Capítulo 9

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Acabei adormecendo antes do que imaginei, isso foi muito bom porque acordei bem relaxada, com o corpo descansado. Às vezes tudo o que a gente precisa é de uma boa noite de sono.

O dia estava tão lindo, mas não tinha planos para ele. Minhas amigas me chamaram para dar uma volta no shopping e talvez assistir um filme, isso parecia bom para mim, mas antes de qualquer coisa eu preferi resolver meu recente problema com uma certa pessoa.

'Talvez eu a convide para um almoço, não, não talvez, eu vou fazer isso.'

Ainda são sete horas da manhã, não vou ligar, vou apenas mandar uma mensagem, ela me responde quando ver.

Cris - Olá, Joana, bom dia. Você disse que queria conversar. Tem tempo livre para almoçar comigo hoje? Aguardo sua resposta.

Joguei o celular em algum lugar, arrumei minha cama e fui fazer minha higiene matinal. Uma hora depois eu estava comendo um delicioso cereal de chocolate e granola com leite enquanto assistia uns vídeos no YouTube pelo meu notebook quando ouvi notificação de mensagens no WhatsApp. A princípio não liguei em olhar, mas alguns minutos depois lembrei que estava esperando resposta de Joana. As mensagens realmente eram dela.

Joana – Bom dia, Cris. Podemos almoçar sim, passo ao meio dia para te pegar.

Era apenas isso o que dizia a mensagem. Opa! Como assim ela passaria aqui para me pegar? Por um acaso ela sabe meu endereço? O que mais Joana está me escondendo? Vou perguntá-la sobre isso, é muito estranho.

Aproveitei a manhã para botar minhas coisas em ordem, preciso de tudo muito bem organizado para que a semana possa fluir livremente, qualquer interrupção no meu fluxo de organização me deixa completamente louca.

Fui ao mercado comprar todos os materiais de limpeza que precisava, sabão, amaciante e também reabastecer meu estoque de cereal e leite.

Eu realmente precisava comer mais frutas ou pelo menos, voltar a fazer meus exercícios físicos, não apenas por questão de estética, mas principalmente pela saúde, mas me dá uma preguiça... era bem mais fácil quando Amira estava comigo, ela tinha muito mais força de vontade e me ajudava a não ficar tão sedentária.

Onze horas da manhã e minha casa estava limpa, roupa da semana organizada e dispensa devidamente abastecida. Fui agora tomar meu banho e me vestir, em uma hora Joana viria me buscar para almoçar.

Fiquei pronta, quarenta minutos foi tudo o que precisei para tomar banho e me arrumar, geralmente eu não demorava tanto tempo assim, é que quando o meu cabelo está muito comprido, levo um tempo a mais para conseguir secá-lo completamente.

Preferi me vestir confortavelmente, usei um jeans azul claro com tênis e regata branca.

A campainha tocou e talvez não fosse ela, ainda eram onze e quarenta. Fui abrir a porta e para a minha surpresa era ela sim, era Joana.

Cara, como ela é... linda. 'calma!' Digo para meu subconsciente, não deveria me descontrolar de novo. Mas será que ela tinha que sorrir assim sempre?

— Oi. — tentei ficar sóbria ao ouvir sua voz, mas acho que falhei nisso, que droga, ela só disse "oi", qual o meu problema?

— Oi. — realmente ela deveria ter algum tipo de feitiço naquele sorriso, tô me sentindo muito trouxa agora. — Ah, por favor, entra.

Joana passou para dentro do meu apartamento olhando o lugar com discrição.

— Cheguei muito cedo? Se precisar de mais tempo eu posso esperar. — dizia ainda olhando o lugar.

— Não, tudo bem. Já estou pronta para irmos.

— Aqui é exatamente como eu tinha imaginado. — porque ela se deu ao trabalho de imaginar onde eu morava?

— Como é?

— Seu apartamento. Sabe, é bonito, claro e bem iluminado. A sua cara. — fiquei um pouco envergonhada.

— Obrigada, eu acho. É, você tá com sede? Quer beber alguma coisa? — ela sorri. Qual a graça da minha pergunta?

— Uma água por favor.

— Vem comigo. — a levei até a cozinha, servi um copo de água para ela e outro para mim, por alguma razão minha garganta ficou seca de repente.

— Você está sozinha em casa? — pergunta sem rodeio e eu engasguei com a água. Quem engasga com água? — Quer dizer, na verdade eu quis perguntar se você mora sozinha aqui nesse apartamento. Parece um pouco grande.

— Não. Moro com minha amiga Amira, mas ela tá viajando a trabalho e volta amanhã. — respondi, mas creio que sua verdadeira intenção era saber se eu estava em casa sozinha naquele momento.

— Bom, acho que podemos ir agora. Ainda não comi nada hoje e, é... — me olhou bem. — estou faminta.

Engoli seco e meu coração disparou.

— Certo, vou pegar minha bolsa e já volto. — saí em disparada, precisava me distanciar dela naquele exato momento. Peguei a bolsa e já me dirigi à porta. — Vamos? — ela sorriu como se soubesse que estava fugindo dela, mas na verdade, estava fugindo de mim mesma. Mudava de personalidade quando estou com Joana e isso não era muito bom para mim.

— Vamos.

Para minha tranquilidade temporária, saímos.

Ela fez questão de irmos no carro dela e eu não fiz objeção.

A curiosidade estava me corroendo por dentro, o que era que Joana queria me contar? Bom, logo eu saberei porque chegamos ao restaurante.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora