Capítulo 23

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Cris POV

O dia acabou de amanhecer, ainda é bem cedo, mas estou muito excitada para conseguir dormir mais um pouco ou mesmo continuar na cama, pretendo gastar essa energia de alguma forma. O engraçado é que eu deveria estar muito sonolenta já que eu e Amira fomos dormir muito tarde conversando, no entanto, não tenho nem um pouco de sono.

— Aaaaaaaaaa. — gritei muito alto, mas tentando abafar o som com o travesseiro no meu rosto.

Logo ouvi passos apressados e Amira entrou correndo no meu quarto toda afobada procurando entender o que estava acontecendo.

— Cris! — disse assustada. — O que ouve? Você está bem?

Logo comecei a sorrir e fiquei em pé na cama pulando como criança.

— Sim, está tudo bem. Vem aqui pular comigo, Amira. Não! Tenho uma ideia melhor, vamos correr. Vai trocar de roupa e vamos correr.

Amira suspirou, sentou na beira da minha cama com a mão no peito, eu acho que a assustei pra valer, então eu parei de pular e me sentei perto dela.

— Então, nada aconteceu. — me olhou parecendo muito brava e neguei com a cabeça. — E POR QUE GRITOU? — ela gritou de volta me assustando. — Viu como é ruim quando te pegam de surpresa com um grito? Vai dormir!

— Foi mal, amiga, desculpa. — falei e ela simplesmente se levantou e saiu andando. — Então, não vamos correr? — perguntei, mas Amira não respondeu.

Procurei meu celular para ligar para Joana, mas não o encontrei devo ter deixado ele na sala, ou banheiro, ou vai ver que caiu atrás do criado-mudo, enfim, resolvi ligar para ela do telefone fixo. Estou feliz por ter decorado o número de Joana, assim posso ligar para ela. Ela geralmente acorda cedo, já deve estar acordada. Talvez ela se anime a correr comigo. Nossa, estou me sentindo bem agitada mesmo, será que tomei muito café a noite?

Liguei para Joana e seu celular chamou uma, duas, três, quatro vezes... é melhor eu desligar, ela, com certeza, está dormindo. Desliguei e cinco segundos depois o telefone começou a tocar.

Ligação on..

Joana — Cris, linda. Aconteceu alguma coisa? — perguntou com a voz rouca e visivelmente assustada. — Você está bem?

Cris — Você estava dormindo, namorada?

Joana — Não importa, Cris, me fala se você está bem.

Cris — Sim, estou. Porque não estaria? — Ouço Joana suspirar do outro lado da linha.

Joana — Linda, você sabe que horas são?

Cris — Não exatamente, mas já é de manhã, pensei que já estaria acordada.

Joana — Cris, ainda é madrugada, você me assustou. Tem certeza de que está bem? Onde está seu celular?

Cris — Claro que não é de madrugada, não sei onde está meu celular e estou ótima, só meu coração tá batendo um pouco rápido, mas estou bem.

Joana — O QUE? — gritou. — Linda, fica aí, não se mexe, não se mexe tá bom?

De repente a ligação ficou muda e ouço o celular de Amira tocar em seu quarto e não demorou um minuto para ela entrar novamente no meu quarto com uma expressão mais assustada do que da primeira vez. Ela trouxe consigo sua maleta médica.

— Amiga, mudou de ideia, resolveu ir correr comigo? — eu disse para Amira e desliguei o telefone, simplesmente esqueci que estava falando com Joana.

É FÁCIL TE AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora