Capítulo 22

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Narrador POV

Cris e Joana falharam miseravelmente no seu primeiro encontro como namoradas, até tentaram, mas não deu certo, por isso decidiram que no próximo encontro iriam acompanhadas de suas amigas.

— Que loucura! Quer dizer, como é possível uma coisa dessas? — Joana falava enquanto ajeitava seus cabelos bagunçados. — Acho que não sou capaz de ficar muito tempo sozinha com você sem que todo o átomo do meu corpo seja atraído pelo seu.

Cris riu muito, o lado dramático de Joana era superado a cada minuto, ela era totalmente expressiva ao falar do que sentia e Cris achava isso muito fofo. Com muito custo, Cris voltou para casa, ela precisava mesmo se preparar para essa semana que seria muito agitada.

A semana de Cris era bem cheia de compromissos, além do trabalho e da faculdade, ela tinha umas atividades paralelas como programadora freelancer onde ela vendia os softwares que ela mesma construía para pequenas empresas, além do mais, estava chegando o período de provas na faculdade e ela era uma pessoa muito comprometida com os estudos, precisaria estudar para tirar boas notas, ou seja, seu namoro com Joana ficaria em segundo plano pelos próximos dias.

Chegou enfim a segunda-feira começaram suas rotinas de trabalho. Cris e Amira sempre correndo de um lado para o outro para conseguir atender a todos os seus compromissos.

Joana estava livre pela primeira vez depois de meses de trabalho duro, ela estava tão livre que não sabia o que fazer com o seu tempo, já entediada resolveu ir procurar o que fazer na bakery do tio Vicente porque estava incomodada de ficar tanto tempo sem fazer nada.

— Minha pequena! Vem aqui me dá um abraço, menina. — falou esticando os braços para ela. — Enfim se lembrou desse velho tio que te ama tanto.

— Agora sei de onde puxei meu lado dramático, tio. — disse se soltando do abraço apertado do velho. — Pois fique sabendo que nunca lhe esqueci e agora que estou com muito tempo livre, virei sempre aqui.

— Ah, que bom. Venha cá, sente aqui e experimente minha nova receita de bolo de limão.

— Não vim aqui para comer, mas já que o senhor está insistindo, eu como. — disse fazendo o tio rir enquanto lhe servia uma fatia do bolo. — Cadê a minha tia?

— Tá lá em cima, filha. Depois você sobe lá, ela vai amar sua presença. — respondeu enquanto Joana dava uma mordida no bolo. — E aí como é que está? Confio plenamente no seu paladar, me diga a verdade.

— Açúcar perfeito, quantidade de sal e manteiga em harmonia, as raspas de limão e o suco estão num belo contraste com o açúcar, você anotou tudo passo a passo? — o tio assentiu — Eu sugeriria diminuir a quantidade de farinha em cerca de quinze a vinte por cento e assá-la por dez minutinhos a mais.

— Isso vai dar mais leveza e acentuar o sabor dos ingredientes. — Vicente falou apertando as mãos no ar em sinal de comemoração.

— Exatamente.

— Você é absolutamente incrível, filha. Obrigado.

— Às ordens. Vou lá em cima ver minha tia.

Vicente e Marina moravam numa casa grande que pegava toda a parte de cima da bakery. Eles tinham condições financeiras de se mudar para uma casa mais confortável, mas preferiam se manter ali porque gostavam do lugar, foi naquela casa que eles fizeram crescer seus negócios e criaram seus filhos.

A casa era grande com quatro quartos. Apesar dos filhos serem independentes eles faziam questão de manter seus quartos montados com tudo no lugar e um desses quartos era o de Joana, se dependesse dos seus tios, ela nunca teria se mudado.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora