Capítulo 32 • Game over?

567 85 32
                                    

Oi gente!

Votem no capítulo por favor... E bem, avisem pro povo o dia que vai sair o último capítulo. Eu quero muito que todos vocês vejam assim que sair, vai ser importante rs

.• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .

POV Lauren Jauregui

Meu quarto me remetia a coisas boas. Foi o lugar onde eu me arrumei - como uma idiota - para meu primeiro encontro com a Camila. Foi o mesmo lugar onde pressionei meus lábios com a ponta dos meus dedos a noite inteira, depois de beija-la pela primeira vez. Foi o lugar onde chorei de ciúmes e de raiva, onde nós fizemos amor pela primeira vez. Mas depois de um tempo, ele começou a me lembrar coisas ruins. Como eu quase perdi minha namorada, onde me ligaram para dizer que meu pai estava morto. E naquele momento pós luto, ele parecia apenas uma caixa vazia e escura, cheirando a doritos - que não dúvido nada ser obra do Harry Styles - onde eu queria me esconder para sempre. O lugar onde eu apenas desejava, infinitamente, descansar até que tudo estivesse bem.

-Você sumiu - falei para Camila.

Eu estava de costas para Cabello, tirando minhas roupas pelo que parecia a primeira vez desde que recebi aquela notícia. Senti minha pele entrar em contato com o ar frio, arrepiando meus pelos e me trazendo uma sensação de leveza.

-Eu precisava ficar sozinha um pouco.

O tom de voz da latina parecia estar sendo forçado para sair suave, como se ela escondesse algo de mim. Isso logo me alertou de que talvez ela estivesse tão abalada quanto a mim. Meu coração se apertou, minha respiração ficou um pouco mais pesada. Eu odiava, sobre tudo, não conseguir relaxar minha garota.

-Mas você... você está bem, camz?

-É claro.

Quando meus olhos capturaram a imagem de Camila, a vi pensativa, seus olhos se prendendo em algum objeto largado pelo assoalho de madeira.

Eu me aproximei da garota o bastante para que os joelhos dela, cobertos por uma fina camada de calça jeans preta, se encostassem nos meus. Então, me abaixei, mirando meus verdes nos castanhos - que estavam opacos e sem brilho -.

-Tem certeza?

Ela me olhou. A mandíbula trincada, os olhos um pouco fechados. O olhar intenso de Camila fez com que eu me arrepiasse. Não de luxúria, não de paixão, mas de... medo? Aquele era, definitivamente, um olhar que eu nunca havia visto antes.

-Vou dormir.

Talvez, o mais estranho de toda a situação, fora que ela não se deitou na nossa cama, como sempre era. Camila levantou, esbarrando nos meus joelhos com mais força que o necessário e depois, se deitou na cama oposta a minha.

De um minuto para o outro, as coisas começaram a fazer um pouco de sentido. Ela estava vulnerável, sensível, provavelmente tudo que precisava era um abraço... E eu estava paralizada demais, para pensar em qualquer outra coisa que não fosse a morte do meu pai. Eu não pensei na minha família, na minha mãe, nos meus amigos, muito menos na minha própria namorada. Quantas crises ela deveria ter tido!? Quantas pessoas devem ter tentado ajudar, sendo que eu poderia ter feito isso muito mais rápido? Minha cabeça começou a rodar, eu senti uma imensa vontade de vomitar.

-Camz... e-eu... me desculpa.

-Porra, eu só estou cansada!

Eu podia jurar ter ouvido um sussuro dizendo "porra de garota insistente", mas provavelmente fora coisa da minha imaginação. Ela poderia estar muito decepcionada comigo, mas Camila era doce demais para dizer algo parecido.

The CampOnde histórias criam vida. Descubra agora