Eu realmente pensei que morreria naquela hora quando senti uma das mãos de Joana atravessar a minha cintura me apertando mais ainda contra ela e a outra pousar sobre a minha coxa, ela provavelmente não conseguiu movê-la para cima.
— Calma! Fique calma. — falou baixinho e tentei virar para olhá-la, mas foi impossível, o máximo que consegui foi encostar meu rosto em sua boca — vai dar tudo certo.
Ela acariciou minha perna com a mão que estava para baixo e de repente algo aconteceu, tudo ao meu redor virou um caos, as pessoas começaram a se agitar e ficarem histéricas e eu... ai, ai, ai, eu comecei a entrar num mundo particular onde todas aquelas vozes desapareciam e eu ouvia apenas uma voz e ela me dizia.
— Respira. — falava baixinho no pé do meu ouvido e passava a mão no meu abdômen — Isso, muito bem.
Era uma voz rouca, extremamente sensual, ela subiu um pouco a mão até perto do meu peito e conseguindo soltar a outra mão que estava presa, me enlaçou pela cintura e entrelaçou meus dedos nos seus.
'Meu pai, será que ela está sendo gentil ou está dando em cima de mim?', era meu pensamento, mas eu não me importei muito, mesmo porque não tinha escolha de sair dali, por isso resolvi aproveitar o momento.
Minha respiração e meus batimentos começaram a acelerar, comecei a ficar excitada. A garota que eu achava maravilhosa, estava me segurando em seus braços e falando ao pé do meu ouvido e por vezes pude sentir sua boca encostando em minha pele.
Minha mente se desprendeu de mim para me pregar uma peça, sim, comecei a fantasiar com aquela pegada, aliás, que pegada! 'Ela deve ser uma coisa na cama...' meus pensamentos foram atrapalhados pelo elevador voltando a funcionar vagarosamente.
'O que há comigo? Isso é loucura.' De repente comecei a não me importar em ficar ali mais algum tempo, contra todo o meu bom censo, ignorei o risco de despencar com elevador e estava achando aquilo... Bom?
O elevador finalmente chegou no terceiro andar e quando abriu a porta todos saíram desenfreados sem nem olharem para trás deixando apenas eu e Joana lá dentro, por alguns segundos fiquei imóvel e ela também não se mexeu.
O elevador continuava parado no andar que era climatizado e um friozinho gostoso começou a nos envolver, o que contrastou com o calor que estávamos sentindo naquele ambiente fechado e isso fez com que eu me arrepiasse por inteira.
Joana vagarosamente desenlaçou os nossos dedos e percebi que era hora de dar um passo para frente. Dei um pequenino passo me afastando dela e ela repousou as duas mãos nas laterais da minha cintura.
— Viu? Já passou. — me soltou e depois de se afastar um pouco mais, se abaixou para pegar seu livro.
Eu me virei e estava planejando lhe falar algo quando ela se levantou, mas a porta do elevador se fechou e de um impulso eu me lancei em seus braços novamente.
— Minha nossa! — falei apertando o seu pescoço e a soltei bem devagar quando percebi que estava praticamente assediando ela. — me desculpa.
— Ah, não foi nada. — falou de cara a cara comigo dando um sorriso de lado — Para mim foi um prazer.
Chegamos ao quarto andar, o elevador parava em todos eles.
— Eu sou Joana. — falou levantando a mão perto do seu peito para que eu pudesse apertar, já que estávamos muito próximas.
— Sim, sim, eu sei. — apertei sua mão.
— Ah, sabe? — me olhou nos olhos e pude sentir minhas bochechas corarem de vergonha.
— Sim, ontem, no lance da torta, seus amigos te chamaram pelo nome, então... — dei de ombro como se não fosse nada demais.
— Hum, você prestou atenção. — ela falou olhando de lado com um leve sorriso — E você é?
— Cris, pode me chamar de Cris. — falo passando a mão no meu cabelo para verificar se está tudo em ordem.
— É um prazer te conhecer.
O elevador sai do quarto para o quinto andar vagarosamente.
— Olha, me desculpe pelo empurrão, foi sem querer.
— Com isso não precisa se preocupar, deveria se desculpar por outra coisa. — falou meio séria, meio sarcástica, eu não sabia identificar suas expressões.
— Ah é? Pelo que então? — perguntei preocupada.
— Por me assediar sexualmente em público.
Minha nossa! O que é que eu falo agora? Não sei lidar com esse tipo de situação, quanto mais tento, pior fica.
Estávamos no quinto andar agora.
— Eu, eu, é... — comecei a gaguejar descontroladamente.
— Eu praticamente fui violentada. — ela falou séria, mas sentia-se um tom de ironia na sua voz.
— Olha, você viu que o elevador estava cheio e eu não consegui evitar de me encostar daquele jeito em você e... — falava disparadamente e ela parecia se divertir, era como se estivesse rindo por dentro.
— Ei, ei, calma menina. Estou de brincadeira. — falou repousando a mão no meu braço. — Está tudo bem, olha, estamos chegando ao seu andar.
— É mesmo — disse olhando a porta se abrir e de repente me toquei de uma coisa e depois que saí, perguntei — Como você sabe que esse é o meu andar?
— Não é só você que presta atenção nas coisas por aqui.
A porta se fechou, não, não, como pode ser possível? Nos outros andares esse elevador passava uma eternidade parado e logo agora ele faz isso comigo.
E agora? Eu não quero perder ela de vista, deveria pelo menos ter pedido o telefone ou perguntado em quais salas ela estudava. QUE SACO! Às vezes eu sou bem estúpida.
Olá pessoal, tudo bem?
Resolvi fazer essa fic porque me apaixonei por esse casal. Não sei se você as conhece, mas se não, eu lhes apresento as maravilhosas Cris e Joana.
Beijosss, curtam a leitura.
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É FÁCIL TE AMAR
RomansaEssa fic tem os nomes dos personagens baseados na série Skam da Espanha. As protagonistas serão as universitárias Cris Soto Peña e Joana Bianchi. Cris é uma garota que tem dificuldade para se relacionar com as pessoas por causa da sua timidez até um...