Capítulo 12

292 39 916
                                    

Deixei a Karina dormindo segura na casa, conectei meu celular com as câmeras de segurança para poder vigia-la

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Deixei a Karina dormindo segura na casa, conectei meu celular com as câmeras de segurança para poder vigia-la. Caso tivesse qualquer imprevisto, além do meu telefone apitar o alarme, eu teria a visão do que estaria acontecendo.

Entro dentro do meu carro e assim que o ligo, o rádio começa a tocar "Back In Black", do AC/DC. Saio acelerando pelas ruas da cidade, pego caminhos alternativos diversas vezes, para o caso de meu carro ser reconhecido pelas câmeras de transito.

Procuro sempre buscar pontos cegos no tráfico, demoro quase o dobro de tempo para chegar na casa do Guilherme. Assim que embico o carro na garagem, o porteiro reconhece o meu carro e abre o portão.

Paro o carro na garagem, mas não saio imediatamente, aperto minhas mãos no volante, minha respiração está pesada. Meus pensamentos voam longe, o que estou prestes a fazer vai machucar e muito.

Ao som de "Nobody's Perfect", da Jessie J., sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, um aperto no meu peito fica cada vez mais forte. Encosto minha cabeça no banco, olho para o teto, respiro fundo e me recomponho.

Preciso chegar na casa do Guilherme bem, não posso demonstrar que o que estou prestes a fazer vai me afetar. Ele sabia que esse momento poderia chegar, mas uma coisa é você saber, outra é ter que encarar ele.

Saio do carro, escuto o som do salto alto, que coloquei quando deixei a Karina, ressoar pela garagem. Aperto o botão do elevador, estou segurando um casaco nos braços, o aperto por causa da demora do transporte.

Assim que a porta do elevador se abre, entro dentro, insiro uma chave no painel dos andares e então aperto para ele subir até a cobertura. Os minutos que passei dentro daquelas quatro paredes, foram mais tensos do que a situação do hospital.

Conforme ia passando os andares, eu lutava com a vontade de vê-lo e ao mesmo tempo de não querer que chegasse, para eu não precisar fazer o que ia fazer.

A porta se abre no apartamento do Guilherme, saio do elevador e já desativo o código de segurança no painel, que fica na parede em frente. O apartamento dele era um loft, sua sala era ampla, uma janela de vidro que ia do chão ao teto, mostrava uma vista inigualável da cidade.

A decoração do apartamento do Guilherme era toda feita em cinza, preto e branco. As paredes eram de um papel acinzentado que imitava pedra, intercalado com paredes de mármore branco com detalhes em preto.

O teto era feito de finas tábuas de madeira, na cor palha, um sofá comprido, no formato de um "L", se encontrava no centro da sala, em cima de um tapete quadrado branco.

No centro, uma mesa baixa de vidro com os pés em ferro pintados de preto, tinha algumas revistas jogadas e um arranjo com rosas brancas artificiais. Uma estante com livros, se encontrava encostada em uma das paredes perto da janela, aonde duas poltronas se localizavam entre uma luminária de pé.

Uma Vida em Uma SemanaOnde histórias criam vida. Descubra agora