Capítulo 30

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Tom Parker

Algumas horas antes.

Ao encontrar o pequeno vilarejo, entorno de vinte casas, há quinhentos quilômetros de aonde encontramos o celular de Laila destruído. Meu principal objetivo é achá-la! A operação desde início foi sigilosa, com participação do DEA, nos dividimos em cinco grupos, assim cercando todos os lados do pequeno vilarejo. Meu grupo foi composto pela minha equipe e mais quatro agentes que estão para apoio. Colocando os fones de comunicação. A voz de Maggie é a primeira a ser ouvida.

— Checando, estão todos me ouvindo? — todos confirmam. — Ótimo, chegou o grande dia, vamos lá acabar logo com isso e voltarmos para nossas casas. A ordem é ir atrás de Alec Morovisk, não quero nenhum erro, esperamos muito para estamos aqui. — Maggie olha diretamente para mim. — Está entendido?!

Maggie se aproxima de mim e segura meu ombro.

— Tom você me ouviu, sem nenhum erro. — Fala firme apertando o meu ombro, mesmo contra gosto afirmo. minha vontade e de correr até ela.

Invadindo a casa central, foi inevitável não haver trocas de tiros com os capangas do Cachorro. Entramos em um laboratório químico, com centenas de quilos de cocaína, entre outros. Enquanto mais entrava, não encontrávamos rastro de Laila e nem do Cachorro. Estava entrando em desespero, quanto mais tempo dela em suas mãos, mais propensos a estar morta.

Paul chama minha atenção a uma parede falsa, que empurrada dá acesso a uma escada para baixo da casa, passo primeiro sem esperar por ninguém. As paredes são de tijolos, o cheiro de mofo é forte, e a escada é estreita que dá para um corredor com duas portas a esquerda. A primeira porta estava fechada, aos passos lentos e a arma levantada. Sigo para a segunda que está aberta e com luz acesa. Aponto minha arma para dentro do quarto, mas não estava preparado para o que encontrei.

Laila, algemada em uma cama só de calcinha, com um canivete cravado em sua coxa esquerda, sangue escorria pela ferida, além de seu corpo cheio de mordidas com sangue em todos eles. Seus belos olhos brilhavam pelas lágrimas.

Eu quero matar Alec Morovisk!

Pela primeira vez, eu não sei o que fazer. Quero correr, abraçá-la, e prometer que nunca mais alguém a machucaria. Porém seus olhos dizem outra coisa. Minha menina determinada, seus olhos refletem vingança, e mágoa.

Se ela não sabia quem eu sou? Agora ela sabe.

Aproximo-me e tiro o pano em sua boca. Laila abre a boca, mas só sai um ruindo.

— Atrás... — vejo o esforço que faz.

— Não fale, vou tirar você daqui! — me apresso.

— Atrás...Da porta.

Não foi preciso termina a última palavra, viro apontando a arma, mas o tiro ecoa antes da minha reação. Zig está na porta com a arma levantada e atrás de mim um homem grita com um tiro no ombro, ele levanta a sua arma e apontando em minha direção. levanto minha arma mais rápido e descarrego o cartucho no seu peito, até o corpo caí sem vida no chão.

Eu reconheço aquela voz, foi o mesmo do telefone e descontei toda minha frustração.

— Valeu! — agradeço ao meu amigo. se não fosse por ele, não teria reagido a tempo. Volto minha atenção a Laila. Seus olhos expressivos atento. Decido por onde começa.

— Tom! — olho o meu amigo ao meu lado, que me entrega um conjunto de chaves. — Estava no bolso dele. — lança a cabeça para o rapaz morto no chão.

Sem hesitar tiro as algemas de Laila. Ela descansa os membros que estavam pendurados pelas algemas soltando gemidos de dor, e alívio evidente em seu rosto. Com os olhos fechados lágrimas deslizam agora pelo rosto avermelhado de alguma pancada, queria beijar cada lágrima que caem em suas bochechas.

— Vou ter que tirar este canivete de sua perna, então não vai conseguir se mover. — Sussurro perto do seu rosto. Confirma sem abrir os olhos, espreme os lábios até ficar em uma linha fina. Então retiro o canivete, junto com um grito e mais lagrimas em seus olhos. rasgo um pedaço da colcha da cama em que Laila está, para estancar o sangue quer fluir de sua ferida e dou um nó em sua coxa colocando bastante pressão.

Me afasto da cama, retiro primeiro o colete e em seguida minha camisa. Querendo logo cobrir o resto do seu corpo, pois Zig está observando tudo e passando as informações para Maggie. Ajudo Laila se sentar na cama, e entrego minha camisa que coloca com minha ajuda. ainda com os olhos fechados, mas agora sem lagrimas.

Laila se levanta devagar, pois sente muita dor na perna que está com uma pressão improvisada. Vejo que ela engole seco. Então abre os olhos totalmente indiferente. Esticando uma mão para mim. Franzo sem entender.

— Quero uma arma! — Afirma olhando dentro dos meus olhos.

— Não. — Digo de uma vez. — Você está ferida, precisa urgentemente de um atendimento médico!

Ela aponta para o corpo morto. — Aquele a quem matou, matou meu pai, minha mãe, Markon, Dona Vitória, e pior era meu melhor amigo ou achava que era. — VOCÊ! — Então coloca o dedo no meu peito. —Tirou isso de mim, além sou a única que sabe para onde o Cachorro foi.

— Eu não vou permitir, você está ferida Laila. — Ela se afasta e pega a arma que está no chão ao lado do corpo. Mexe nos bolsos do cadáver, tirando um cartucho. — Laila, vingança não é tudo! — Joelhada em frente ao corpo. Sussurra.

— Eu sempre te amarei, mesmo que não mereça meu amigo! — Passa a mão no rosto já sem vida. Um pouco de ciúme me pega desprevenido. Nem se quer olhou para mim sem a forma de desprezo, mas sei que está chateada comigo. Levantando-se de uma vez, coloca a arma no meio do meu peito. — Para mim é, Tom! — Sua expressão mostra sua mágoa. Toco sua bochecha e acaricio lentamente sua bochecha com o dedão, percebo que estar avermelhado.

— Desculpa, vamos conversar sobre isso depois?!

Ela tira minha mão do seu rosto empurrando meu pulso com o cano da arma. — Não temos nada para conversa. — Ela passa por mim, saindo da sala. Fecho os olhos e respiro fundo, me viro encontrando Zig no mesmo canto perto da porta.

— Vamos! — confirmo o seguindo.

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Fora De Controle.(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora