Capítulo 1 - Casalzinho

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Sentada na última mesa da lanchonete, está Júlia tomando seu suco de laranja. Enquanto balança a perna um pouco impaciente, seu olhar de vez em quando se dirige à porta de entrada, onde Leandro já deveria ter entrado há quase meia hora. Esses frequentes atrasos era um dos defeitos que ela reconhecia no amigo. De repente ele chega, com cara de quem havia corrido e olha o ambiente, certamente lhe procurando. Júlia acena para ele.

- Desculpe o atraso, Julhinha amor da minha vida! - ele fala no seu jeito costumeiro enquanto puxa a cadeira para se sentar.

- Desculpe o atraso de vinte e cinco minutos, você quis dizer! - ela fala sorrindo, um pouco cínica.

- Mas desta vez, a culpa não foi minha! João queria brincar no parquinho e não deu para tirá-lo de lá muito fácil.

- Eu lhe perdoo. Mesmo sabendo que você vai se atrasar outras mil vezes e inventar outras mil desculpas.

- Só porque você me ama. - diz ele com um belo sorriso, enquanto se curva um pouco e lhe dá um abraço.

Esse comportamento era comum entre eles, pois eram amigos de infância. E mais do que isso, eram primos. O que deixava muita gente intrigada, pois o mais ocorre é existir rivalidade. Mas Leandro e Júlia, sempre se deram muito bem. Morando na mesma rua, os dois quando crianças sempre brincavam juntos e a amizade permaneceu. E com o passar do tempo só cresceu.

Várias pessoas os confundiam com um casal de namorados. E o que ninguém sabia, muito menos Leandro, era que há dois anos Júlia ansiava que isso fosse verdade. Não sabia explicar como ele começou a significar para ela mais que um primo e amigo, mas depois de um certo tempo, esperava as visitas de Leandro em sua casa com uma certa ansiedade. Às vezes chegava a se iludir com os abraços e carinhos que ele transmitia, mesmo que isso já durasse há algum tempo, mais precisamente desde seus doze anos, quando uma menina chamada Catarina quis namorar com Leandro. Ele que não gostava nem um pouco dela, começou a fingir que Júlia era sua namorada, e passaram a andar de mãos dadas ou abraçados. E isso permaneceu entre os dois. Então ele não havia feito nada de diferente para despertar esse amor que havia aparecido aparentemente do nada.

Interiormente ela culpava as constantes brincadeiras de sua mãe e sua tia, mãe de Leandro, que chamavam os dois de "casalzinho". Embora na hora Júlia virasse a cara como se não se importasse, seu coração dava pulos de alegria ao ouvir isso. E no fundo torcia para que um dia eles realmente se tornassem um "casalzinho".

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Conto com sua companhia até o último capítulo!!

Complicado Amor (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora