Observei o carro parando em um condomínio nobre na zona Sul, respirei aliviada e fui a primeira a descer do carro.
Augusto: Tenho que ir buscar as chaves, Carol.- Olhei pra ele.
Carol: Pode ir, eu espero aqui.- Sorri fraco, vendo ele balançar a cabeça.
Flor: Carol, eu posso ir junto? - Olhei pra ela.- Eu quero muito ir no banheiro, sério.
Carol: Pode ir, Florência...- Dei os ombros, vendo ela seguir o Augusto.
Grego: Tu é magrinha mas dá um caldo...- Falou parando na porta do carro.
Carol: O que você falou? - Encarei ele.
Grego: Eu, prefiro uma carne, tá ligada? Uma gordinha umas paradas aí, mas tu dá um caldo bom também.
Carol: Que língua é essa?
Grego: A da gíria, nunca ouviu falar não? Favela, comunidade...?
Carol: Você mora em uma? - Arqueei a sobrancelha.
Grego: Não só moro como sou dono também, coe?
Fiquei calada e dei os ombros, olhando para o mesmo que continuou me olhando também.
Grego: Tu não se arrepende de tá perdendo tua vida muito nova não?
Carol: E eu tive escolha? - Falei me levantando.
Grego: Todo mundo tem, independente da situação.
Carol: E por que você tá nesse mundo? - Coloquei a mão na cabeça, sentindo uma tontura.
Grego: Eu gosto de me aventurar.- Falou colocando a mão na minha cintura.- Senta aí, tu tá malzona.
Carol: É normal...- Falei sentada.
Segundos depois, Florência voltou sozinha, chamando a gente.
Fui pegar a minha mala mas o Grego tomou da minha mão, apontando pra entrada.
Sorri fraco e fui entrando, com a mão na barriga, pela pequena cólica que eu sentia.
Esperei os dois, que logo pararam do meu lado e Florência foi guiando.
Chegamos na porta e eu abri, vendo tudo limpo e organizado, com a mobília de cores brancas e pretas, do jeito que eu gosto.
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Acaso No Morro.
Novela JuvenilEu estava com ele, mas meu coração escolheu você, no começo parecia a escolha certa, eu tinha certeza, mas você foi mudando, levando embora tudo o que construímos, o nosso amor. Eu queria dizer que você foi o melhor, mas você com toda certeza, foi o...