Deliciosamente Obcecado.( LIVRO 01 LARIO'S )

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LOUISE

Ouço a sua voz, ah Yan veio me salva, ele está aqui, agora tudo vai ficar bem filha estamos a salvo, escutou estamos a salvo, porque não consigo abrir os meus olhos? Olhos tratem de se abrirem agora mesmo, porque não consigo me mexer? Yan, YAAAAN, grito ou tento gritar, porque ninguém me escuta o que está havendo, sinto uma dor forte na garganta, alguém me de um copo de água por favor, alguém precisa me escutar, alguém precisa... E apago.

Recobro a consciência e novamente escuto a voz dele, a tanta amargura, tanta tristeza, eu estou aqui meu amor, bem aqui consigo sentir você me esforço para mexer ao menos um dedo mas nada funciona, nada do que eu faço adianta, ouço seu choro, ouço Yan chorar e tudo dentro de mim se quebra, faço novamente o esforço para abrir os olhos mas estão muito pesados estou tão cansada, e como se algum trator tivesse passado por cima de mim, preciso descansar, vou estar bem quando acordar e novamente durmo.

A consciência volta agora dolorosa, algo protestou na minha barriga uma dor alucinante me tomou, tentei sentir meu corpo e tudo parecia bem, mas tentar se movimentar parecia mais difícil do que nunca, meu corpo pesava e minha cabeça doía tanto, tentei novamente falar mas minha garganta arranha com o esforço resolvo não tentar, só me deixo levar .

Dessa vez acordo sabendo o que aconteceu, lembro de Camille, da dor do medo, lembro de Hope preciso sentir a minha barriga, saber que ela está bem, me esforço para abrir os olhos o que acarretou em uma dor alucinante na minha cabeça, abro novamente e fecho, faço isso até eles se acostumarem com a luz forte que vinha da janela, com meus olhos não doendo tanto os mantenho aberto, vejo uma moça baixinha cabelo preto e roupa branca, tento falar mas a dor me faz desisti na mesma hora, pigarreio tentando chamar sua atenção que graças a DEUS deu certo, ela me olha como se visse um fantasma.

-Lou...Louise meu Deus você acordou. _ diz perplexa.

Lógico que eu acordei, não se pode dormir uma noite que já acham que vou morrer, olho para minha barriga que não tem nada, cadê a Hope, ela conseguiu tirar Hope, Ah Deus, nesse momento consigo mexer meu corpo, o que eu sinto poderia ter me feito desmaiar, a dor corta minha espinha até a cabeça, mantenho meus olhos abertos com medo de fechar e não acordar mais.

-Ei calma aí, sua filha está bem,Hope está ótima, precisa se aclamar, Deus Louise não sabe quanto tempo todos esperamos isso, Yan vai enlouquecer porque não viu você acordando eu estou tão feliz.

Tempo? Não foi uma noite? A quanto tempo fiquei de acordada?

-Quanto tempo eu fiquei assim?

-Por dois meses.

-Eu dormi por dois meses? Cadê minha filha?

-Com Yan provavelmente ele não sai do lado dela, carrega ela pra cima e pra baixo 24 horas por dia, empresa, em casa, aqui no hospital, falando nisso eles estão pra chegar eles te visitam todos os dias a tarde desde que chegou aqui.

Olho ao redor e vejo que tem um vaso com tulipas ao meu lado, pelo aspecto estou no mesmo hospital de quando fui internada com anemia, me lembro de tudo, Sara que é Camille, da Hope, como eu quero ver minha filha, segurar ela nos braços.

Sinto dor ainda onde Camille fez o corte, a enfermeira faz sinal e sai do quarto em disparada,a baixinha volta com mais dois médicos e um copo de água, finalmente vou beber água, ela movimenta a cama pra cima de fazendo gritar, não sei o que dói mais.

-Me desculpe, me desculpe, vou pegar um algodão para que não tenha que se levantar._ ela pega o algodão e o encharca de água e coloca na minha boca, sinto tudo ficar úmido e suave, tirando meu corte não sinto dor alguma, apenas ali.