The Camp

Capítulo 30 • One more light goes out

E cá estamos nós, na reta final de The Camp :((. Temos mais quatro capítulos depois desse, todos muito triste e que me fizeram chorar.

Eu tô chorando até agora, esse capítulo é muito pesado...

Vocês lembram do book trailer!? Ele vai ser super importante.

Bom... Fiquem com o capítulo :( ):

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POV Lauren Jauregui
Esperança;

Ela pode significar tudo para algumas pessoas.
Para ser muito sincera, um período grande e impioso da minha vida foi baseado em ter esperança. Cada célula, cada segundo de respiração, todos os meus sentidos, eram dependentes de uma palavra sem futuro definido. Naquela época eu ainda não sabia, que por todas minhas forças em uma única palavra, me levaria a ter a dolorosa decepção de saber que ela nunca me traria nada de bom. Aquela palavra nunca, sob nenhuma circunstância, teria compromisso de retorno com a pessoa que mais amei na minha vida. Ter esperança era inútil, visto que assim como o fogo não se transforma em gelo, o passado não voltava a ser o presente, anjos não voltam a vida.

É fácil ter esperança que um dia, seus remédios para compulsão obsessiva façam, ao menos, respirar ser uma tarefa fácil. É de extrema facilidade, ter esperança sobre qualquer assunto que não fosse o que no momento, presenciava.

Minha boca estava seca, tão seca que eu poderia jurar que um rasgo se faria nos meus lábios. Eu estava tonta, minhas pernas estavam tão fracas a ponto de não conseguir ficar em pé. Minha cabeça doia como nunca antes, e a todo momento, eu desejava que tudo não passasse de um pesadelo. Eu queria acordar suada e ofegante, e poder ter a certeza, de que a notícia que me deram por celular era falsa.

A dor;

Ela normalmente se associa a algo físico. Uma dor tangível, sensível. Mas, naquele instante, a minha dor passava de física para a dor espiritual e o vazio. A dor de ter recebido a pior das notícias que alguém poderia me dar.

Eu não fazia a mínima idéia de como acabar com aquela dor, aquela agonia irritante no meu lado esquerdo do peito. Pela primeira vez, nem a presença de Camila, segurando fortemente minhas mãos, fora o suficiente para suprir o desespero que se alastava por todo o meu corpo.

Eu repetia as palavras de consolação da minha mãe, sílaba por sílaba, claro e direto.
_"Eu sinto muito, Lauren. Sinto tanto"_ e então, as lágrimas inundavam seu rosto. Mesmo que a ligação não fosse das melhores, era nítido a forma como ela respirava com dificuldade e pronunciava as  piores palavras da minha vida, através de lágrimas.

Flashback

—Camila! — falei pela milésima vez, apertando o rosto da minha namorada com as pontinhas dos dedos — c a b e l l o!

Eram por volta das duas horas da tarde, e como qualquer adolescente atual, Camila dormia em um sono que não tinha fim. No começo, fui paciente e esperei que a menor se levantasse, enquanto eu vestia um dos seus moletons e sentia seu perfume inundar meus pulmões. Mas quando isso não aconteceu, tive a brilhante idéia de acorda-la.

A latina se revirou na cama, quando eu sentei em sua cintura.

—Me deixa dormir… — falou um pouco sonolenta.

—Eu quero atenção. — falei com a voz mais puxada que pude, o que irritaria até a mim mesma se o tom de voz não fosse por ironia.