ℭ𝔦𝔫𝔠𝔬

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Azriel optou por continuar no jardim, acariciando o tigre e vez ou outra, jogando algum graveto. O animal parecia feliz ao lado dele. Quando pequeno, o az de muitos séculos atrás gostaria de ter um cachorro. Era um pensamento que o fazia se sentir confortado. Hakab, como se lesse a mente do encantador, deitou a cabeça no colo dele, lambendo suas mãos no silêncio da noite.

O espião tinha de admitir que a reunião fora estranhamente agradável, monitorava o reino desde que receberam o convite, e não demorou muito para que descobrisse sobre as travessuras da princesa. No entanto, tinha de admitir. Era forte, e corajosa. Sabia o esforço necessário pra uma mulher governar aquele povo. Pareciam ter vindo do mais profundo abismo. No entanto, a resposta dela o deixara estranhamente desprevenido, e surpreso. - pelos deuses, ele não esperava aquilo. E por mais que quisesse ser hostil, julgá-la ou até mesmo contar ao sultão, quando a princesa respondera que precisava de liberdade, ele simplesmente não conseguia.

Pela manhã, decidiu que daria outra volta pelo jardim, esbarrando com um cassian extremamente sorridente no corredor. O guerreiro levou a mão até o seu ombro, dando um abraço de urso - embora mais parecesse um bêbado desesperado. Azriel o segurou caminhando com ele rumo ao jardim, infelizmente, mesmo com Cassian calado, os pensamentos pareciam estar gritando. O espião suspirou, impaciente. - Diga de uma vez.

Sorrindo maliciosamente, o guerreiro se aproximou de Az, murmurando tão baixo que se os guardas não desconfiassem de uma tramóia, com certeza agora desconfiariam. - O vi ontem com a princesa no jardim.. as escondidas.. quando iria me contar?

Azriel franziu a testa surpreso..mas o quê.. levou alguns segundos pra ficha cair, mas o espião arrastou o irmão pelo pescoço rumo ao gramado do jardim, o arremessando no chão. - Nem pense, nem por um segundo. Não compreende a gravidade que a situação causaria?

interrompo? - a voz da féerica ressou atrás dele, pegando ambos desprevenidos. Cassian ergueu as mãos, alegando ser um pobre senhor indefeso, enquanto o próprio encantador revirava os olhos, curvando-se levemente. Adara fez um sinal de que não precisaria daquilo, o encarando em silêncio. O encantador retribuiu o olhar, ambos desviando apenas quando Cassian assobiou, se espreitando e saindo de lá em silêncio.

Adara abaixou o olhar, pedindo pra que ele a acompanhasse em uma caminhada. Em silêncio, ambos deram a volta pelo jardim, quando a fêmea parou, o fitando seriamente - Você contou?

Azriel parou, virando-se para encará-la. Se continuasse com essas caminhadas, logo rhyssand o aconselharia também. E cassian.. iria lhe fazer um inferno. O espião ficou um bom tempo em silêncio, até que ela cruzou as mãos, batendo o pé impacientemente. Ele deixou escapar uma risada, desviando o olhar rapidamente, o que parecia ter aborrecido-a ainda mais. Uma voz na sua cabeça dizia " cuidado, espião. Está entrando num território perigoso. " foi quando voltou a ficar sério, finalmente respondendo. - Não.

Ela suspirou, relaxando o corpo satisfeita. - Pretende contar? Ele negou com a cabeça, se afastando. - pode me dizer o motivo? Azriel parou, encarando os olhos castanhos de Adara - você não é uma ameaça. E acredito que mereça sua liberdade.
Isso retirou um sorriso da princesa, que abaixou a cabeça em reverência. - Espião.

O encantador retribuiu a reverência graciosamente, inclinando a cabeça levemente - Espiã.

E partiu, procurando o seu grão senhor. Não se permitiu sorrir novamente.

Rhyssand


Observando da janela, rhyssand ficou surpreso ao ver a cena no jardim. De longe, podia distinguir a princesa parada, observando seu espião.. espião que agora ria.. sua parceira surgiu ao seu lado, o abraçando por trás e juntando-se para observar a cena. - Ele parece feliz. Gostaria de vê-lo dessa forma mais vezes.

𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑾𝒊𝒏𝒅 𝒂𝒏𝒅 𝑺𝒂𝒏𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora