Fora De Controle.(Concluído)

Capítulo 8

Ando de um lado para o outro, estou ansiosa, aflita, amedrontada e vários outros sentimentos, ontem não sei se funcionou minha desculpa por ter saído, Billy não deu a mínima, claro, mas estou com uma sensação ruim. Repasso as informações de ontem várias vezes em minha cabeça, foi planejado a morte de minha mãe e os suspeitos são essa família de doidos. Se pausaram as câmeras, porque está pessoa sabia o que estava fazendo. E o idiota do Roger teve que aparecer para estragar tudo!

Mas até que ajudou um pouco!

Droga! Não posso confiar nele. Falo para mim mesma várias vezes, tentando tirar essa ideia louca da cabeça. Eu não sou burra para caí em uma enrascada contando todo meu plano logo para o Roger. Troco meu baby-doll, por uma calça jeans, uma blusa que Maria comprou vermelha. Faço careta, a blusa tem um decote em "v" bem grande no peito, deixando meu busto avantajado, coloco minhas botas preferidas que ganhei do Oliver no meu aniversário de dezesseis anos, achei que ele havia esquecido de mim pois tinha sumido o dia inteiro, foi quando descobrir que ele foi na cidade comprar uma bota especialmente para mim. Desde aquele dia não desgrudo delas, já estão velhinhas pedindo aposentadorias, mas não posso ficar sem elas. Me olho no espelho e vou saindo. Antes de virar a maçaneta, me lembro.

Onde ele trabalha?

— Droga! — Existem várias DP's em Los Angeles. Reviro os olhos, já me arrumei para fazer besteira, agora vou me sujar com a ideia louca. Saio trancando a porta. Vou até a cozinha e Billy está tomando café encostado no balcão lendo alguma revista.
— Aonde vai mocinha? — Ele diz sem tirar sua atenção da revista. Abro um sorriso.
— Vou fazer uma visitinha ao meu primo. — Falo me aproximando do balcão e pegando uma banana na fruteira. Ele olha para mim com as sobrancelhas arqueadas. — Quero me enturmar com os meus primos. — Falo uma verdade omitida. Descasco a banana e ele sorrir, em seguida piscando para mim.
— Não chegue tarde, tem que arrumar sua mala para ir a sua casa amanhã. — Reviro os olhos e aceno concordando, me despeço e saio o mais rápido possível.

Passo pela recepção abrindo um sorriso, Carlos estava sentado em uma das poltronas no meio do saguão de entrada. Paro em sua frente e ele me olha com um sorriso no rosto.

— O que posso ajudar senhorita? — Pergunta
— Quero que me leve ao trabalho do meu primo! — Ele levanta a sobrancelhas. — Roger Williams. — Completo, ele acena e se levanta.
— Me acompanhe senhorita! — O sigo saindo do saguão e indo em direção ao carro, ele abre a porta de trás do carro, agradeço e entro. Carlos não falou nada, um medinho aperta meu estomago, será que ele sabe onde é? Deve saber, né? já que trabalha para a família. Se eu perguntar ele ficaria ofendido? ficamos em silêncio em um bom período, então decidir não perguntar nada, até o carro parar, sair e abrir a porta.

— Não precisava, Carlos! — Digo envergonhada com seu cavalheirismo ou posso dizer seu trabalho.
— Te esperarei aqui, senhorita! — Aceno aceitando sua proposta até porque não tenho um dólar para o taxi, levanto o rosto olhando para a DP, vários policiais entram e saem. Viaturas paradas com policiais conversando. Respiro fundo.

— Já estou aqui né! — Falo sussurrando.

Ando até a recepção, pedindo para conversar com Roger Williams. Disse que era prima dele. A policial me analisou séria, olhou para o meu decote. Eu odeio essa blusa! Disse que sua sala era no terceiro andar do prédio, segunda sala a esquerda acenei concordando e agradecendo.

Subo para o terceiro andar e deparando com várias mesas com computadores a maioria ocupados. Ando em direção a duas salas no lado esquerdo. Passo por aquelas pessoas em meu caminho, até que uma mulher de cabelos castanhos presos no coque alto de olhos castanhos escuros, calça jeans e blusa social branca, com uma arma na cintura, bem visível para intimidar. Posso dizer que é forte, pois seu corpo revela seus músculos bem malhados em suas coxas bem desenhadas de várias sessões de musculações. Ela até que é bonita! Me imaginei no seu lugar, uma policial com distintivo, que pena será só apenas um sonho.