𝔙𝔦𝔫𝔱𝔢 𝔘𝔪

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Azriel não conseguia desviar o olhar de sua parceira, acompanhando-a tão próximo que o guerreiro a suas costas parecia enjoado. Não suportaria mais. E se tivesse de prendê-la em seus braços para não perdê-la novamente, assim o faria. E quando finalmente chegaram a um armazém abandonado e com placas de madeira pregadas as janelas e porta, o macho decidiu que daria uma volta pelas redondezas, pigarreando antes de sumir entre a multidão. Privacidade.

O illyriano encontrava-se sentado em um sofá velho e empoeirado, observando sua parceira, sentada em uma poltrona pouco a sua frente, com uma lâmina dançando em suas mãos antes de se aproximar e sentar-se a mesa a frente dele, parando a poucos centímetros. Pelos deuses. Mesmo com o suor escorrendo em sua clavícula, com a poeira em seu rosto e um traje amassado, ele poderia jurar que era a fêmea mais bela que já havia visto.- Espião.

Ele sorriu, se aproximando ainda mais antes de tomar a adaga de suas mãos, girando a lâmina habilmente entre os dedos e escondendo-a em seu traje em um movimento rápido. - Sem distrações. Vossa majestade me deve respostas. Adara sorriu, avançando até que sua testa encostasse na dele. - Devo? Imaginei que me quisesse morta.

Foi a vez de Azriel arquear uma sobrancelha em confusão. Pelos deuses, estavam tão próximos que ele levou mais tempo do que precisava para formular uma resposta. - Deveria? De qual abismo profundo retirou esses pensamentos?

Adara sorriu, dando de ombros novamente antes de relaxar os mesmos, suspirando em uma exaustão profunda ao abaixar o olhar, ainda com o rosto colado ao de seu parceiro. - Bem, por onde devemos começar, exatamente? Podemos começar na parte em que eu destruí o acampamento, ou a que eu desafiei o mestre espião e o capitão na frente de todos.. e claro, não podemos esquecer de quando quebrei um osso de seu general. É uma lista extremamente longa, você sabe. Tem todos os motivos pra me odiar se assim desejar. Não o culparia se assim o fizesse. Ele piscou, a observando antes de levar uma das mãos ao queixo de sua senhora, iniciando uma carícia lenta e delicada ali. No entanto, a féerica assobiou, retornando o olhar ao dele. - Espero que não trate todas as suas inimigas assim. É uma bela forma de me odiar.. gosto de exclusividade. Adara murmurou em um tom baixo, finalmente fechando os olhos antes de curvar-se como um gato, aceitando as carícias. Quando ela ergueu o pescoço, mantendo-o a mostra, o illyriano avançou. E pela primeira vez, Azriel não se importava com as consequências. Selando os seus lábios na nuca exposta em um beijo delicado, seguiu pela pressão que marcaria a sua pele. Foi quando sua parceira gemeu baixinho, arrepiando todo seu corpo antes de levar as mãos aos seus ombros em um apoio, e sentando-se exatamente no volume pretuberante ali. Foi naquele exato momento, que Azriel soube que estava perdido.

Adara

Quando havia finalmente encontrado o espião depois de tanto tempo, Adara não sabia do que seria capaz. Havia passado dias e noites pensando na possibilidade de encontrá-lo. Mas quando um Benjamin exausto e preguiçoso havia subido as velhas escadas mencionando um illyriano estrangeiro, ela sabia. No fundo de sua alma, Adara sabia. E ainda assim, ele conseguiu surprêende-la, tomando-a em um abraço tão firme que poderia juntar cada peça quebrada dentro de si. Pelos deuses, o toque dele. O cheiro. Até mesmo aqueles olhos negros a encarando, e aquela boca espertinha. A guerreira havia o observado, levando as mãos ao maxilar de seu parceiro. Seu parceiro. Seu e de mais ninguém. E pro inferno que fosse a fêmea que ousasse se aproximar dele, concluiu. O laço estava ali, tão firme que a féerica poderia tocá-lo se assim almejasse. E ainda assim, quando haviam chego ao seu esconderijo e quando ele havia avançado em sua nuca, ela ignorou todos os limites que havia lutado pra estabelecer durante aqueles longos e calculados dias. Adara encontrava-se no colo de seu parceiro, puxando seu rosto e finalmente avançando em um beijo feroz, rapidamente retribuído pelo illyriano, que deslizava a língua pela extensão de sua boca, retirando alguns suspiros e um excitado mordiscar de lábios, conforme as longas mãos rasgavam e arrancavam suas peças, agora em frangalhos. E quando ele retirou sua túnica, e finalmente adara pôde observar seu corpo, havia perdido o ar. Ainda assim, o encantador parecia sedento pelo seu toque, mordiscando seus seios com força o suficiente pra que gemesse, junto as suas mãos, que deslizavam pelas costas expostas antes que o mesmo a ergue-se, segurando-a em um único e musculoso braço e pressionando-a contra a parede, com força o suficiente pra que ela ofegasse. Pelos deuses, Azriel sabia o que estava fazendo. e quando ele encaixou-se entre suas coxas e finalmente adentrou dentro dela, Adara tomou as mãos de seu parceiro, agarrando-o entre as pernas para garantir que este não escapasse quando gemeu alto o bastante pra sacudir as estrelas.

