_Lia Sullivan_
Ser uma mulher durona em meio de vários homens é difícil, principalmente aqueles que se acham superiores só porque carregam bolas entre as pernas. E meu erro foi ver e me apaixonar pelo que ele tinha entre as pernas.
Chegar à aonde cheguei, não é fácil; dedicação e vocação para ter estômago para lidar com todos os tipos de crimes, porém trabalhar com o Roger, multiplica. Estamos atolados de investigações e o Roger parece que está com cabeça em outro lugar, estou fazendo tudo sozinha desde a morte de Rosana Williams, esposa fugitiva de seu tio, ele não é mais o mesmo.— Detetive, aqui estão as papeladas para fechar o caso da morte do dono do vinhedo. —O policial Davis tira minha atenção da tela do computador.
— Obrigada!
Sem pressa vou até a sala de Roger, para mais uma batalha física como emocional.
Bato e não escuto resposta, então abro a porta aos poucos observando o local. Encontro ele sentado perto da janela olhando atento algo lá fora.
Bato de novo um pouco mais forte tirando sua atenção do que olhava e focando em mim. Ando até a mesa, colocando os papéis encima, e me virando em sua direção que continua a olhar pela janela com os braços cruzados.
— Trouxe o encerramento do caso do dono do vinhedo. — Digo e me encosto na mesa, esperando sua resposta, mas não vem. — Já chega Roger! Acorda para vida, você está em outro mundo a dias.
Ele volta a olhar para mim.
— Isso não te diz a respeito, Detetive, pode sair depois eu assino. — Ele se levanta e anda para a mesa, sentando-se na sua cadeira.
— É mulher, né?! — Falo na defensiva. Ele não responde, não gostei do seu silêncio, não deveria ter me importado não temos nada além de sermos colegas de trabalho. Porém doeu, me virei apoiando as mãos na mesa encarando os seus olhos. Sua expressão é de cansado e preocupação.
— Meu Deus, Roger, quem foi que te deixou assim?— Isso não é da sua conta! — Diz ríspido.
— Quando começa a afetar seu trabalho, é dá minha conta sim! — Digo brava. — Que merda, vai ficar assim por causa de um rabo de saia.
— Lia, cale a boca! — Esbraveja em tom baixo. — Você não sabe do que está falando, e não ouse falar dessa forma comigo ou está fora dos casos a partir de agora.
Dou um soco em sua mesa derrubando uns papéis. Não ligo para isso, e aponto o dedo indicador na cara dele. Vai a merda o respeito aos superiores, o profissionalismo já morreu a muito tempo entre nós dois.
— Que ela te dê um pé na bunda bem grande! — O amaldiçoou. — Eu só quero te ajudar, pois sua incompetência afeta o meu trabalho, nem tudo roda ao seu entorno Roger, uma trepada de consolação não me faz cair aos seus pés. — Endireito minha postura sem acreditar em que rumo nossa conversa chegou, o que eu disse tem um pouco de mentira, mas nem tudo gira entorno dele. Abaixo para pegar os papéis que caíram. Porém me surpreendo com o nome de Alec Morovisk.
Levanto devagar e mostro o papel.
— O que você está fazendo com a ficha criminal de Alec Morovisk? — Não dou tempo para ele responder. — Me diz que você não está fazendo merda, Roger?! — Pergunto, confirmando para mim mesma que ele não seria ridículo de investigar um caso por conta própria.
Ele toma o papel da minha mão com brutalidade.
— Saía da minha sala detetive Sullivan, você está dispensada. — Olho incrédula para ele. — Vá! — Grita.
Sem demora, saio de sua sala batendo a porta com força, sem me importa se chamei atenção ou não. Pego minhas coisas, coloco a arma no cós da calça e saio com raiva, com vontade de atirar em alguém.
Com vontade de atirar no Roger!
(...)
Dirigindo em direção à minha casa, com os pensamentos a mil. Não tinha prestado atenção a minha volta. Quando paro no sinal vermelho, há três quarteirões de casa. Observo um Mustang vermelho na minha cola. Para espantar este pressentimento que está me seguindo, mudo o caminho.
E lá está ele! Tirando a conclusão de que realmente estou sendo seguida. Vou dirigindo devagar como se não tivesse percebido, tento avançar uns carros deixando uma distância grande. Entro em um beco a qual conheço bem e desço do carro às pressas me escondendo em uma brecha do muro com minha arma em punho.
O Mustang aparece estacionando atrás do meu carro deixando-o encurralado, e me surpreendo quando a prima de Roger, filha do tio que morreu e agora órfã de mãe também, saí do carro acompanhado com um homem bastante alto, com roupas sociais. Eles passam por mim sem perceberem que estou escondida em uma estreita viela que mal me cabe. E vão ao meu carro um pouco mais a frente. O homem fica de costa para mim e a prima de Roger abre a porta do meu carro.
Sem mais delongas.
Aponto a arma na nuca dele fazendo o barulho da trava de gatilho, eles percebem rapidamente minha presença. A prima de Roger me olha com calma não demostrando nenhuma reação, mais o homem em minha frente levanta a mãos quando encosto o cano em sua cabeça.
— Vocês têm cinco minutos para me convencer a não atirar! — Digo bem firme, blefo, claro que não vou matá-lo até o momento não estão armados. — Começando por agora, Um!
— Preciso de sua ajuda! — Ela encosta no carro e cruza os braços.
— Dois!
— Queria uma informação que só você poderia me dar!
— Suborna um policial é crime sabia? Até agora não me convenceram, três! — Desço a arma pelas costas do homem, que se treme todo. — Quatro!
— É sobre um tal de Cachorro, eu não sei o seu nome direito.
Isso me fez lembrar do que vir no escritório de Roger. A liso o cano de novo pelas costas do rapaz que treme e encosto na sua cabeça novamente.
— O que tem ele?
— Podemos conversa aí eu explico melhor, tudo o que você deve saber!
Guardo a arma recebendo um suspiro de alívio de sua parte. Porém a prima de Roger não teve reação. Fria e plena como se nada a atingisse.
— Isso não quer dizer que vou cooperar com vocês! — Olho atento para os dois, contornando os olhares entre eles. — Vamos tomar um café, vocês pagam por tirarem o meu sossego.
Viro-me andando até a saída do beco, com eles atrás e um pressentimento de algo bastante ruim me atingi em cheio.
Um medo pelo que Roger deve estar se metendo me apodera e isso não me cheira bem.
Beijinho queridos leitores.
Deixem suas estrelinhas e cometem 💋💋💋💋💋💋💋
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Fora De Controle.(Concluído)
ActionLaila Williams tinha uma vida simples, mas não como qualquer garota. Isso deixa claro quando seu passado a encontra. mostrando que ela poderá escolher o caminho do certo ou errado. Uma aventura que não existe mocinhos. Fora de controle é uma delas. ...