Capítulo 32

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Narrador

A semana correu devagar, muito devagar para Joana. Nos primeiros dias depois da confissão, ela havia ligado ou mandado mensagem para Cris, mas ela não lhe respondeu, aparentemente a tinha bloqueado o contato porque nem chegava para ela as mensagens que Joana lhe enviava, até que Joana parou de lhe mandar mensagens, ela agora só olhava para o celular de tempos em tempos para vê se tinha alguma mudança, se Cris ao menos havia ouvido seus áudios.

Ela estava triste, muito triste. Larissa cuidou de ficar com ela o tempo que foi possível porque não queria que sua prima caísse em depressão, ela realmente não estava bem.

Era complicado falar sobre o que tinha acontecido porque mesmo não tendo sido provocado por Joana, ela tinha culpa por não ter parado a tempo e principalmente por ceder às pressões, ela não era inocente nesse quesito, por isso, sua prima evitava falar sobre o assunto, principalmente porque não resolveria nada. O que aconteceu não se resolveria com acusações.

Era sábado de manhã e o voo de Cris estava previsto para chegar ao meio-dia. Joana acordou de mal humor, principalmente porque na noite passada ela havia recebido a visita inusitada de Amira a avisando que não queria que ela estivesse no aeroporto quando Cris chegasse. Amira estava bem irritada com Joana e nem fez questão entrar na casa dela, disse o que tinha que dizer na porta mesmo e depois foi embora.

– Hum. – Ela suspirou levantando da cama com a feição raivosa, estava irritada com Anira, na sua opinião, a amiga de Cris não tinha o direito de lhe proibir de ir ao aeroporto.

– Que cara é essa? – Larissa perguntou quando a prima adentrou na sala.

– Quer se cobrir, por favor? – Joana resmungou para a prima que estava sentada no seu sofá, usava uma mini camisola e tinha um dos pés apoiados no sofá com o joelho dobrado para cima, fazendo com que suas coxas e parte da sua calcinha ficasse exposta.

– Não, tá calor. – respondeu prontamente. – E desde quando se incomoda com o que eu visto? – Joana entortou a cara pegando a xícara de café que Larissa estava segurando, levou até a boca tomando um gole.

– Que droga, tá amargo! – ela não era fã de café sem açúcar.

– Não mais que você, baby. – Joana contornou suas pernas e se sentou do lado dela. – Mais alguma reclamação? Aproveita enquanto estou aqui para ouvir.

– Desculpa, estou ranzinza hoje. – Joana deitou a cabeça para trás, encostando a cabeça no sofá, suspirando profundamente.

Larissa levou a mão ao braço da prima lhe acariciando, a única coisa que podia fazer era estar ali para ela.

– É a melhor decisão, Joana. – falou calmamente. – Dê espaço e tempo a ela, Cris está magoada e com raiva. Dependendo do nível de intensidade de cada pessoa, essas emoções podem passar rápido eu demorar, você precisa ter paciência.

– E o que eu faço?

– Como assim?

– Porra, Lari, eu tava bem pra caralho sem ela na minha vida. Terminando a faculdade, perspectiva de ótimos empregos, prêmios acadêmicos, amigos, festas e garot... – interrompeu a fala não querendo completar a palavra.

– Garotas, Joana, eu sei.

– É, garotas. Mas de repente, a Cris apareceu e virou meu mundo de cabeça para baixo. E agora? Volto para a vida que eu tinha antes? Como se nada tivesse acontecido?

– Não, Joana. Não dá para voltar atrás e fingir que nada aconteceu. Você precisa aprender com essa experiência, crescer como pessoa e lidar com as consequências das suas escolhas. Se realmente ama a Cris e quer reconstruir essa relação, vai precisar mostrar isso a ela com suas ações, não apenas com palavras.

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⏰ Última atualização: Jun 10 ⏰

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