Capítulo 31

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Ver o corpo de Olive sem vida no chão mexeu com algo dentro de mim, mesmo que meu peito bata de ódio por ele, por ter matado as pessoas que amo, mesmo não conhecendo meu pai isso me afetou. Contudo o maior culpado disso é o Alec Morovisk, o mandante disso tudo. Até pela vida de pobres crianças que nasceram no meio disso como Oliver e eu.

Ao subir a escada que havia para sair daquela escuridão e cheiro forte de mofo. Dou de cara com mais seis pessoas, cinco homens e uma mulher. O mais próximo da porta aponta a arma para mim.

—Solte a arma! — Ordena, mas logo a mulher o manda abaixar. — Abaixe a arma Antony, se não quiser levar um soco de Tom no meio da cara. — Ela se aproxima e sorrir. — Eu sou agente Johnson, estamos aqui para resgatar você, temos uma ambulância a pronto-socorro para ajudar em seus ferimentos. — Aponta para minha coxa com o pano improvisado para estancar o sangue.

— A única coisa que eu quero é achar o Cachorro e se ficarmos parados aqui mais rápido dele fugir, além que sou a única que sabe para onde ele foi. — Não descansaria até matá-lo.

Depois que a mulher não falou nada, pensou se me aceitaria, porém confirmou como um sim, passou seguindo para a porta dos fundos, mesmo mal conseguindo andar não me deixo parar, a adrenalina no corpo ameniza as dores no corpo. Assim que saímos da casa agente Johnson chama minha atenção.

— Aonde vai nos levar? — Perguntou.

— Aleck disse que esperaria o Oliver no carro, com certeza ele não vai pegar as estradas agora, há poucos quilômetros aqui tem um galpão, Oliver pegava uns carros estacionados por lá, atrás dele tem uma trilha de terra, é por lá que vão fugir.— Na mesma hora agente Johnson dá comandos sobre essa trilha.

Ando na frente enquanto o grupo me segui, a cada passo respiro fundo para aguentar a dor no meu corpo, eu vou matá-lo nem que esteja rastejando. Quando o galpão fica na visão, seguro forte na árvore mais próxima, uma tontura forte me desequilibra. Tom segura minha cintura com força me fazendo ficar no lugar.

— Você está perdendo muito sangue. — Adverte.

— Não me toque! — Afasto suas mãos da minha cintura com brutalidade, o mesmo sem falar mais nada dá um passo para trás, me erguendo volto a caminhar. Tudo estava muito escuro, não havia movimento por fora do galpão, Tom segura meu ombro me fazendo parar, os agentes passam por mim com as armas levantadas. Quando um dos agentes gritam e volta correndo, de repente o galpão explode, meu corpo é lançado para longe, atordoada escuto os gritos de Tom me chamando e me entrego a escuridão.

(...)

Minha cabeça dói, tento abrir os olhos, mas logo uma luz forte me faz fechar novamente. Levo minhas mãos à cabeça, mas uma mão a barra no caminho até minha cabeça.

— Você está com um cateter na mão. — Steve sussurra ao seu lado, na verdade Tom. Logo me lembro de minha raiva por ele. Continuo com os olhos fechados, não queria olhar para o homem em que me apaixonei. Um vazio enche dentro de mim, agora não tenho mais ninguém.

Estou sozinha!

— Quanto tempo estou aqui? — Pergunto não querendo falar mais que o necessário.

— Um dia! — Deu um suspiro forte. — Laila, temos muito o que conversar!

Balanço a cabeça e espremo meus lábios bem fortes. Eu não quero ter está conversa com ele, não agora. Estou sensível demais e não quero chorar perto dele. Ainda revivo as palavras do Cachorro na minha cabeças várias e várias vezes.

— Me deixe sozinha. — Peço. Ele se levanta e tenho coragem de abrir os olhos, quando está perto da porta pergunto. — O que aconteceu? Pegaram o Cachorro?

Tom para e se vira para mim seus olhos revelam o seu cansaço do estresse, uma camisa com o nome FBI e calça preta com vários bolsos, mostra que está com a mesma roupa de ontem. retira os óculos e com a outra passa a mão no rosto.

— O galpão explodiu, você foi arremessada para longe e bateu a cabeça em uma árvore. — Explica sem rodeio. — Alec Morovisk está morto, encontraram seu DNA em um corpo carbonizado dentro de um carro que explodiu junto com a explosão. Ainda estamos investigando o que resultou para o galpão a explodir, provavelmente queima de registro e não houve registro de nenhum carro saindo pela trilha de terra que você disse. — Minha garganta está seca.

Deveria estar feliz.

Mas por que não estou aliviada com a morte do Cachorro?

— E os outros? — Pergunto, deve ser isso que ainda não me sentir satisfeita. Tom Aponta para a cadeira que antes estava sentado.

— Posso?— confirmo e se senta.— Encontramos o diário de sua mãe junto com o seu celular quebrado.— Tinha esquecido do diário, sem esperar continua a falar.— Ele incrimina Billy e Maria, por participarem do sequestro e saberem que você e sua mãe viviam em cárcere privado, além da lavagem de dinheiro. — Espero que Tom continue. — Billy foi preso, logo após de encontrarem o corpo de Markon, mas Maria está foragida.

Merda!

— E os meus primos? — Queria saber sobre eles, principalmente de um.

—Felipe foi multado, conseguiu um habeas corpus por não participar dos envolvimentos de seus parentes, porém por saber, mas pagará uma boa quantia.— Ele respira fundo não gostando do que vai falar, tosse e engrossa a voz.— Laila, quando sua mãe morreu, Roger investigou e descobriu que não foi suicídio cometido por ela e sim que ela foi assassinada. Ele procurou por Maggie a agente Johnson, há mesma que está na frente das investigações sobre Alec Morovisk, eu faço parte da equipe, então com ajuda de Roger me infiltrei na casa de seu pai como seu professor, para tentar descobrir alguma coisa sobre a morte de sua mãe, mas você me surpreendeu.

— Dando exatamente o que você queria! — rir sem humor. — Então você me usou?!— confirmo para mim mesmo.

— Não, eu só deixei rolar! — Se aproximou. — Eu nunca te usei, Laila! Tudo foi verdadeiro de minha parte, eu queria te proteger quando te pedir para fugir comigo.

— Por que não me disse a verdade? Todos ao meu redor metiam para mim, até você. — Droga! Não queria conversar sobre isso, lágrimas começaram a cair do meu rosto. Tom pega um pedaço do meu cabelo que caí no rosto e coloca atrás da orelha.

— Eu tentei, mas todas as vezes você me interrompia. — Mas lágrimas caem do meu rosto.

— Eu achava que diria que me amava, e tinha medo de que me dissesse. — Iludida é isso que eu sou.

Achando que o homem a quem ama também a amava.

Meu subconsciente zomba de mim.

— Então Roger é o mocinho? — Mudo de assunto pois isso doía de mais.

—Não, ele abafava os casos que envolvia sua família, como nos ajudou será rebaixado de cargo na polícia. — Explicou.

— Me contento com isso! — É a única coisa que eu digo, ficamos um tempo calado, Tom se levantar e anda até a porta

— Boa noite Laila! — Diz e abre a porta.

— Tom! — O chamo, ele para e me olha. — Obrigada por tudo! — Tom sorrir sem mostrar os dentes e acena, saindo do quarto hospitalar. Jogo minha cabeça para trás na cama dura do hospital e olhando para o teto branco choro pela vida de merda que tenho.

Fora De Controle.(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora