Capítulo 4

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É tudo tão magnífico não tinha como não ser perfeito, se achava a visão do meu antigo quarto bonito, para essa visão não tenho palavras. Ao entrar na casa de ambiente ampla, com uma parede toda de vidro dando visão ao céu e as luzes da cidade, a cozinha toda no porcelanato de tirar o folego de qualquer um, em frente a uma sala com um sofá enorme branco que parece muito confortável, e no quanto uma mesa bem grande de vidro.

— É lindo, né? — Minha mãe fala ao meu lado.

— É... é... Maravilhoso! — Digo sem parar de admirar, olho para minha mãe que está com um sorriso radiante. Coisa que faz um tempo que não a vejo sorrir assim.

— Imagina quando realmente conhecer sua casa! — Maria fala, minha mãe fecha o sorriso e fica séria.

— Não vamos morar aqui? — Pergunto um pouco incrédula, depois da reação de minha mãe.

Ela apenas acena.

— Podem me acompanhar? — Maria aponta enquanto anda em direção ao corredor, onde há quatro portas. — As duas portas a esquerda são os quartos de vocês, são exatamente iguais. Fiquem à vontade. — Ela vira as costas e saí.

Faço careta imitando Maria muito mal, minha mãe sorrir e balança a cabeça.

Entro na primeira porta e minha mãe na segunda. Quando entro me impressiono ainda mais. Uma cama de casal com lençóis brancos e quatro travesseiros, eu não resisto. Jogo-me em cima da cama para testar se realmente é tão bom o quanto parece. Admirando o quão é confortável, eu ficaria aqui o dia todo. Olho para janela que é grande com cortinas brancas com dourado nas pontas. O quarto todo é dessa cor. Enfrente a cama tinha duas portas provavelmente um seria o banheiro e a outra o closet. E no meio tinha uma penteadeira com o espelho todo desenhado, posso dizer esculpido de tão belo.

Mas não adianta me iludir, vim por outro motivo e o nome dele é Simon Williams.

Tantas coisas que quero saber, e não são ditas. Minha mãe esconde algo e Maria sabe o porquê, já que incomodou tanto minha mãe. Se não vou morar aqui, de quem é esse apartamento? Até agora não vir nada de hotel nele. E quem era Simon Williams? Quem era meu pai? Amanhã vamos abrir o seu testamento. Pelo menos conhece meus tios e nada me agradou, meu pai era igual a eles? Se fosse eu gostaria dele?

Jogo-me na cama me aconchegando mais e coloco o travesseiro na minha boca. E abafo meu grito.

São muitas perguntas. Tenho medo até de descobrir.

Se minha mãe não quer falar, eu vou descobrir.

Há vou sim!

Passo um tempo pensando e adormeço entre a cama macia e os travesseiros que provavelmente são de penas de quão confortáveis.

Acho que vou me acostumar rápido com isso!

Abro os olhos já está tudo escuro, só a luz da lua ilumina o quarto pela janela, me levanto desorientada pelo quarto, abro a porta. Vejo a luz da cozinha ligada. Sinto minha barriga roncar, cheguei de viagem e até agora não comi nada! Sigo em passos lentos até a cozinha e não encontro ninguém, abro a geladeira pego ingredientes para fazer um sanduíche e um copo bem cheio de leite. Preparo o sanduíche e me encosto no balcão, minha barriga ronca alto, quando dou minha primeira mordida

— Pensava que não ia comer? — tomo um susto me engasgando no processo, e procuro a voz. — Pensei em te chamar, mas pareceu que realmente estava cansada! — Então encontro ele, o homem de cabelos loiros espetados. Que está sentado no sofá perto da parede de vidro.

— Realmente estava, dormi que nem me dei conta do horário! — Digo um pouco tímida.

— Vem, sentisse aqui comigo. — Ele aponta para o sofá na qual está sentado. Levanto a sobrancelhas, mas relutante decido ir. Pego meu sanduíche e o copo de leite, coloco em cima da mesinha de centro e me sento na outra ponta olhando para ele que sorrir para mim. — Você pode parecer todinha sua mãe, mas seu jeito é igual à do seu pai. — Sorrir de lado pois achava que não tinha nada que se parece com ele. — Quer? — Ele oferece a bebida que está em suas mãos. Balanço a cabeça em negação.

Fora De Controle.(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora