, só conversei com ela no dia que eu traí a outra.

Só tava ligado que tinha 17 anos e morava com a mãe.

Balancei a cabeça e ela se levantou, vindo pra cá.

Tava de vestido, o cabelo moreno solto e o vestido longo.

Débora: Achei que você tivesse no baile.- Falou sentando do meu lado.

Grego: Saí de missão agora...- Falei passando a mão na cabeça.

Débora: Fiquei sabendo que você ficou com a Fernanda hoje, no baile.

Grego: Ela me agarrou, tava com uma aliada minha saindo do baile e do nada a louca me puxa, tentando me beijar...- Falei sem pano, tava nem aí, só não gostava de gente que passava pano nas coisas pra sair por cima.

Tipo a Fernanda, dizendo que ficou comigo pra pagar de foda pro bonde.

Meu celular começou a tocar e eu tirei do bolso, vendo a Carol ligando.

Coloquei o celular no ouvido e só conseguir ouvir barulho e algumas vozes.

Grego: Alô? - Falei escutando alguém sussurrando, longe do celular.- Carol?

- Acho melhor não fazer nada, agora...- Escutei alguém dizendo.

Grego: Eu preciso ir resolver uma fita aí...- Falei me levantando, vendo a Débora me seguir com o olhar.

Fui pra minha moto e meti o pé pra casa dá Carol, ajeitando a pistola na cintura...

Acaso No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora