Fora De Controle.(Concluído)

Capítulo 11

Já se passaram semanas e não descobrir nada. Um desespero bate em mim, tentar ser forte é difícil. Semanas que estou sem minha mãe, um buraco enorme no meio do peito está sangrando, eu sei que nunca sumirá, mas o remédio para cicatrizar será a minha vingança.

Até que Filipe parou um pouco de querer me seduzir depois de colocar ele no devido lugar. Tento fugir o máximo dele enquanto não ficamos a sois no escritório. Até que estou aprendendo sobre o que devo fazer, de como funciona a administração dos Hotéis, estou me esforçando o máximo para aprender. Assim poderei descobrir o que escondem!

A porta abre atrás de mim. Não tiro minha visão do jardim que é magnífico, todos os dias tiram um suspiro meu de tão lindo.

— Laila, o senhor Markon está te chamando. — A Margô fala, me viro e dou um leve sorriso sem mostrar os dentes, e solto um longo suspiro.

Eu não suporto esse homem!

— Diga que estou indo. — Falo massageando minha têmpora e ela sai fechando a porta. Margô está sendo uma pessoa maravilhosa comigo, cuidando tão bem mim estes dias, seu cuidado é quase materno. Eu sei que sou difícil, mas ela mantém uma paciência que me faz derrubar todas as minhas barreiras aos poucos. Fecho o livro em minhas mãos, me levanto e saio do quarto trancando-o.

Ao descer as escadas e ir direto para a sala. Vejo que Markon não está só. Um homem alto, com o corpo magro, cabelos castanhos escuros e de óculos que lhe dá um certo charme, estão em pé no meio da sala. Aproximo-me com passos lentos, quando eles me veem. Markon abre um sorriso, que me dá um enjoo de tão falso.

— Querida sobrinha! — Fala alto, reviro os olhos. — Quero lhe apresentar seu mais novo professor, Além do meu filho que vejo você aprecia bastante suas aulas. —
O encaro com raiva. O seu plano não vai funcionar seu babaca. Olho para o homem alto em minha frente, com sua postura impecável. Não me parece tão velho. Dou-lhe não mais que uns trinta anos. — Este é Steve Martz, de UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles). — Ele acena para mim. Sem dizer nem uma palavra.

— Prazer! — Digo ríspida pela sua atitude, detesto gente assim. Já não bastasse esses imbecis que tenho quer aturar todos os dias.

— Fique à vontade Sr. Martz! — Markon bate no ombro do homem a minha frente e olha para mim. — Amostre ao Sr. Martz a biblioteca. — Manda e saí da sala.

Olho para o homem na minha frente e viro-me dando as costas para o homem desconhecido, seguindo para biblioteca, descido que não vou ser legal. Não tenho motivos para ser simpática, agora que não vou ser. Vai ver que aquele imbecil do Roger está certo, mais um para descontar minha frustração. Subindo as escadas vejo que ele me segue. Reviro os olhos. Ando no corredor até a porta da biblioteca e abro entrando logo de uma vez, me sento em uma mesa redonda no canto na biblioteca entre as prateleiras com livros.

Olho para ele com um olhar sério, ele fecha a porta atrás de si e caminha em passos firmes até a mesa, colocando sua maleta em cima. Sem encontrar meus olhos em nenhum momento, fico mais frustrada. Tirando uns livros e papéis da maleta e colocando sobre a mesa.

Quando termina, olha bem sério dentro dos meus olhos, vejo que seus olhos são um castanho bem mais claro que seus cabelos. Sinto um leve tremor em minhas pernas.

— Vou ser direto com você! — Afirma com voz grossa que me causa arrepios em todo o meu corpo. Continuo o encarando, para não perceber que suas palavras me afetaram.

— Não tolero nada que atrapalhe minhas aulas, estou aqui para ensiná-la e isso será o que farei. — Fala ríspido. Arque-o as sobrancelhas. Ele não sabe com quem falando, eu não sou de receber ordens muito bem.