Novamente sob as mesmas condições iríamos nos encontrar, mas não éramos mais os mesmos.
Não, nós não éramos iguais.
Aquela mulher que se escondia em uma mascara, já tinha sido descoberta. E o homem que a possuía tinha nome.
Os dois sabiam exatamente quem eram.
Então eu me perguntava: era certo ainda continuar nessa brincadeira? Onde poderíamos chegar? Se é que tinha algum outro lugar para ir.
A minha mente dizia não, não continue, mas o meu corpo... ele já não me obedecia mais. Era como se um imã me puxasse constantemente, me levando sem nenhum tipo de barreira para os braços daquele homem. Ainda que estivesse um pouco dividia com relação à outras coisas e... outras pessoas, o meu corpo já estava decidido a querer o Adrien.
Porque eu afirmava seu nome tão convicta assim? Ora... porque bastou encontrá-lo novamente para ter a mais completa certeza.
Bastou sentir seu cheiro, ver os seus olhos, sentir sua pele... era muito obvio, tanto para mim, quanto para ele, pois ele também me olhava diferente, ele sabia.
Perigoso demais...
...quente demais.
Ele me beijava. Ele tomava a minha boca mais faminto, como se fosse o nosso primeiro encontro, como se quisesse experimentar uma mulher diferente.
A mesma sensação que eu sentia ao passear com as mãos sobre seu corpo... eu já conhecia bem aqueles músculos, a quentura da sua pele, mas para meus dedos e para mim mesma, era tudo novo, tudo misturado ao antigo.
Os nossos sentidos estavam aguçados, nós nos possuíamos com vontade. Ele me deixou nua num piscar de olhos e eu não apresentei nenhuma resistência, muito pelo contrário, dava tudo de mim com muito mais fervor... mais intensamente.
Me vendo assim, ele não parou, não iria parar. Jogou o meu corpo desnudo na cama, deixou seu peso cair sobre mim e me beijou.
Me marcou... me invadiu... me violou... me tirou todo o ar.
Por diversas vezes. Várias vezes. Inúmeras vezes.
Eu já não sabia mais o que pensar quando seus lábios puxavam a minha pele em chupões agressivos, ou muito menos, quando seus dois dedos dilaceravam a minha intimidade em estocadas violentas. Apenas gemidos saíam da minha boca... em frases instigantes e promíscuas...
Vai.... assim... eu quero mais... muito mais... mais fundo, mais forte, mais rápido!
O meu amante estava adorando me ver e me ouvir desse jeito, da mesma forma, que eu o deixava louco com o meu corpo. Ele não era o único a dominar, aliás, ele achava que me dominava pois eu simplesmente queria que as coisas fossem assim.
Era muito melhor para o meu prazer permiti-lo se divertir comigo, pois sua diversão, alimentava o meu ego, alimentava a minha existência e me deixava muito mais confiante.
Sabendo como aquele homem me desejava pela maneira que me possuía.
Então eu queria deixá-lo marcado, para que soubesse também, o quanto o desejava. Com as minhas mãos, o seu corpo se derretia e com a minha boca, ele se desmanchava em prazer. Eu o beijava inteiro, descendo e subindo pelo seus músculos malhados e definidos.
Céus.... era uma delícia.... um gostoso... Nunca imaginei que o meu futuro chefe seria tão gostoso assim.Ainda que eu tivesse outras coisas bonitas para admirar no trabalho além dele.
Droga... a minha cabeça insistia em continuar dividia, mesmo que a minha boca estivesse chupando o pau de outro.
Merda...
Só que não demorou muito para que eu ficasse focada em quem estava me comendo. Não tinha como fugir dos seus olhos verdes. Enquanto ele metia em mim, me fazia olhar para ele, ficar de rosto colado ao seu, para ver e saber quem era o homem que estava me penetrando tão fundo. Me arrombando inteira.
Não importava a posição que fazíamos, ele sempre me obrigava olhar para ele, ainda que de lado ou pelo espelho do teto. Nossos olhos se encontravam em meio a luxúria daquele sexo selvagem e eu adorava, eu amava instigá-lo com o meu olhar.
Até o final, onde tudo voltava ao seu lugar. Ou pelo menos deveria.
Porque agora já não éramos mais amantes desconhecidos, sabíamos muito bem quem estava por debaixo das máscaras.
A única dúvida era: como seria nossa relação quando estivéssemos vestindo a mascada do dia-a-dia? Será que aguentaríamos ficar nesse anonimato por muito tempo?
Eu não fazia ideia, mas para mim, isso não importava muito, pois eu acreditava que seria muito divertido manter as coisas como estavam. Assim, de dia, eu seria apenas sua secretária... mas a noite, me tornaria sua amante. A mulher mais quente que ele poderia ter sobre sua cama e sobre o seu corpo.
E eu, poderia viver a minha vida normalmente, como se nada estivesse acontecendo e dar atenção também, a outras coisas que estavam ocupando a minha mente.
Desse jeito mesmo, dessa forma, não haveria problemas para ninguém.
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Private
RomanceMarinette é uma solteirona de 28 anos que reside sozinha em um apartamento na cidade de Paris. Durante o dia ela é apenas uma simples secretária de uma escola de educação infantil, mas a noite dedica o seu tempo na escrita de contos eróticos cheios...