Heyy gente.
Queria me desculpar pro prorrogar o lançamento do penúltimo capítulo (esse aqui), mas coisas muito ruins aconteceram comigo no dia em que deveria ser lançado e... Bem, eu não me senti bem para vir aqui e publicar.
Desculpa!Mas bom, aqui está o capítulo. Leiam com a bombinha de asma por perto rsrs.
.• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .• .
Dias antes
POV Camila Cabello
A agonía causada por um pesadelo, sempre trás o alívio em poder acordar com uma luz fluorescente em cima da sua cabeça, fazendo seus olhos arderem e sua cabeça girar um pouco. Você, nas melhores das hipóteses, apenas acordar um pouco ofegante e aéreo, mas sabe que tudo vai ficar bem, pois os monstros dos seus sonhos não podem ultrapassar a linha da realidade. Mas as coisas são diferentes, quando seu maior medo mora dentro de você… ou mais especificamente, junto com você.
O que aconteceu comigo, fora fruto de uma série de acontecimentos que não paravam de se repetir e rodar na minha cabeça, lembranças horríveis que ne faziam estremecer somente de pensar nas próximas possibilidades.
Como em séries, quando o policial liga pistas e acha o culpado por um crime ou o foco da trama. Eu fiz um mapa em minha mente, ligando todas as pistas que… ela… havia me dado até hoje.
Raiva. Medo. Ansiedade.
Eu sentia de tudo. E pela primeira vez, não sabia com fazer aquele sentimento sair do meu corpo. Eu não sabia como fazer a culpa parecer menos massacrante. Acima de tudo, eu não sabia se poderia confiar em mim mesma… e aquilo, aquilo era o pior sentimento que um ser humano poderia ter a desgraça de conhecer.Depois de uma madrugada em que minha mente fora ocupada pela imagem de Karla — pesadelos, ou melhor, lembranças — eu soube, o que aconteceu com Mike não poderia ter sido apenas um acidente. Eu não estava delirando, Karla não era apenas um fruto da minha imaginação. Eu sabia. Eu tinha tanta certeza, quanto sabia que o céu era azul. Fora uma coisa rápida, cortante, um choque de realidade.
Mike estava morto.
Ele estava morto.
Meu sogro estava morto, e aquilo por parte era culpa minha. Se eu tivesse levado os pensamentos mais a sério… se eu tivesse perguntado uma única vez para a Karla o que ela queria… então ele ainda estaria vivo.Minha visão ficara escura e minha mente fora abafada por pensamentos sobre quis seriam os próximos capítulos dessa novela de assassinato e culpa. Eu fechei os olhos, senti as lágrimas queimarem minhas bochechas como gotas de lava.
Depois de alguns minutos, me sentando na cama, observei Lauren finalmente cair no sono. Os olhos verdes inchados e vermelhos, sensíveis por chorarem por tanto tempo. Ela estava fraca, vulnerável. Eu me sentia a pior pessoa do mundo, pelo fato de que ela acreditou no acidente sem nem mesmo se perguntar como aquilo aconteceu. Logo depois da festa dela!? Me sentia horrivel por não ser forte o bastante para contar para ela, para não tentar. Eu me odiava por vê-la deitada, fraca, por ver a personificação do meu paraíso e da minha paz estar sujeita a pior coisa que poderia existir, por culpa minha.
—Eu amo você — sussurrei, mesmo tendo a certeza que ela nunca ouviria — me perdoa. Me perdoa Lern, mas preciso fazer isso.
Eu senti a necessidade de deitar junto a minha namorada e abraça-la. Senti imensamente a vontade de ter seus braços ao meu redor, me protegendo e me acalmando. Mas como eu faria isso? Como eu olharia de novo nos olhos da garota que eu mais amava, se parte da culpa de ela não ter mais um pai era minha?
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Camp
FanfictionCamila Cabello é uma jovem que possuí esquizofrenia paranoide e por indicação médica, é levada a um acampamento para jovens com transtornos mentais. Lá, conhece várias partes de sua vida em que nunca tivera contato, uma parte que talvez nunca devess...