Capítulo 15 • Little voices in my head

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Olha eu aqui surgindo do nada no meio da madrugada, de boa?

Bem... Escrever esse capítulo doeu muito :")

1- não odeiem a Lauren, tudo vai ser esclarecido no próximo capítulo.

2- me perdoem se doer tanto quanto doeu em mim.

3- boa leitura!!

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POV Lauren Jauregui

Quando o som agudo da voz de Ally, protestando algo — provavelmente a minha presença inoportuna — invadiu meus ouvidos, senti meu corpo inteiro despertar de um sono na qual não me lembrava ter dado início. Abaixo de mim, os lençóis brancos e fofinhos remetiam a dona que não somente o possuía, mas também tinha meu coração. Esfreguei os olhos, me controlando ao máximo para não deixar minha dor de cabeça e o cansaço excessivo se juntarem ao meu estresse matinal, isso com certeza acabaria sendo muito mal.

—Você não pode dormir fora do seu dormitório. — deu ênfase ao "seu" — você não pode sair das propriedades do acampamento. Lauren, o que tem na cabeça? Quer prejudicar a todos?

Abrindo meus olhos gradativamente, fiz com que minhas pupilas se ajustassem de acordo com a luz artificial. Notei, ao decorrer da breve descrição que meus olhos fizeram no local, que Camila não estava presente.

—Bom dia pra você também.

—Lauren, é sério oras!!

Pontadas agudas eram deferidas nas minhas têmporas, tudo é claro, consequência do álcool. Não tardei muito para levar meus dedos médios e indicadores em cada uma das minhas têmporas, massageando o local de forma circular, esperando que a insuportável dor de cabeça logo passasse com a ajuda do ato.

—Camila? — perguntei para a loira.

—Provavelmente está almoçando. Diferente se você, ela tem uma vida.

—Ally, por que tá assim comigo?

—"Assim" de que forma?

—Estranha… parece que eu fiz a pior coisa do mundo.

—Pois tentou tirar a inocência da menina Mila!

Flashbacks vieram a minha mente, momentos que graças a alguma divindade, não foram levados embora junto a uma porcentagem da minha saúde, no álcool barato daquele festa.

—Como você…

—É só dar uma olhadinha no corpo da pobrezinha. Fiz com que ela me dissesse tudo. Não tem vergonha? Depravada!

Não era novidade ter Ally reclamando sobre as minhas decisões ou atos. Para ser sincera, quando se era amiga de Ally, passar por situações assim era de longe algo incomum. Isso tão pouco me incomodava, mas no momento, apenas queria descansar da esperada ressacada que me atacara.

—É… ok. Estou indo embora. Avisa a camz?

—Não!

—Obrigada, Ally.

Com dificuldade devido ao corpo dolorido, coloquei-me em pé no chão amadeirado e sem vergonha de ser vista como um zumbi pelos corredores, traçei caminho até o meu quarto.

Não fora novidade encontrar o comodo de porta fechada e luzes desligadas. Sarah passava boa parte das tardes tentando arruinar alguma vida ou algo parecido, deixando então, o pequeno cômodo livre de sua inútil presença. Sem me importar com a escuridão parcialmente iluminada pelas frestas de luz que invadiam o quarto através da janela empoeirada de madeira, atirei-me em minha cama perfeitamente arrumada, sentindo o colchão macio amortecer o meu corpo tenso.

The CampOnde histórias criam vida. Descubra agora