Capítulo 3

509 102 2K
                                    

  A hora de visitação passou muito rápido, meus pais vieram me ver, a emoção se aflorou quando eu os vi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


A hora de visitação passou muito rápido, meus pais vieram me ver, a emoção se aflorou quando eu os vi. Ficamos em silêncio durante muito tempo, apenas um olhando para o outro, não sabíamos o que falar. Minha mãe perguntou o que desencadeou essa nova crise, infelizmente tive que mentir e falar que não sabia, para o seu próprio bem.

Enquanto eles estavam comigo o médico responsável veio me dar um parece. Ele estava sério e seu rosto não passava muita segurança de um bom diagnóstico.

O diagnóstico que ele me deu não foi inesperado para mim, entretanto para os meus pais foi um baque, meu coração não estava funcionando direito, ele estava falhando.

A algum tempo venho sentindo dores no peito, que são seguidas de desmaio e as vezes convulsões. Tenho estudado o meu quadro para tentar reverte-lo, cheguei bem perto de achar uma cura, mas fui interrompida, pois minha pesquisa acabou caindo em mãos erradas.

Não via minha família a mais de três meses, durante todo esse tempo eu tenho fugido, procurando algum lugar seguro para continuar a minha pesquisa e termina-la.

Estava sendo bem-sucedida até agora, quando um incêndio se alastrou na casa que eu estava alugando. Eu tentei entrar no meio das chamas para salvar alguma parte da pesquisa, e foi nesse momento que uma dor muito forte me atingiu no peito.

Minha mãe estava se controlando para não chorar na minha frente, eu entendia a sua dor, receber a noticia que a filha pode não ter muito tempo de vida não deve ser nada fácil.

O médico informou que eu teria que ficar no CTI durante mais um tempo, enquanto eles realizavam mais exames para darem um diagnóstico completo do meu quadro.

Eu não precisava do resultado dos exames, me formei em biomedicina com especialização em química, sei muito bem que meu quadro está grave, onde somente meu estudo pode me salvar ou então um milagre.

O doutor tenta ser positivo e acalmar os meus pais, não quero assusta-los mais do que já estão e por isso não falo nada sobre o meu quadro. Preciso sair do hospital antes que achem minha pesquisa, mesmo que não seja para me curar, ela não pode cair na mão deles, se não, vidas correram perigo.

O horário de visita está chegando ao fim, meus pais se despedem de mim, me deixando com meus pensamentos perturbadores em meu leito. Quando penso que ficarei sozinha olhando para o nada, um homem de terno preto aparece ao lado da minha cama.

O homem é alto, tem o tom de pele escura, é careca e tem uma barba bem aparada. Ele me encara e sinto um suor frio escorrer pelas minhas costas, não era possível que já tinham me achado.

Ele apoia uma de suas mãos na lateral da minha cama, eu aperto o botão de emergência, o homem rir e me mostra o fio cortado. Esse horário é o mais confuso no CTI, pois o pessoal do hospital está ocupado em pedir para os familiares saírem dos leitos.

Uma Vida em Uma SemanaOnde histórias criam vida. Descubra agora