Capítulo 11 • Touch me and you'll never be alone

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Oi gente, voltei :)).

Eu gostaria de agradecer mais uma vez a todo mundo que está acompanhando a fic. Sejam fantasminhas ou os que interagem demais, eu amo vocês demais ❤❤

Sem muitas enrolacões, vamos para o capítulo. (Capítulo que ficou um pouquiinho comprido né? Rs)

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POV Camila Cabello

Poderia ser mais uma das incontáveis manhãs em que eu acordava presentada por uma paralisia do sono carregada de demônios — literalmente demônios —. Ou poderia ser uma das manhãs em que eu acordava indisposta para tudo e todos, desejando apenas o conforto e segurança da minha cama. Poderia simplesmente ser uma manhã monótona em que eu me acordava sozinha e fazia o de sempre, sem mudanças quaisquer. Mas essa manhã, diferente das várias outras, me despertou da melhor forma que poderia existir.

Quando as frechas de luz invadiram minhas pálpebras, causando ali em um pequeno desconforto, não demorei muito para perceber que Lauren havia resolvido dormir comigo. Descobri tal fator não somente pelas mãos macias abraçando meu corpo, transmitindo um calor inconfundível no mesmo, nem pelo perfume natural da garota, o que mais me chamou atenção aquela manhã foi como os lábios quentes e úmidos traçavam pequenos beijinhos por todas as partes do meu rosto. Sem me segurar muito, e não querendo fazer isso, desenhei em meus lábios um dos meus melhores sorrisos que conseguia. Assim que tomei coragem, deixei que meus olhos se acostumassem com a claridade do cômodo e que a silhueta perfeita de Lauren se fizesse perfeita a minha frente. Os cabelos negros bagunçados, assim como a roupa desajeita em seu corpo perfeitamente moldado por deuses e a forma como o edredom branco caía sobre metade de seu corpo, me fizera suspirar profundamente. Como diabos aquela garota estava deitada na minha cama, me olhando com aquelas joias verdes tão intensas? Como ela não estava em um museu ou algo do tipo?

Voltando a encarar a imensidão verde e brilhante — estando ciente que sair do transe no qual os mesmos me prendiam não seria algo fácil — me peguei me perguntando algo que era de extrema importância para a minha sanidade mental quanto a minha relação com a de olhos verdes. Ela sentia o mesmo? ela sentia inúmeras e inúmeras borboletas voando, se agitando em seu estômago, fazendo com que ela se sentisse leve? Lauren alguma fez se sentira tão protegida e alheia ao mundo quanto eu ficava pelo simples fato de estar perto dela? Quando as mãos branquinhas seguravam as minhas, traziam consigo uma corrente elétrica capaz de fazê-la bambear as pernas? Esses pequenos sentimentos, que juntos formavam o meu vício pela garota de pele pálida, eram o que eu normalmente chamaria de… algo impossível? Quer dizer, há um mês atrás eu não tinha amigos, eu nunca havia dado tantas risadas e jamais havia me sentido desta forma. Era tudo novo, tudo muito bom — ou muito doloroso, no caso dos pequenos surtos que venho tendo — tudo, em um grande conjunto, assemelhava-se muito com os livros no qual eu normalmente lia, mas nunca imaginei que poderia acontecer com alguém como eu.

Me tirando dos meus devaneios e me levando a um estado de êxtase absoluto, Lauren afastou os cabelos esparramados pelo meu rosto, levando-os atrás da minha orelha. E então ela voltou a me olhar como antes. Um sorriso enorme e bobo pintava os seus lábios, os olhinhos migrando pelo meu corpo, parando a cada centímetro para dar uma boa análise — não com malícia, mas como se tentasse me desvendar —. Quando seu olhar estacou nos meus lábios e sua mão quentinha fora parar na minha bochecha, tive a certeza de que ela faria aquilo que eu tanto amava. Por esse motivo, fechei meus olhos suavemente. A não tão nova sensação que ela me deu, os lábios úmidos entrando em contato com os meus. De forma quase desesperadora, as borboletas se agitaram no meu estômago e jurava poder ouvir o som do meu coração martelando fortemente no meu peito.

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