Capítulo 15

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Meu coração estava acelerado, não sabia que esse encontro me deixaria tão nervosa.

Larissa e eu saímos do restaurante e andamos pelo estacionamento até seu carro ainda de mãos dadas. Estávamos caladas, porém eu sentia com muita raiva. Ela abriu a porta do passageiro para mim, entrando logo em seguida.

— Você está bem? — Perguntou séria após termos saído de lá.

— Sim, estou. — Falei e respirei fundo. — Obrigada por ter vindo tão rápido, você me ajudou muito.

— Não foi nada, Cris. Você estava precisando e eu vim.

— Foi muita coisa, você fez algo importante por mim hoje e não sei como te agradecer.

— Eu sei como você pode me agradecer. — Parou o carro no sinal vermelho e me olhou. — Jura que nunca mais vai se encontrar com esse cara.

— Eu não vou mais me encontrar com ele.

— Eu quero que você jure isso para mim. Jura, Cris. — Ela estava visivelmente abalada.

— Tá bom eu juro, nunca mais vou me encontrar com Diego.

— Ótimo, vou te levar para casa.

Achei estranho aquela situação, até parecia que Larissa conhecia o Diego, mas eu sabia que eles não se conheciam, aquela com certeza, foi a primeira vez que se encontraram.

Ao chegar no meu condomínio, resolvi convidar Larissa para entrar, era o mínimo que poderia fazer, depois dela ter me defendido daquela forma. Ela estava muito estranha, como se estivesse brava comigo.

— Você quer subir? Tomar uma água ou suco...

— Tem certeza? Quer mesmo que eu suba? Você não precisa me convidar só porque acha que tem uma dívida comigo. — Disse e desisti de tentar entender o que se passava com ela, então resolvi perguntar.

— Larissa, você tem algum problema comigo? Você está irritada e eu não sei o porquê. ― ela me olhou séria e suspirou antes de responder.

— Me perdoe, Cris. Estou irritada sim, mas não é com você. ― senti sua feição se suavizar ― Aceito o seu convite, estou mesmo com sede.

— Pelo menos vai me contar por que você está assim?

— Talvez. — Disse fazendo charme com um sorriso discreto.

— Certo, Já é alguma coisa. Vamos subir então.

Chegando no apartamento, servi um refrigerante à Larissa e sentamos para conversar. Algo engraçado aconteceu, minha barriga roncou bem alto. Eu nem tinha percebido, mas estava com fome, não consegui comer nada do jantar que Diego pediu.

— Ai meu Deus, você está com fome, Cris? — Larissa perguntou pegando seu celular.

— Sim. — Disse envergonhada. — Não consegui comer.

— Não te culpo, a companhia causava indigestão. Gosta de cachorro quente?

— Gosto. Amo, na verdade. O que vai fazer?

— Alô, Pedrinho? — Falava com alguém no telefone. — Gato, preciso de um favor urgente. Me traz três gigantes no capricho, batatas fritas e refrigerante? Daquele jeito que eu gosto, vou te mandar a localização. — Ela desligou o celular. — A comida está a caminho, aposto que chega em menos de quinze minutos.

— Você não existe. Quem é Pedrinho? E desde quando come cachorro-quente?

— Pedrinho é um dos meus milhares de primos, ele tem um fast food e sempre me socorre quando preciso e quanto a comer cachorro quente, bom, é minha religião, pelo menos um por semana eu tenho que comer.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora