Capítulo 15

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— Acho que você está confundindo as coisas aqui! — Digo ríspida. — Não te dei nem uma permissão de colocar suas desprezíveis mãos em mim. — Meu nervosismo falou mais alto. Olho para Billy que se engasgou com o que disse e volto a olhar o desgraçado ao meu lado.

Ele não esboça nem um tipo de constrangimento pela sua atitude, toma o seu champanhe como se eu não estivesse ali e ele não tivesse feito nada. Meu coração bate forte como se fosse sair pela boca.

Meu corpo treme, estou entrando em pânico. Ele está me deixando assim, só a presença dele me dar repulsa. Levanto-me da cadeira de uma só vez.

Eu tenho que sair daqui, tenho que me acalmar primeiro!

— Se me derem licença! — Saio mais rápido possível não deixando eles responderem.

Em passos largos vou até o banheiro feminino. Entro e paro em frente ao espelho.

Olho meu reflexo, estou muito bonita, minha aparência está impecável, mas pálida como se tivesse visto um fantasma. Dentro dos meus olhos posso ver que estou entrando em pânico, meu coração não para de bater forte e minha respiração está turva.

Meu Deus só a presença dele me deixa assim, isso não é bom!

Em seus olhos pude ver que ele é algum tipo de mostro, lembro-me das aulas de Elias sobre identificar tipos de personalidades entre boas ou ruins. Achava que eram aulas bobas sem necessidade alguma, pensava por que ia querer identificar uma pessoa assim? E agora resposta está na minha frente.

Todos ao meu redor são assim, pessoas ruins, desagradáveis e gananciosas.

Por que não posso ter uma vida normal?! Ser apenas uma adolescente que se preocupa apenas no que vestir ou em quem namorar, mas essa definidamente não seria eu.

Respiro tentando me tranquilizar, meu corpo grita "vai embora", mas minha cabeça diz que tenho quer ficar para descobrir alguma coisa. — Qualquer coisa. — Saber qual o assusto com esse tal cachorro? Quais são os seus negócios?

Já sei que não é algo bom!

Volto a olhar meu reflexo no espelho, já estou mais calma, porém a sensação de pânico volta com tudo. Minha respiração, meu coração e agora uma tremedeira no meu corpo. Ele estava ali atrás de mim, observando silenciosamente encostado na porta.

Viro-me de supetão para encará-lo.

— O que faz aqui? Não viu que é um banheiro feminino? — Me surpreendo com minha voz saindo firme, diferente do que estou sentindo.

Ele sorrir de lado e me olha de cima a baixo.

— Você está muito gostosa menina! — Ele fala analisando meu corpo lentamente com um sorriso malicioso em seus lábios. — Vou amar desfrutar de você! — Dou uma risada alta e um tom irônico.

— E o que faz você pensar que um dia vá conseguir isso, seu imbecil? — Ele olha dentro dos meus olhos ainda distantes e com as mãos no bolso da calça social. — Você não é o meu tipo, detesto gente velha que se acha jovem demais! — Falo com deboche.

Seus olhos agora pegam fogo de raiva e desejo ao mesmo tempo. Meu corpo treme com a sua expressão. Seguro-me na pia para que possa controlar a tremedeira das minhas pernas e não deixe que perceba.

— Você querendo ou não vou ter você na minha cama, ou quem sabe aqui mesmo? — Seu tom é sério e ameaçador.

— Você perdeu o juízo? Se pensa que vai ter qualquer tipo de negócio comigo ou com os negócios do meu pai? Considere encerrado.

Fora De Controle.(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora