Capítulo 2

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As visitas no CTI eram rápidas, só tínhamos contato com nossos familiares durante uma mísera hora

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As visitas no CTI eram rápidas, só tínhamos contato com nossos familiares durante uma mísera hora. Assim que os ponteiros do relógio marcaram três horas da tarde, todos se prepararam para a invasão de pessoas que aconteceria naquele lugar.

Só podíamos receber duas visitas por vez, estava deitada na cama escutando o burburinho que começava a ficar alto do lado de fora do meu leito, enquanto os familiares e amigos visitavam o doente.

Não demorou muito e a cabeça de dois homens apareceram no portal do meu leito. Dei um sorriso fraco, meus irmãos entraram dentro do leito, eles me deram um abraço apertado, fazendo um sanduíche de mim.

Deitada na cama, olhava para cima e tinha a impressão que eles eram mais altos do que eu me recordava. Sou a caçula de nós três e a mais baixa também, enquanto eu tenho um e sessenta de altura, meus irmãos tem um e noventa e um e oitenta.

Sempre brincavam comigo que eu era a tampinha da família, para me irritar, colocavam o cotovelo apoiado na minha cabeça, o fazendo de apoio de braço.

Guilherme segura minha mão e pergunta como eu estava. Ele é o mais velho de nós três, tem cabelos pretos, olhos marrons, rosto fino com a barba por fazer, um corpo com ombros largos e um abdome definido.

- Estou indo Gui – Minha voz soava mais fraca do que eu queria – Como está a mamãe?

- Ela vai entrar depois de nós, ela esta bem Ka, você não tem que se preocupar com a gente e sim com você.

Meu irmão sempre conseguiu me ler muito fácil, ele sabia exatamente o que estava se passando pela a minha cabeça. Não quero ficar me lamentando, então resolvo mudar de assunto.

- E como está os voos?

- Essa semana deu um cristo fantástico, você tinha que ter ido comigo!

- Você está me devendo um salto em dupla! Vou cobrar assim que sair daqui.

- Combinado, primeira coisa que vamos fazer quando você sair.

- E como está de vida amorosa, já arrumou alguma namorada nova? – Ele desvia o olhar e ri!

- Aaaaaa, não acredito que está com alguém e nem me falou! Quem é?

- É recente irmã, mas é melhor eu contar logo, já que você vai conhece-la logo, logo.

- Ela está aqui? – Olhei confusa para ele, afinal o CTI não é uma ideia muito boa de se conhecer a futura cunhada.

- De certa forma está.

- Como assim? Para de fazer mistério e conta logo!

- Ela é enfermeira aqui no hospital, você deve conhece-la logo.

Levantei minha sobrancelha e dei um sorriso para ele. Meu irmão estava todo envergonhado, mas o clima estava descontraído.

- Então quer dizer que eu vou ter uma vítima para perturbar aqui no hospital?

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