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Depois do encontro inusitado que tiverem, o casal havia se aproximado de uma maneira na qual nem eles mesmos sabiam como descrever. Mas a intensidade estava bem mais aguçada para o lado de Chat Noir. Até parecia que com aquele beijo sexy, Marinette tinha desencadeado no homem uma luxúria sem igual.

Digamos que agora, ele estava subindo pelas paredes.

Suas palavras carregavam pura luxúria, puro desejo pela mestiça no qual ainda se mantinha apenas como "a gostosa sem nome do vestido azul". Aquela imagem não saía da sua cabeça, o gosto dos seus lábios sedutores tinha marcado sua boca e por onde andava era como se estivesse a procurando, exatamente como fez no sábado, olhando no rosto das pessoas, rastreando um vestígio se que daquela mulher... seja qual fosse.

Era inédito.

Como uma mulher tinha mexido tanto com seus instintos? Porra, ele nem sabia seu nome, não sabia onde morava, o que fazia... se era casada ou solteira. Mas nada disso era impedimento, muito pelo contrário, o fato de não saber quem se tratava, o fazia desejá-la mais ainda.

Já Marinette a coisa tava no mesmo tom.

Céus, aquele beijo havia sido só um aperitivo, mas puta que pariu, que boca, que cheiro gostoso daquele homem. Maravilhoso...

Eles dois queriam mais, precisavam de bem mais do que um beijo.

Chat_Noir: Amor, eu quero te ver de novo... vamos sair, só eu e você.

Lady_in_red: Também quero te ver de novo baby, topo sair com você... onde vamos?

Chat_Noir: Onde você quiser... mas sem brincadeirinhas dessa vez, chega disso. Você sabe que me quer assim como eu te quero, não negue pra mim.

Lady_in_red: Tudo bem amor, eu admito. E sabe, tava querendo ir num lugar onde a gente pudesse ficar mais a vontade... entende?

Chat_Noir: Sei... também to querendo ir pra um lugar desses. Eu já tenho uma ideia... mas não sei se você vai topar.

Lady_in_red: Diz pra mim.

Chat_Noir: Seguinte...

É... até que aquela ideia não lhe parecia tão ruim assim.

Quem sabe desse certo mesmo? Ia pagar pra ver.

De qualquer jeito não tinha mais volta. Era inevitável não querer um envolvimento daquele nível com esse homem. Iria até o final com ele e que se foda o resto.

Pena que durante o dia as coisas pareciam ser diferentes quanto a noite. Quando estava com Chat, tudo parecia fluir e ser bom... prazeroso, cheio de sensações maravilhosas.

Já com Luka... era um inferno.

Pior que o diacho daquele homem estava aparecendo com certa frequência por aqueles dias, pois tinha fazer uns levantamentos e outras coisas das quais a dona da escola havia pedido.

- Cheng, faça o favor de me pegar um café.

Seco como sempre.

Rígido, frio e desagradável.

- Sim senhor.

Ahhh se pudesse jogava um veneno naquele café, mas isso não teria efeito, pois demônios não morrem tão fácil assim. Melhor apenas continuar fingindo que estava tudo bem e falsear um sorriso, como sempre.

- Aqui está o seu café senhor Couf...

Quase. Quase tinha deixado a xícara cair sobre o homem, se ele não tivesse sido mais rápido em segurá-la pela cintura. Os dois se olharam por um momento e um silêncio constrangedor se abateu pela sala.

As mãos de Luka eram grandes e frias, pode sentir mesmo estando de roupa e ele tinha um cheiro de loção pós-barba cara, provavelmente deveria ser.

- Desculpe...

O ar quente que saiu em forma de sussurro impregnou o seu olfato, enquanto a admirava tão de perto, sentia o cheiro delicioso de menta misturada a morango, provavelmente o sabor do batom de seus lábios.

Por um momento sua cabeça surtou. Estava louco, sentiu-se completamente enfeitiçado por aqueles olhos azuis, seu corpo foi tomado por um desejo sufocante de enfiar sua língua na boca dela com violência e fazê-la se entregar ali mesmo.... Jogar todos aqueles papéis que estavam sobre a mesa no chão, arrancar sua roupa e fazer amor com ela naquele momento.

Fazê-la sua mulher, unicamente sua.

- Tome cuidado da próxima vez.

Mas seu corpo não lhe permitiria tal ação, muito menos o seu orgulho.

- Certo. – Marinette apenas se ajeitou e respirando fundo, voltou para sua mesa.

- Cheng, me envie os relatórios dos quais te pedi ontem. Preciso enviá-los à Emilie ainda hoje.

- Sim, ela inclusive ligou antes do senhor chegar. Já avisei à senhora Agreste que está tudo sendo fechado e iremos encaminhar os documentos sem falta.

Luka não respondeu.

Não porque não queria, mas é porque não conseguia. Só a voz dessa mulher o tirava do seu sério e segura-la em seus braços, ainda que tivesse sido por um breve instante... aquilo tinha sido demais. Era muita perigosa, não podia deixa-la dominá-lo daquele jeito.

Tinha que tomar novamente o controle da situação, do seu próprio corpo... se não cometeria uma loucura.

- Eu já volto. Anote os recados.

- Sim senhor.

Quando Luka saiu, Marinette quase desmoronou sobre a mesa. Estava tensa demais, merda, quase tinha feito uma besteira!

Tudo culpa dele, tudo culpa daquele idiota!

Só que não havia tempo para ficar pensando nessas coisas... tinha que se concentrar pois a dona da escola precisava receber aqueles relatórios ainda hoje. Eram muito importante pois a mesma estava para visitar o local daqui uns dias e deveria encontrar tudo em perfeita ordem.

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