Capítulo 24

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Acordo com alguém dando tapas em meu rosto, quando recupero os sentidos, vejo que estou sentado numa cadeira no meio da sala, minhas mãos e pés estão atados com cordas que cortavam meus pulsos

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Acordo com alguém dando tapas em meu rosto, quando recupero os sentidos, vejo que estou sentado numa cadeira no meio da sala, minhas mãos e pés estão atados com cordas que cortavam meus pulsos.

Os dois homens se encontravam em pé a minha frente, eles eram altos e com cara de poucos amigos. Um deles pega uma cadeira para se sentar, enquanto que o outro se aproxima de mim.

- Finalmente acordou bela adormecida? – O homem sorria na minha frente.

- Quem são vocês? Porque me amarraram, me soltem agora! – Esbravejo tentando me soltar.

Os dois deram sorriso cínicos, e o que estava em pé me olhava com divertimento.

- Quem faz as perguntas aqui somos nós, se você colaborar talvez eu não faça tanto estrago – Ele soltou uma gargalhada que congelou os meus ossos.

- O que vocês querem? – Estava com os olhos franzidos para eles.

- Queremos saber aonde está a sua querida irmãzinha.

- O que vocês querem com a Karina? – Meu coração acelerou por saber que pessoas daquela laia estava atrás dela, no que foi que ela se meteu.

Recebi um soco no rosto, senti meu lábio cortar e minha boca se encher de líquido vermelho vivo.

- Já falei que quem faz as perguntas somos nós, esse foi de aviso – ele sorri – mas vou ser bonzinho com você – Ele aproxima seu rosto do meu – Sua irmã roubou algo que é nosso, sabemos que ela entrou em contato com você.

Arregalei meus olhos, Karina tinha me mandado mensagem aquela tarde, poucos minutos antes deu decidir sair, isso só significava uma coisa, eu estava sendo vigiado.

Eles não teriam como ter chegado a tempo se já não estivessem aqui, e para piorar, provavelmente o meu celular está grampeado. Estava cada vez mais sem saber o que pensar, primeiro elas somem, e agora esses dois brutamontes estão me espancando para saber aonde ela está.

- Eu não sei aonde ela está.

- Resposta errada.

Senti o soco que o homem deu em meu estômago. Ele usava um soco inglês para realçar a intensidade do golpe.

- Vamos lá rapaz, não faça eu perder o meu tempo aqui com você. Quanto mais rápido você falar menos irá apanhar.

- Já disse que não sei de nada – Cuspo sangue que está na minha boca – E mesmo que soubesse não te falaria.

A cada negação minha, mais socos eram desferidos em meu corpo. Começava a sentir a lateral do meu rosto inchar, mas o homem focava em atingir o meu corpo na maioria das vezes, ele não queria que eu apagasse.

O tapete branco da minha sala, estava sujo de manchas rubras, em determinado momento apenas parei de falar com ele. Não cederia aquilo, jamais colocaria minha irmã em perigo.

O outro homem que estava sentado finalmente se levantou, ele estendeu a mão para o outro que abaixou o punho já pronto para me atingir. O outro se encaminhou até mim, sua voz era suave, mas me lembrava uma cobra falando.

- Você não sabe aonde está a sua irmã, mas talvez saiba o que ela te enviou.

- Eu não sei de nada. – Eu estava explodindo de raiva, como queria não estar amarrado.

- Você é realmente duro rapaz, estou vendo que não conseguiremos nada aqui, - ele da um sorriso, que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem - mas podemos deixar um recado para sua querida irmãzinha e para sua adorada prostituta que a protege.

Senti meu sangue ferver quando ele falou na minha irmã e de Nina, tentei avançar sobre eles, mas as cordas me prendiam no lugar. Os xingava de malditos, entre outros nomes.

- Se vocês encostarem em um único fio de cabelo delas, eu vou atrás de vocês! Eu sei os seus rostos, nada, nem ninguém desse mundo vai conseguir me parar se vocês as machucarem.

Os dois homens sorriam como serpentes agora.

- Parece que atingimos um nervo, não? Muito bem.

Ele sinaliza para o outro voltar a se aproximar de mim.

- Vejo que você poderá ser uma ótima isca para tira-las da toca.

O outro homem volta a me espancar, dessa vez ele não se interrompe para fazer perguntas. Com um soco certeiro em meu rosto, ele consegue fazer com que eu caia de lado.

Ele se abaixa, segura em meus cabelos e sorri, diz que aquilo iria servir. Os dois homens saem do meu apartamento, me deixando caído, amarrado e todo ensanguentado.

Tento me livrar das cordas que me prendem, mas o nó está extremamente forte. Vejo que o sol já está brilhando forte do lado de fora da janela, tento gritar por ajuda, enquanto mexo meus pulsos e tornozelos, os rasgando cada vez mais a cada tentativa de me livrar daquela situação.

Não sei quanto tempo passa, sei que já estou perdendo a voz quando escuto um barulho na porta. Grito mais forte por ajuda, minha vizinha de baixo está parada na porta entreaberta com cara de espanto.

Ela vem até mim, suas mãos e pernas estão tremendo. Ela se desespera com a quantidade de sangue pela sala, me pergunta aonde tem um telefone para ligar para a emergência, ela parecia um peru tonto, sem saber o que fazer primeiro.

- CLÁUDIA! – Grito seu nome, para ver se ela ficava menos histérica, consigo chamar sua atenção – Vai até a cozinha e pega uma faca para cortar essas cordas.

Ela faz o que eu peço, assim que estou livre das amarras me levanto e procuro meu telefone. Por algum milagre eles não o tinham levado, Cláudia fala que tenho que ir para um hospital, mas eu a ignoro.

Vejo que a ABIN tinha conseguido a localização da Karina, isso significava que aqueles homens também sabiam aonde minha irmã estava. Peguei as chaves do carro e sai correndo, sentia dor por todo o meu corpo, meu olho esquerdo estava inchado e não conseguia ver muito bem com ele.

O sentimento de urgência para salva-las era imenso, minhas meninas estavam prestes a cair numa armadilha, que nem sonhavam que exista. No carro, peguei um celular descartável que eu tinha para emergências e liguei para a ABIN.

Sai cantando pneu, estava correndo contra o tempo para chegar nelas, não poderia ajuda-las sozinho, por isso pedi reforço, mas eu estava mais perto do que eles do lugar, e nesse momento, qualquer minuto importa.

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