Já estava a caminho do encontro com aquele homem misterioso. Não sabia exatamente onde ficava o motel onde ele mesmo havia marcado porque não tinha o costume de perambular por esses tipos de estabelecimentos, apenas quando começou a sair com ele que adquiriu um interesse mais especial em descobrir lugares interessantes para futuros encontros.
Sim, haveriam outros encontros, muito mais... se seu parceiro quisesse e estivesse disposto, iriam se divertir bastante juntos naquelas noites de folga.
Novamente sem precisar saber de nomes e identidades... apenas ele e ela, os dois juntos na escuridão.
Já estava tudo pronto e seu corpo sentia a já conhecida agradável sensação da expectativa em encontrá-lo. Mantinha-se curiosa para saber com o que daria de cara quando abrisse a porta do quarto.
Será que ele lhe pegaria em uma emboscada? Será que ele queria saber quem era?
Será que a faria revelar sua identidade?
Não, ele não seria capaz... estragaria tudo. Os dois estavam na mesma sincronia, e haveria a possibilidade dele ter algo na sua vida pessoal que também o impedisse de mostrar o seu verdadeiro eu e pelo seu próprio ponto de vista, Marinette não estava minimamente interessada em saber mais nada daquele homem que não fosse seu sexo. Era apenas isso.
Poderia até dizer que estava o usando para saciar-se e já que ele lhe dava tal oportunidade, porque não aproveitar?
Era uma vadia por causa disso? Foda-se.
Sexo sem compromisso estava nos seus planos? Tão pouco. Mas essa era a realidade agora e ela não queria abrir mão. Bom, pelo menos não por enquanto. Quem sabe quando se cansasse daquela brincadeira toda e quisesse voltar a ser a mesma simples secretária de vida monótona, escrevendo seus contos, passando suas noites solitárias em casa e nada além disso. Pelo menos teria boas lembranças da aventura que estava vivendo ao lado desse homem para escrever novas histórias.
Era engraçado pensar assim porque ela mesma tinha ciência que o que estava vivenciando, parecia mais que tinha saído de sua cabeça do que ser a própria realidade. Ninguém acreditaria se contasse... nem mesmo ela acreditaria se fosse outro a lhe contar.
Só que as coisas eram exatamente dessa maneira... o desejo, o ardor e a vontade que sentia por aquela pessoa sem face e identidade eram verdadeiramente intensos e estava a poucos metros de encontrá-lo, finalmente havia chegado ao motel.
Caminhou sobre um corredor vazio sozinha, e seus passos eram o único barulho que rompia o silêncio.
Quarto 106. Abriu a porta suavemente. A expectativa acelerava seu coração e novamente a escuridão revoou seus olhos, sentindo naquele misto de sensações, um perfume embriagante invadir as narinas.
Eles haviam invertidos o papéis dessa vez.
- Boa noite princesa... entre e tranque a porta por favor.
A voz masculina era suave mas ao mesmo tempo autoritária e firme. Digna do seu dono, digna de ser ouvida por seus ouvidos. Não fazia ideia o quanto, mas realmente estava com saudades daquela voz.
Ela o obedeceu sem exitar pois seria dessa maneira naquela noite, iria apenas obedecer, mas obedeceria porque queria, era livre em escolher tal ação.
- Boa noite Chaton... - Sorriu enquanto o observava da porta. No interior do quarto havia poucas luzes, era apenas iluminado pelas mesmas velas só que dessa vez havia também uma mesa com comida no qual o cheiro se misturava ao perfume de homem.
- Venha até mim... eu preciso sentir você... - Ele lhe ordenou estendendo uma das mãos - Vem.
Ela então caminhou com passos suaves até se aproximar para envolve-lo imediatamente em um abraço. Antes de beija-la, Adrien tomou seu rosto com uma das mãos a acariciando pela regidão frontal. - Estava com saudades de te sentir assim perto de mim... precisava te ver logo.
Com os olhos fechados, Marinette apenas sentia o halito quente esquentar a pele suavemente enquanto as palavras saiam daquela boca tão próxima. - Então me tome... me beije agora... - Sussurrou aproximando seus próprios lábios e os selou em um beijo sofrego e cheio de paixão com o homem que a correspondia da mesma forma.
Ficaram por um tempo a mais se tocando entre beijos até que Adrien os separou para que pudessem usufruir do jantar. Ele a conduziu para uma das cadeiras e logo se sentou sobre a outra. Se observaram por um momento, notando apenas as silhuetas que eram formadas pelo contraste das luzes amareladas, mas mesmo assim, Adrien pode notar que a mulher estava linda, usava um vestido com um tom mais claro que o preto, talvez vermelho ou vinho... não estava conseguindo distinguir muito, mas teve certeza que este lhe caía bem no corpo pois era bem justo e sensual.
Ela usava a mesma marcara do encontro anterior, assim como ele e Marinette já tinha perdido o seu fôlego quando o viu ao entrar no quarto porque dessa vez, não usava um terno como antes, mas apenas uma blusa social preta meio desabotoada e calças da mesma cor.
Ele realmente parecia um gato preto a espreita da madrugada por uma caça fácil.
E ela era a sua deliciosa presa.
- Coma my Lady... fique a vontade... é bom que se alimente bem pois teremos uma noite muito longa pela frente - Seu sorriso era tão suave e cínico como a própria voz.
Marinette já estava molhada e pronta para ter tudo daquele homem tão tentador. Tudo o que fantasiou durante os intermináveis dias longe um do outro e ela também daria tudo a ele... tudo o que quisesse dar.
- Com prazer Chaton... hoje serei inteiramente sua.
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Private
RomansaMarinette é uma solteirona de 28 anos que reside sozinha em um apartamento na cidade de Paris. Durante o dia ela é apenas uma simples secretária de uma escola de educação infantil, mas a noite dedica o seu tempo na escrita de contos eróticos cheios...