Capítulo 22 • Hold on

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O capítulo ta bem pesado... Não queria dizer que "eu avisei", MAS EU AVISEI.

Não chorem :(

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POV Lauren Jauregui

Em cima das tábuas envelhecidas do nosso quarto, o corpo desacordado de Camila fazia meu coração se apertar a cada batida, me fazia ficar cada vez mais desesperada a fim de tomar uma decisão boa. O líquido vermelho se espalhava em pequenas porções pelo solo amadeirado. Os lábios finos e macios tinham cortes profundos, os olhos marcados por marcas roxas estavam fechados. Em sua testa um enorme corte deixava o sangue vivo e quentes escorrer sem nunca dar trégua. O que tinha acontecido!? O que fez com que a garota que fazia meu coração se acelerar estar em situações tão degradáveis? Meu rosto estava inundado em lágrimas, enquanto dos meus lábios, apenas saiam as mesmas palavra: "por favor, não me deixe".

Perdi a noção de quanto tempo fiquei acariciando e observando o corpo da minha namorada, chorando enquanto meu corpo estava preso no momento. Eu não conseguia pensar, não conseguia raciocínar direito, tudo o que conseguia fazer era chorar e implorar para que seu corpo não fosse em direção a luz.

Minutos antes do momento perturbador, eu estava voltando para o nosso quarto, depois de tomar banho e então… subitamente, no mesmo segundo que adentrei o quarto avistei seu corpo ferido. Se eu não tivesse saido daquele quarto… se eu tivesse ficado na cama abraçando-a da forma como sempre fiz, talvez assim nada disso tivesse acontecido.

Sentia meu coração se apertar tão forte a ponto de eu achar que teria um ataque cardíaco. Minha visão estava totalmente turva e minha garganta ardia como o inferno. Tudo o que eu mais queria, o meu desejo mais profundo, era ouvir a voz adocicada chamar o meu nome outra vez.

—Camz… por favor. V-você me deve explicações! Por favor!

As lágrimas molhava minha camiseta recém trocada, assim como o sangue quente de Camila, manchando o tecido.

Fechei os olhos, respirei fundo. Tentei falhamente me acalmar. Eu precisava de ajuda, precisava levar minha garota para algum lugar seguro onde pessoas a ajudariam. Eu precisava mais do que nunca, sair da bolha de medo e aflição na qual eu estava.

Segurei com força o corpo ferido e frio, passando meu antebraço pelas partes inferiores. Eu ignorei completamente aqueles sussuros compulsivos que tentavam me alertar que alguma bactéria tentaria me infectar. Eu não podia me entregar a isso… agora não! Ela precisa de mim, ela precisava que eu a levasse para algum lugar seguro. E eu precisava da minha garota viva.

1… 2… 3…

Contei mentalmente enquanto ficava de pé com o corpo da minha namorada nos braços. O sangue viscoso era a última coisa quente em seu corpo, o que me preocupava em níveis absurdos.

—A-aguenta por mim, amor. S-só mais um p-pouco. E-eu te prometi, v-vai dar tudo certo.

Apliquei o máximo da minha força nos meus braços, enquanto começei a correr para fora do quarto.

Talvez fosse culpa da adranalina enquanto eu corria, talvez fosse a minha incessavél vontade de chegar o quão antes na enfermaria, mas mal notei quando olhares aterrorizados e pessoas chamando pelo meu nome tentaram tomar minha atenção. Eu precisava tanto conseguir, eu precisava muito.

Meu coração não parou de doer em sequer um segundo, assim como minha garganta se contraia e fazia todas as partes do meu corpo doerem. As lágrimas queimavam meu rosto e dificultavam minha visão. Doia. Eu sentia a dor que Camila sentiu. Eu sentia culpa… e por Deus, se algo acontecesse com ela, eu não seria capaz de seguir em frente.

The CampOnde histórias criam vida. Descubra agora