Capítulo 11

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Frustração era a palavra que me definia no momento. Que almoço foi esse? Eu sinceramente não consegui entender bem o que se passou nesse breve momento que estive com Joana, mas amanhã não deixarei que restem mais dúvidas, vou saber tudo o que preciso.

Quero aproveitar meu fim de tarde do sábado, mas não tenho ânimo. 'Amira, como eu sinto sua falta', é tão bom quando se tem alguém que te puxa para cima quando está desanimado. Eu tenho alguém assim e se chama Amira, ela é minha melhor amiga.

Amira e eu moramos juntas desde que entramos para a faculdade, ela está em seu último ano de medicina e passou os últimos meses longe de mim num intercâmbio, ela está a dois mil quilômetros de distância, mas, mesmo assim, nos falamos diariamente.

Ainda bem que ela chegará dessa viagem amanhã, eu não aguento mais ficar longe da minha amiga irmã.

Estou tão incomodada, talvez eu devesse me forçar a sair um pouco para esfriar a cabeça.

Eu realmente estou custando a acreditar que Joana contou sobre nós para a minha chefe, agora não sei como encará-la na segunda-feira e isso está me afetando muito, quanto mais eu penso nisso, mais fico nervosa.

Larissa Delgado, é uma mulher muito competente no que faz, gerencia a empresa como ninguém e geralmente é muito ocupada, eu realmente não entendo como ela pode saber tanto sobre meu comportamento a ponto de falar à Joana sobre mim, principalmente tomar partido de mim. Isso é bem estranho.

Quer saber? Eu não quero mais pensar nisso. Vou sair um pouco, tomar um ar e um sorvete de chocolate com calda de caramelo, tenho certeza de que isso irá me animar.

Vez ou outra a morena de cabelo azulado insistia em invadir meus pensamentos sem pedir permissão. Ela é tão maravilhosa, como evitar pensar nela? Me sinto no auge da bipolaridade agora mesmo, devo marcar outra consulta com a terapeuta.

Levantei de supetão e saí, passeei um pouco, tomei meu sorvete e falei por vários minutos com Amira no telefone. Depois voltei para casa, trabalhei um pouco no meu software e depois fui assistir séries de super-heróis na Netflix deitada no meu sofá.

A campainha toca, abro os olhos percebendo que tinha pegado no sono. A série já estava no quarto episódio, mas eu não havia nem assistido o primeiro episódio inteiro porque tinha dormido. Quem será?

Levanto para ver que é e de repente ouço um estrondo terrível. 'É um trovão?' Olho pelo vidro da janela e percebo que já anoiteceu e tem um temporal caindo lá fora. 'Mas o céu estava tão limpo agora pouco.' Falo para mim mesma enquanto caminho para abrir a porta.

Quando peguei na maçaneta ouço outro trovão e em seguida um raio fazendo com que as luzes se apagassem por alguns segundos voltando logo em seguida, abri a porta e não acredito na visão que tenho.

— Joana? — ela estava de pé na minha porta completamente encharcada por causa da chuva. — O que você está fazendo aqui? Perguntei espantada.

— Não dá Cris, eu bem que tentei, mas não consegui. ― ela falou ofegante. ― Preciso ter você.

Abri a boca com intenção de falar algo, porém fui tomada pelos beijos de joana que adentrou no meu apartamento sem pedir licença. Resisti no começo por não entender o que acontecia, mas logo em seguida correspondi o beijo de Joana de forma proporcional ao que ela me dava, ou seja, vorazmente.

Fechamos a porta e Joana me encostou nela me beijando e passando a mão de forma ousada pelo meu corpo.

— Não vai tentar me parar dessa vez, vai? — Indagou com a boca tão perto do meu pescoço que pude sentir seu hálito quente no meu ponto de pulso e eu quase não conseguia me mover, apenas era guiada.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora