Find me baby

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Finalmente o tão aguardado sábado tinha chegado.

Marinette acordou cedo para começar sua produção devagar... não, ela não queria correr. Tudo deveria ser feito com cuidado, bem lentamente para não se esquecer de nenhum detalhe.

Deveria estar perfeita.

Tudo deveria ser perfeito.

Então cuidou dos cabelos, ainda que estes fossem escondidos pela peruca loira na qual decidiu usar.

Colocou maquiagem no rosto:

Nos olhos, rímel com deliniado de gatinho;

Blush nas bochechas e batom rosa claro nos lábios.

Seu vestido azul caiu perfeitamente em seu corpo, grudando-se rapidamente em suas curvas e desenhando as linhas que a formavam.
Naquele conjunto sedutor, sua pele estava cheirosa e macia por causa do creme de cereja que havia passado, e para finalizar dois itens: salto não muito alto e óculos escuros.

Comeu algo básico antes de sair e ao por os pés para fora do apartamento, uma mensagem em advertência a fez estremecer na base:

Chat_Noir: É melhor que esteja lá amor... se não eu arranjo um jeito de te encontrar, mais cedo ou mais tarde.

Lady_in_red: Não se preocupe baby, já estou saindo de casa. A gente se vê logo logo... isso é, se você conseguir me encontrar.

Chat_Noir: Ahh pode deixar, eu vou encontrar.

- Só quero ver...

Não só ver, mas sentir, ter em suas mãos

Pegar nele todo, beijá-lo todo

E deixar ser tocada por ele

Já no carro de aluguel, a ansiedade aumentava. A cada metro que se aproximava do seu destino, era uma revoada de borboletas em seu estomago.

O coração tava na mão, sentia-se tremula.

Uma puta sensação gostosa tomava seu corpo... era tão arriscado e ao mesmo tempo tão excitante, aquele joguinho todo

Quem diria, nunca pensou estar vivenciando aquela situação. Estava usando até uma peruca... céus.... isso era inédito.

Fora estar indo se encontrar com um completo estranho no qual passou praticamente a semana inteira se masturbando só de ler as sacanagens que ele lhe escrevia no privado. E por causa disso, estava doidinha pra saber se aquele homem, se tratava realmente do que estava imaginado que ele fosse.

Tudo bem que já tinha tido uma pista da sua aparência, aquela foto que estava salva no seu celular da clavícula lhe deu uma impressão de que ele realmente poderia ser um gato... mas isso não era o bastante. Aliás, aquela foto poderia ser de qualquer outra pessoa... enfim.

De qualquer forma, já havia chegado ao shopping. O local estava lotado de pessoas que participavam de um evendo do qual nem quis saber do que se tratava... ela não ligava, não estava nem aí.

Seu interesse era outro.

Resolveu,com calma, caminhar dentre as pessoas com passos lentos, olhando ao redor através dos óculos escuros. Havia bastante gente mesmo, gente indo e vindo para todos os lados.

"Merda... não pensei que estaria tão lotado..." - Andou mais e foi seguindo, olhando as lojas, tentando espreitar naqueles rostos desconhecidos algum traço que lhe remetesse o seu gatinho, mas não havia ninguém ali que poderia se dizer parecido como o tal.

Droga, já estava ficando impaciente.

Seria melhor mandar uma mensagem?

Não... nada disso. O jogo só estava começando.

Era melhor se acalmar e continuar a fazer o que estava fazendo. Agindo de forma calma e simples. Tudo nos conformes.

Ele iria encontrá-la, ele iria saber... porque os dois estavam na mesma sincronia. Seus corpos estavam gritando, pedindo um pelo outro, seria impossível não notar.

Mas porra, porque tanta gente?

Seus olhos azuis vasculhavam ao redor rapidamente, apressados. A garganta tava seca e começava a ressecar os seus lábios.

"Vai baby, se mostrar pra mim... onde você ta...?"

Foi quando, ao adentrar a praça de alimentação, olhou para o andar a cima onde ficava o cinema. Havia uma pessoa mais deslocada no canto, era um homem vestido com um casaco preto e calça jeans.

Ele parecia olhar para as pessoas, como se estivesse procurando por alguém.

Ela parou por um momento e sorriu.

"Finalmente"

Com os olhos fixos nele, esperou que o mesmo a encontrasse. O acompanhou mover sua cabeça até seus olhos se encontrarem.

Não sabia explicar, mas naquele momento, tudo ficou em câmera lenta.... as cores foram se misturando e as pessoas começaram a perder suas formas.
A unica coisa que conseguiam ver... era um ao outro.

- Achei você... - Ele sussurrou sorrindo.

PrivateOnde histórias criam vida. Descubra agora