Como assim suicídio? Devem estar de brincadeira. Meu coração parece que vai explodir de tanta dor. Ela foi morta, isso sim. Minhas lágrimas caem descontroladamente. Ver minha mãe dentro de um caixão, me desmonta inteiro. A chuva caí mostrando seus sentimentos. Só a família do meu pai que acabei de conhecer, apareceram. Não sei se minha mãe tem família, ela nunca falou se tinha avô ou uma avó, se tinha irmão ou se era filha única. Esquivava de todas as perguntas sobre este assunto, nunca me importei no momento pois tinha dona Victória que considerava uma avó para mim. Agora seu velório vazio sem ninguém, apenas ao redor de pessoas interesseiras, exceto o padre. Faço uma pequena oração. Só peço conforto desta angústia dilacerante. Billy tenta me abraçar mais recuo, não quero conforto dele! Não quero nada de ninguém e principalmente que venham deles. O padre termina de falar e faz uma pequena oração, então me aproximo com uma rosa vermelha. Chego perto do caixão e me ajoelho no chão colocando a rosa encima.
— Eu vou me vingar, por você mãe. — Sussurro quase auditivo. — Todos vão pagar, um por um! — Passo a mão devagar pela madeira do caixão, querendo dizer um "Adeus". — Eu te amo! — Me levanto e dou alguns passos para trás.
Logo depois dois homens colocaram o caixão dentro do buraco no chão. E começaram a tampar. Cada areia que cobria o buraco é a quantidade de dor que vou causar em cada um. Eles mexeram com a pessoa errada.
Saio dali no meio da chuva, deixando lavarem minhas lágrimas.
— Laila! — Billy grita. — Você pode ficar doente desse jeito na chuva, menina! — Não ligo, sigo os meus passos lentamente pelas ruas de Los Angeles.
Como minha mãe disse que não era para confiar em ninguém. Agora vou interpretar literalmente, todos são suspeitos, e eu vou me vingar! Armaram uma armadilha contra ela, está explícito isso. Provavelmente me deixar bêbada era parte do plano, para matar minha mãe. Eu mesmo vou resolver isso com minhas próprias mãos, pois estou vendo que nem na polícia posso confiar.
Subo para o apartamento e vou para o meu quarto. Preciso esfriar a cabeça e pensar em um bom plano.
(...)
— Laila! — Billy me chama. — Laila eu sei que está ai! —Ele fala batendo na porta.
Levanto-me da cama, devagar estou com dor de cabeça de tanto chorar.
— Oi! — Falo atrás da porta. — O que foi?
— O seu advogado está aqui e quer falar com você. — Billy diz com uma voz calma.
— Já estou indo, só vou trocar de roupa. — Falo indo ao closet.
— Estamos te esperando. — Ele diz e saí.
Coloco um short jeans, uma blusa preta e claro minhas botas. Amarro meu cabelo e passo água no rosto para diminuir minha cara enxada de choro. Saio do quarto e vou para sala que está tendo uma pequena reunião, Maria, Billy, Markon e Sr. Cooper todos reunidos em volta da mesa de centro. Sinto uma sensação ruim, um mal pressentimento. Aproximo-me aos poucos o primeiro a me ver é Billy que abre logo um sorriso, e como um efeito dominó todos me olham.
— Bom estou aqui! — Digo um pouco tímida.
— Temos algo importante a conversa. — Sr. Cooper começa falando. — Seria bom você se sentar. — Ele aponta para poltrona que está vaga na sua frente. Aceno e me sento.
— O que seria? — Olho para todos que estão com um semblante triste, menos Markon que esbanjar um sorriso fechado em seus lábios. Idiota!
— Sua guarda! — Sr. Cooper fala. levanto as sobrancelhas. — Você ainda é de menor por pouco tempo, então a justiça decidiu que Markon ficará com sua guarda. — Idiota, por isso que está com esse sorriso. Olho incrédulo para o advogado.
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Fora De Controle.(Concluído)
ActionLaila Williams tinha uma vida simples, mas não como qualquer garota. Isso deixa claro quando seu passado a encontra. mostrando que ela poderá escolher o caminho do certo ou errado. Uma aventura que não existe mocinhos. Fora de controle é uma delas. ...