10- Perder a Cabeça

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Esperei que ela terminasse seu banho, enquanto ela se secava, coloquei a roupa que ela havia pego para mim, enquanto me vestia, não pude deixar de perceber seu olhar sobre mim. Eu queria largar tudo e beija-la novamente, mas me contive e terminei de me vestir.

-As minhas roupas ficam tão bem em você... - Comentou ela enrolada numa toalha azul

-Você acha? - Perguntei olhando para o pequeno espelho

-Uhum... - Afirmou com a cabeça andando em direção a porta.

Ela foi para o quarto, eu não sabia se deveria ir com ela, mas a segui.
Fechei a porta do quarto e ela sorriu para mim.

Eu realmente estava preocupada, com tudo o que havia acontecido, com o que não havia acontecido, com tudo o que eu estava sentindo... Tudo o que eu queria sentir. Mas aquele sorriso me tranquilizava.

Fiquei parada perto da porta enquanto ela mexia no armário, o momento em que ela deixou sua toalha cair passou em câmera lenta em minha mente, era como se não pudesse respirar, mas eu não conseguia ficar lá só parada.

Caminhei até ela sem pressa a abraçando por trás e distribuindo alguns beijos por seu pescoço, ela foi ficando arrepiada, mole... Até que se virou para mim e tomou meus lábios.

Ela foi me guiando sem quebrar nosso beijo, era um beijo intenso, necessitado, era como se seus lábios precisassem dos meus, e os meus precisassem dos dela. Suas mãos passeava por meu corpo, apertando minha coxa, minha bunda enquanto sua boca não desgrudava da minha.

A insegurança que eu tinha, a insegurança que ela parecia ter, sumia no momento em que nossos lábios encontravam um ao outro, seu corpo roçava no meu, enquanto nossas línguas brincavam num beijo quente, até que o voraz beijo foi se tornando lento, calmo, menos necessitado...

Ela se afastou um pouco parecia tomar ar e se deitou ao meu lado na cama. Eu não sabia o que fazer, ela sorrio de um modo meigo e então eu apenas sorri de volta.

-Esta tudo bem? - Perguntei e ela apenas fez que sim com a cabeça

Eu olhava para seu corpo descaradamente, ela não fez questão de se cobrir, parecia gostar que eu a observasse.

Então eu me sentei na cama e tirei a camiseta que Jenny havia me emprestado.

-O que está fazendo? - Perguntou ainda deitada mas sem tirar os olhos de mim

-Igualando as coisas... - Falei voltando a me deitar ao seu lado

-Parece justo pra mim - Disse ela me dando um beijo rápido e se aproximando um pouco mais

Suas mãos passeavam por meu corpo me arrepiando inteira, gostava daquela sensação, aquela energia que passava da ponta de seus para todo o meu corpo.

Ela ficou ali me fazendo carinho, trocamos alguns beijos e eu acabei por adormecer com a cabeça sobre seu seio enquanto ela brincava com o meu cabelo.

Não aconteceu nada aquela noite, mas eu me sentia tão completa, eu a queria, disso não tinha dúvidas, mas não estava frustada por não ter acontecido o que eu esperava. Isso era de certo modo estranho.

Eu lembrava do seu corpo roçando no meu, dos seus lábios nos meus, do seu olhar cheio de desejo. O medo que eu tinha dela não me querer passou, e eu fiquei mais tranquila.

Acordei na manhã seguinte procurando por Jenny na cama, ainda de olhos fechados passei a mão pelo local onde ela deveria estar mas não a encontrei.

Esfreguei os olhos tentando me despertar, olhei ao redor contatando que de fato estava sozinha, apanhei a camiseta que ela havia me emprestado e a vesti, tomando a liberdade para abrir o armário e procurar algum shorts.

Uma lição de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora