O grão senhor da corte Oriente estava sentado em uma cadeira de madeira, cuidadosamente esculpidas com belíssimas gravações de jasmines que se abriam abaixo dos raios de um grande sol, esculpido no recosto da cabeça. O féerico estava com os braços cruzados na mesa de reuniões, observando o mapa junto ao seu conselheiro, um féerico de pele negra com longos cabelos trançados e olhos castanhos. Ao lado dele, o Capitão da guarda e pai de Cassandra. Sua primogênita estava sentada a sua frente, ao lado de Adara e de dois dos seus melhores soldados. Um feiticeiro loiro de olhos castanhos e pele em tom de caramelo. As orelhas do rapaz estavam escondidas embaixo dos fios encaracolados, em perfeita harmonia com o rosto fino e delicado. Ao lado dele, um segundo féerico tamborilava os dedos próximo ao mapa. Possuía uma pele bronzeada e lisa como porcelana, de modo que não o fizesse aparentar ser tão forte como era. Benjamin era um dos seus melhores guerreiros, se não o melhor. O cabelo do soldado estava penteado pra trás, descendo até metade das suas costas em fios castanhos, com algumas tranças espalhadas. Desde o ataque do grão senhor da corte primaveril, Tamlin, o sultão decidiu que organizaria o que fosse preciso para descobrir o que quer que aquele ser desprezível lhe escondia.
Após o ataque, o sultão estava em seus aposentos depois de um longo banho. Caminhava em direção a sua cama com a fraca iluminação de uma vela, presa a um castiçal em cima de sua mesa, quando percebeu a presença um pergaminho não familiar que não estivera ali até então. Desenrolando o pedaço de papel, o rei esbravejou, gritando em ódio tão alto que poderia sacudir as montanhas. No bilhete, em letras cursivas estava um único e solitário recado. " Não sabe tanto da morte de sua parceira quanto pensa. Ataque minha corte novamente, e jamais conhecerá a verdade absoluta. "
Dias se passaram, e quando Hadij decidiu finalmente sair do seu quarto, decidiu apertar ainda mais o seu território, trazendo de volta a ordem aquele local. Cassandra, agora permanecia no terceiro comando da segurança da corte oriente, estando apenas atrás de Kaled, o feiticeiro que conseguia dominar as chamas, provocando o próprio inferno ao queimar os seus inimigos. E Amin, o melhor e mais antigo guerreiro féerico que o sultão poderia conhecer. Amin era o primeiro no comando, seguindo por Kaled e Cassandra. A verdade era que o sultão já havia traçado seu plano a mais tempo do que todos esperavam, enviando cada peão para o território necessário, e mantendo os que fosse preciso. Após meses de reuniões desgastantes, conseguiu manipular cada membro do seu círculo íntimo, de modo que o capitão continuasse no palácio, mas ciente de cada sussurro que ousasse passar por aquele reino. Um espião. E pensando nisso, enviou Adara rumo a corte noturna, deixando Cassandra tomar sua forma em alguns momentos do dia. - nem mesmo os próprios criados sabiam sobre a verdadeira identidade da princesa, que agora parecia extremamente gentil e obediente.
Doía pra ele. Toda vez que olhava pra conselheira de sua filha, e a visse usando seu rosto. Doía ver aquele rosto mesmo sabendo que não era ele ali. Doía porque sentia a falta dela, porque estava perdido, estava aflito, e pelos deuses. Precisava de sua filha de volta, aquele espírito indomado e feroz, um tigre tão forte quanto seu Hakab. Em momentos que Cassandra não utilizava sua metamorfose, garantia ordem, segurança. Garantia que os prisioneiros não ousariam nunca mais sequer citar o nome de Hadij. Garantia que ele se tornasse ainda mais temido, ao menos por hora.
Amim partira, disfarçando-se como um andarilho e ouvindo cada pensamento das criaturas do território oriente, sussurrando, influenciando as bestas de modo que lhe fossem favorável. E todos os dias, quando o sol chegava a uma diferente posição, retornava ao palácio, curvando-se para o seu verdadeiro rei e finalmente, contando cada detalhe.
Benjamin fora enviado para Prythian em forma de garantir a paz, apaziguando qualquer discórdia que fosse uma ameaça a união da sua corte e as outras, e ainda assim, o soldado lhe escrevia diariamente, explicando-lhes os detalhes, diplomacias, decisões que tivera de tomar e como estava a situação em cada corte.
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𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑾𝒊𝒏𝒅 𝒂𝒏𝒅 𝑺𝒂𝒏𝒅
Fanfiction" Meu pai certa vez comprou e vendeu um pingente dourado com lápis-lazúli que vinha das ruínas de um reino árido no sudeste, onde os féericos governavam como deuses em meio a tamareiras oscilantes e palácios varridos pela areia. " [ Feyre Archeron...