Capítulo 10

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Estava no meu leito, com a mão no peito que estava pulsando

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Estava no meu leito, com a mão no peito que estava pulsando. Meu bate boca com a Nina me desestabilizou, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo.

Não pude alertar meu irmão, vi o aviso velado nos olhos dela para eu não falar nada. Alguma coisa muita errada estava acontecendo, e eu não tenho a mínima ideia do quanto ruim é.

As lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto que estava vermelho e quente, eles já tinham saído tinha um tempo. Espero que meu irmão esteja bem, que meu confronto com ela não tenha o colocado em risco.

O CTI estava mais calmo que o normal, poucos leitos estavam ocupados, fazendo com que eu não visse a movimentação costumeira do lugar. Quando consegui parar de chorar, peguei as páginas das minhas anotações e as rasguei.

Não sei o que Nina já tinha visto, mas não ia deixar exposto para ela roubar. Principalmente a fórmula que eu tinha escrito, que antes de rasgar em vários pedacinhos, a memorizei.

Tinha uma lixeira perto da minha cama, me sentei com certo esforço, puxei longas lufadas de ar, antes de me esticar para colocar os papéis picados na lixeira.

Meu corpo estava extremamente cansado, sentia a energia se esvair cada vez mais de mim. Recostei a cabeça no travesseiro, me ajeitei e quando estava prestes a dormir, um médico entrou no meu leito.

O homem era de estatura média, magro, com cabelos e olhos castanhos, um biotipo comum. Ele tinha um rosto quadrado e estava sério, olhou para o lado de fora e fechou a porta do meu leito.

- Algum problema doutor?

- Espero que não doutora. – Eu gelei quando ele falou dessa forma, só me chamavam assim no trabalho.

- Quem é você?

- Você sabe quem eu sou.

- Já falei que não irei entregar nada.

Tento me levantar, mas o homem rapidamente está me segurando pelos ombros.

- ME LARGA! – Começo a gritar e a tentar chutar o homem, mas ele apesar de não ser grande é bem forte.

O homem dá uma risada sinistra.

- Não adianta gritar doutora, o médico e a enfermeira que eram para estar aqui, se embrenharam no banheiro dos funcionários, sua querida enfermeira esta na cantina ocupada com seu irmão, e teoricamente sou eu que estou de plantão aqui agora.

- O que você vai fazer?

- O que for necessário.

Um suor frio escorreu pelas minhas costas, esse homem tinha cara de sádico e eu estava com medo dele. Eu comecei a sentir minha cabeça pesada, ver tudo começar a rodar.

- Está se sentindo tonta doutora? – Ele dá um sorriso arrepiante – Fiz uma pequena alteração no seu soro mais cedo, sabe a substância é lenta, então deve estar fazendo efeito só agora.

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