A féerica agora ofegava, observando seu parceiro em cima de si, que deslizando a ponta da língua pela sua nuca, acabou por tomar sua cintura firmemente, prendendo-a abaixo de si conforme mordiscava os lábios de sua senhora, se afastando lentamente antes de concluir. - Definitivamente, a odeio por isso. No entanto, adara sorriu, levando ambas as mãos trêmulas ao peitoral exposto. - Preciso de um banho. Murmurou distraidamente, e mesmo quando tentou se livrar do seu toque, o encantador tomou-a em seu colo. E mesmo após aquelas longas horas, adara queria mais. Ansiava por mais. Ainda assim, o guerrejro deveria nutrir algum rancor de sua rainha, pois atirou a mesma na banheira de pedra, de modo que esta caísse e afundasse na água. Adara praguejou, retornando a superfície conforme deslizava os dedos pelo longo cabelo, agora molhado. Estava ciente do olhar de seu parceiro sob si, congelado perante a visão dos seios úmidos e repleto de marcas, que desciam cada vez mais. Cada uma, moldada atenciosamente por ele. Reinvidicando-a. E até mesmo quando abriu as próprias pernas e permitiu que ele se ajoelhasse, adara arfou quando o encantador finalmente tomou-a pra si.

Adara era dele, era tão dele, que agora observava o reflexo do encantador na água gélida. Já havia anoitecido quando ele parecia exausto. Pelo caldeirão, estava perdida. Ainda assim, o encantador acariciava seus cabelos, retirando qualquer indício de sujeira conforme sua parceira deitava em seu peito, com os olhos fechados, quase ronronando. - Senti sua falta. O feérico arqueou a sobrancelha, desviando o olhar até o de sua parceira antes de pressionar a bochecha contra a dela, em silêncio. Adara poderia ficar ali por horas, sob seu toque. Do rosto pressionado ao seu, até o abraço firme e caloroso de seu parceiro.

No entanto, o illyriano franziu o cenho, parecendo recordar-se de algo desagradável quando enviou pelo laço. - Quem era aquele? Adara finalmente abriu os olhos, piscando em confusão. No entanto, quando percebeu o sentimento que o assolava, arqueou uma sobrancelha, levando uma das mãos a uma parte extremamente específica do corpo de seu parceiro, e quando esse afundou ainda mais na banheira, ela finalmente sussurrou. - Ciúmes, espião?

E antes que ele respondesse, ela finalmente abaixou, com a boca indo de encontro em sua vez de reinvidicá-lo, conforme o encantador gemia de prazer.

Quando haviam terminado, o guerreiro finalmente conseguira um jeito de atormentá-la. Nunca, em tantos anos, Az conseguiu sequer uma fagulha de impaciência de adara, no entanto, quando havia descoberto um corte em sua perna ao vestir sua parceira e se tornasse um macho extremamente insuportável e protetor, Adara queria atirá-lo pela janela. A féerica penteava os próprios fios com uma escova prateada, conforme o illyriano tomava seu tornozelo em uma carranca, e o que quer que estivesse murmurando, a grã-senhora recusava-se a ouvir, vez ou outra ameaçando-o com a própria escova, de modo que ele apenas resmungasse, limpando o corte exposto com um curativo improvisado. Talvez exagero, fosse pouco pro que aquilo representava. Mas ainda assim, uma parte dela gostava e não poderia culpá-lo.
E pela primeira vez, a princesa permitiu recair sob os cuidados de alguém.

𝑨 𝑪𝒐𝒖𝒓𝒕 𝒐𝒇 𝑾𝒊𝒏𝒅 𝒂𝒏𝒅 𝑺𝒂𝒏𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora