Capítulo 26

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De frente para casa que sempre vivi e onde considero realmente meu lar. A saudade e a dor, pelas lembranças de toda minha vida, quando criança até o último dia em que deixei tudo para trás, e agora retorno sozinha, sem minha mãe ao meu lado. Bato na porta e espero que abra, porém não acontece nada, há casa esta com todas as luzes desligadas e em silêncio.

Bato de novo um pouco mais forte, olho ao redor para ver se alguém me viu ou ouviu, está tudo muito escuro e deserto. Dona Victória abre a porta e junto com uma carranca que se formar em um "o", por me ver ali.

— Laila, o que faz aqui nesta hora menina? Como chegou aqui? — Ela fala assustada como se estivesse vendo um fantasma. — Não pensei que encontraria tão cedo, desculpe filha, acabei fazendo pergunta de mais. — Ela se afasta da porta me dando passagem. — Entre!

Dou um abraço nela bem apertado que não demorar a corresponder. Quê saudade tão grande dela! Um conforto que a tempos não sinto, acalma a dor em meu peito.

— Vamos menina! — Se afasta e fecha a porta. — Está com fome? Está tão magrinha. — Sorrio pela preocupação.

— Morrendo! — Brinco. — Saudade da comida de verdade, já estava enjoada de comer folha!

Falo a seguindo até a cozinha e me sentando na cadeira da mesa. Acende a luz da cozinha que estava apagada e começa a fazer um sanduíche.

— Como estão as coisas aqui Dona Victória? Cadê Oliver e Elias? — Pergunto enquanto Dona Victória termina de prepara um sanduíche. — Obrigada. — Agradeço quando coloca o prato em minha frente.

— Como já é tarde só posso fazer um sanduíche, se aparecesse pela manhã faria uma comida especial só para você.

Saudade da comida de Dona Victória, há para nascer alguém que cozinhe melhor.

— Saíram para resolverem coisas de trabalho. — Continua Dona Victória um pouco triste.

— Já está começando com a síndrome do ninho vazio? — Falo saboreando o delicioso sanduíche.

— Quem dera se fosse!

Responde formando um silêncio desconfortável na cozinha, término todo o sanduíche enquanto me observar.

— Como estão as coisas por lá, Laila? — Pergunta assim que término de comer e me oferece um como de leite.

— É por isso que estou aqui Dona Victória, queria lhe fazer algumas perguntas.

Pega meu prato em minha frente e dando as costas vai até a pia.

— E o que seria?

— Minha mãe! — Ela me olha por cima dos ombros ao mesmo tempo que lava o prato que acabei de sujar. — Queria saber qual a sua versão de quando a minha mãe apareceu aqui, eu ainda não sei o motivo de ela ter sumido, porém, suspeito do porquê, a família do meu pai está envolvida com o tráfico de drogas. — Ela volta atenção ao prato e contínuo. — Tantas coisas aconteceram comigo, e antes de minha mãe morrer ela disse que explicaria tudo, agora estou perdida com tudo que estou descobrindo... E... — Respiro fundo, é difícil falar dele. — E tem um homem que está atrás de mim seu nome é Alec Morovisk, por isso estou aqui atrás de respostas.

Seus ombros se contraem, para o que estava fazendo e se apoia na pia.

— Está se sentindo bem? — Pergunto preocupada, vou até ela que está pálida e ajudo a sentar na cadeira. — Pegue! — Entrego o copo de leite que não bebi, ela segura firme e toma um gole do leite.

— Não, estou bem, foi só minha pressão que caiu. — Ela respira e olha para mim. — Eu só sei o básico que foi o que ela me contou. — Diz meio afoita. — Por favor volte para Los Angeles, é perigoso demais você aqui sozinha. — Ela diz com lágrimas nos olhos. — Tiro o copo de sua mão e coloco na pia.

Fora De Controle.(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora