Acaso No Morro.

09

Carol 🌸

Natasha: Olha, eu amo você e entendo seu coração bom, mas a Florência, ia te deixar morrer, ia ajudar a matar você e ainda ia pular em cima do seu caixão.

Carol: Entendo, Nat. Mas não é porque as outras pessoas vão ser más, que nós deveremos ser também.

Natasha: Beleza então, quando ela te matar você diz isso.

Carol: O que eu tô querendo dizer, é que eu não vou pagar na mesma moeda. Tipo, eu não preciso foder com quem me fodeu, uma hora a cobrança vem.

Natasha: Você tem é que parar com isso de ter o coração bom, a gente tem que arrancar a cabeça dela e colocar num pote, pendurado na entrada do seu apartamento...- Olhei pra ela.

Carol: Que horror, garota.- Prendi o riso.

Natasha: Não, mas já pensou se o homem lá te matava junto com ela? Sorte tua que ele deveria tá de bom humor, pra desistir assim e tu sair sem arranhão algum.

Carol: Você só pensa em coisa ruim.

Natasha: Você só pensa em coisas boas.

Carol: Tá, mas o que vai fazer amanhã de manhã?

Natasha: Além de dormir? - Assenti.- Dormir mais um pouco.

Carol: Ou vai pra praia com a gente...- Falei me levantando, ajeitando as sacolas em um braço e meu sorvete na outra mão.

Nat: Eu tenho alergia a acordar cedo.- Falou balançando a cabeça.

Carol: Quando a gente voltar pro Texas, você vai ter alergia de ficar longe da gente, isso sim.

Nat: Meu cu que você vai...- Falou alto o bastante pra geral olhar pra gente.- Você não perdeu nada lá.

Carol: Uma vida melhor pra mim e para minha filha, acho que é bastante coisa.

Nat: E você vai sozinha? Para né, você não vai ter ninguém lá, não vai poder sair sem a Júlia, porque ninguém é de confiança. Você vai ficar aqui no Brasil e não tem bem opções.

Carol: Só se você ficar com a Júlia enquanto eu trabalho ou faço meus cursos.

Nat: Tenho alergia a criança...- Fingiu um espirro.

Carol: Eu tenho alergia a suas falsidades...- Ela sorriu, me abraçando de lado.

Combinamos de ir pra praia amanhã e fomos saindo do shopping, ela pegou um uber e eu peguei um pra minha casa.

Cheguei lá vendo a Florência sentada no sofá, assistindo tv.

Não falei nada, enquanto ela abriu a boca.

Flor: Queria agradecer...- Cortei ela.

Carol: Você só tá aqui hoje, pelo nosso pai. Após esse jantar você não pisa nem mais aqui.- Ela me olhou.- E eu só te ajudei a sair dali não foi por você, novamente foi pelo meu pai.

Ela me olhou e eu fui pro meu quarto, deixando minhas compras lá, ela seguida trancado a porta e me jogando na cama pra ver as coisinhas que eu tinha comprado pra Júlia.