Capítulo 20

206 32 413
                                    

A oito meses atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


A oito meses atrás...

Estou no laboratório trabalhando na pesquisa, quando Donato entra pela porta. Ele está totalmente tenso, acabou de voltar de uma reunião com nossos superiores e pela cara dele as noticias não eram boas.

Estamos juntos a quase um ano, mas por causa de clausulas da empresa, não assumimos nosso romance. O clima no trabalho ficou pesado desde a primeira reunião que Donato teve a algum tempo atrás. Ele não me disse o que era, mas sentia que não era coisa boa.

A dois meses ele chegou em casa falando que teríamos que ter muito cuidado, disse que tínhamos que armar uma farsa, principalmente que não era somente nossas vidas em jogo.

Pedimos a um amigo de confiança de Don que se passasse por meu namorado, ele ia todo dia me buscar no trabalho, postava fotos nossas em redes sociais, fazia todos os clichês possíveis.

Eu insistia para saber o porque tínhamos que fazer isso, eu odiava aquela farsa, mas ele sempre falava que para minha proteção, era melhor eu não saber.

Avançamos muito na pesquisa nos últimos meses, já tínhamos conseguido isolar os marcadores de DNA, entretanto ainda não conseguíamos combina-los com as células tronco.

Quando fizemos essa descoberta, foi quando as pressões começaram. Tomávamos cuidado como nos portávamos no trabalho, estávamos sendo observados, evitávamos de sair na rua juntos e ele as vezes correspondia um flerte ou outro, das mulheres que trabalhavam conosco.

Fazíamos isso tudo para não desconfiarem de nada, conforme o tempo foi passando, a minha empolgação foi aumentando com a pesquisa. Estávamos quase conseguindo um feito histórico.

Percebia que Don ficava animado, mas também se preocupava. Estávamos com um incentivo a mais para acharmos a cura, pois em meu ventre crescia o fruto da nossa relação.

Estávamos com medo da criança puxar a minha condição genética, por isso a corrida contra o tempo para achar a cura. Ninguém mais no laboratório tinha acesso a pesquisa completa a não ser nós dois, e isso causava muita inveja.

Naquela noite quando chegamos em casa, Don não parava quieto, estava andando de um lado para o outro, sempre buscando algo para fazer. Meus hormônios estavam uma loucura no período de gravidez, por isso acabei sendo um pouco grossa com ele.

- Donato Moralles! – Meu grito o tirou do transe de ficar de um lado para o outro – Senta aqui agora.

Don veio na minha direção e se sentou no sofá ao meu lado, sua expressão era de preocupação.

- Você está bem meu amor? Está precisando de algo?

- Preciso sim! – Eu gesticulava com meus braços – Preciso que você para de andar que nem um peru tonto pela casa! Está me dando nos nervos homem!

Uma Vida em Uma SemanaOnde histórias criam vida. Descubra agora