Capítulo 16

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Sábado de manhã, eu me senti tão segura e confortável. É bom nos cercarmos de boas pessoas, isso nos faz bem.

Amira acordou cedinho para ir à clínica, ela hoje trabalharia até o meio dia.

Durante essa semana não recebi nenhuma mensagem sequer de Joana, ela disse que esperaria até eu estar pronta e realmente fez isso, será que ainda tem interesse em falar comigo?

Acredito que podemos conversar, vou ver se dá para nos encontrar, mas prefiro ligar em vez de mandar mensagem. Bom, já são nove horas da manhã e acho que ela pode estar acordada, vou ligar agora. Disquei seu número e aguardei. O celular chamou uma, duas, três, quatro, cinco vezes, certo, vou desligar, ela deve estar ocupada. Quando tirei o telefone do ouvido e já ia desligar ouvi uma voz, ela tinha atendido.

Joana — Alô! — falou com a voz rouca. — Alô, quem é? — ela realmente estava dormindo ainda, nem olhou quem estava ligando, apenas atendeu o telefone.

Cris — Oi, Joana. Bom dia.

Joana — Cris é você? — deu uma breve pausa, deve ter checado no celular de onde estava vindo a ligação. — Oi, bom dia! ― falou surpresa.

Cris — Joana, me desculpa, eu deveria ter mandado uma mensagem. Volta a dormir, depois a gente se fala.

Joana — Não, não, não desliga Cris, por favor, espera um pouco. ― deu uma pausa e a ouvi suspirar. ― Que horas são?

Cris — São nove e dez.

Joana — Não acredito, dormi mais de nove horas seguidas, eu juro, fazia meses que não dormia tanto.

Cris — Sinto muito por ter te acordado, por que não dorme mais um pouco e depois falamos?

Joana —Olha só... — ela pausou, provavelmente pensando se seria uma boa ideia a proposta que faria a seguir. — Você pode vir até aqui em casa? Se for problema para você, podemos nos encontrar em outro lugar.

Cris — Tudo bem, vou até a sua casa, tenho o dia livre hoje. Que horas posso ir?

Joana — Agora mesmo, vou te passar o endereço. ― Nossa! Me surpreendi com a pressa dela.

Cris — Certo, então chego em meia hora.

Desliguei o telefone, 'o que foi isso?', pensei. Joana é tão intensa que não canso de me surpreender com ela. Vou me arrumar um pouco para ir até lá.

Em exatamente meia hora eu estava tocando a campainha da casa dela. Sim, Joana mora numa casa em um bairro classe média na nossa cidade.

Um cãozinho labrador apareceu no portão latindo para mim fazendo o maior estardalhaço, mas era apenas um filhote, logo ouvi um barulho do portão sendo destravado, entrei com cuidado para o filhote não sair. Ele entrou correndo para dentro de casa, mas não parou de latir.

Quando me dirigia até a porta da casa, Joana apareceu e a abriu para mim.

— Olá, Cris, bom dia. — falou me dando um beijo no rosto.

— Bom dia, Joana. Tudo bem? — não pude deixar de notar que ela estava com o cabelo molhado e um cheiro bom de sabonete.

— Tudo sim, entra. — me deu espaço e entrei. — Não precisa ter medo desse cara, ele só faz barulho, mas é muito medroso. — falou se referindo ao cachorro.

— Não se preocupe, ele não me assusta. — disse sorrindo.

— Que bom. Está com fome? Fritei ovos com queijo e também tem suco de laranja, me acompanha?

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora