Capítulo 7

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Fui com ela até o nono andar, lá funcionava a biblioteca, mas do outro lado tinha um pequeno laboratório de eletrônica onde ela e seus amigos estavam construindo alguma um equipamento eletrônico cheio de micro pecinhas ligadas a um computador. A equipe com a qual Joana trabalhava era interdisciplinar, tinham alunos de medicina, biomedicina e engenharia. Era incrível ver como eles eram organizados e focados no que faziam.

Joana até tentou me explicar do que se tratava o equipamento, mas eu sinceramente não entendi muito bem, o conceito era avançado demais para uma mera observadora conseguir entender de primeira, apenas sei que era algo que ajudaria os médicos em suas cirurgias.

Antes deles testarem o equipamento teve uma pequena queda de energia no prédio e ligaram o gerador de emergência, por isso tiveram que abortar o plano de teste. Aguardariam para ver se a energia se normalizaria.

Esperamos alguns minutos e a faculdade finalmente anunciou que as aulas estavam suspensas por problemas elétricos. Joana e sua equipe resolveram ir embora.

A biblioteca continuou funcionando com a energia dos geradores, o nono andar tinha umas janelas que ventilava tudo e algumas pessoas resolveram ficar lá.

Ainda nem eram sete horas da noite e a faculdade estava quase deserta, a não ser algumas poucas pessoas que insistiam em circular pelo lugar.

— Vamos, quero te levar a um lugar. — pegou minha mão e me puxou rápido para a biblioteca.

— Eu já estive aqui, Joana. — falei quando entramos. — Várias vezes, na verdade. ― ela riu.

— Não é desse lugar que estou falando. — tirou uma chave do bolso e me levou para a cabine de estudos número três.

Comecei a ficar nervosa novamente, principalmente quando ela fechou a porta, me encostou na parede me acercando e me olhando fixamente com aqueles lindos olhos, não demorou muito para nos beijarmos. Será que meu sonho estava realmente se realizando? Me senti como se estivesse sonhando acordada. 'Não acredito que estou trancada numa cabine de biblioteca com a garota dos meus sonhos, literalmente dos meus sonhos'.

Não que eu não estivesse gostando, eu estava sim, mas não pude evitar de me preocupar. Comecei a ficar assustada, muito assustada na verdade. Eu sei que queria muito ficar com ela, mas essa não era a forma que eu tinha imaginado, pelo menos não tão rápido. Tinha pensado em algo como conhecê-la primeiro, depois namoro, noivado e casamento... é louco, eu sei e provavelmente essas coisas só acontecem na minha cabeça, no entanto, sonhar não é proibido. 'Será que está tarde para desistir?' Mas eu a quero tanto.

— É, eu... — tento falar entre suspiro — também já estive nesse... numa cabine dessas — beijava meu pescoço.

— O lugar que eu quero te levar... — beijo de língua e alguns longos segundos depois — Não está exatamente num ponto geográfico.

Ela me deu uma leve mordida no pescoço perto da orelha e minhas pernas perderam as forças, me segurou para eu não cair, se certificou que eu estava firme de pé e continuou o que estava fazendo.

Passou a mão pela minha perna subindo a saia que era soltinha e a pousou na minha bunda apertando-a, dei um leve gemido.

— Joana, e se alguém aparecer? — falei e percebi que minha voz tinha ficado rouca, seria por causa do nervosismo?

— Ninguém vai aparecer e se aparecer, a porta está trancada.

Enquanto me encarava, ela abriu a minha blusa de botão deixando meus seios com sutiã à mostra.

— Não sei se aqui é o lugar mais adequad... — parei de falar quando senti seus dedos tocarem o bico do meu peito por baixo do sutiã me fazendo delirar, uma frieza subiu pela minha espinha até a nuca.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora