Capítulo 08 - Uma linda mulher

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Viola M

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Viola M.

Quando fui perceber, antes de responder a proposta indiscreta de Alan, a minha mão já voava pelo seu rosto, deixando uma marca vermelha em suas bochechas e uma ardência passageira na minha palma.

Por sorte ele não estava de óculos, porque se estivesse, provavelmente voaria e quebraria na queda.

— Você é idiota? — quase gritei — Quem você acha que eu sou?!

Eu sabia! Sabia que aquela coincidência no hospital era evidente e que ele podia estar me seguindo. Também imaginava que ele estava querendo alguma coisa, porque homens sempre querem algo a mais. Só não imaginava que seria algo... desse tipo.

Fingir ser sua namorada? Que tipo de favor era esse? Oque ele queria com isso?!

Alan tentou falar mais alguma coisa, enquanto eu comecei a procurar a chave de casa, dentro da minha bolsa, para entrar na minha residência o mais rápido possível.

— Eu posso pagar! — ele insistiu, desesperado, e ficou me olhando esperando por uma resposta.

Só podia ser brincadeira...

— Tenho certeza de que existem serviços desse tipo — o fitei de maneira desprezível — Porque você não... sei lá, instala o tinder ou liga para o disque-encontro? — exclamei irritada.

— Isso existe? — riu — Você tem o número?

Não sei se ele realmente estava achando graça ou só estava tentando me distrair, ou até me acalmar, por isso, fiz uma careta debochada.

— Não, geralmente eu não costumo precisar de namorados falsos.

— Ei, nem eu! — me encarou sério — Aqui é só uma... um... imprevisto.

Muito justificado.

— Por favor, Viola — tentou me tocar e eu o acertei com a minha bolsa — Ai..!Eu, eu... ouvi você falando no telefone. Sei que está precisando de dinheiro para sei lá o quê...

Parei e cruzei os braços, fazendo questão de encara-lo com um semblante bem feio.

— Olha! — ironizei — Além de interesseiro, é um fuxiqueiro, curioso, xereta e mal educado — disparei nervosa.

Poxa, porque estava tão difícil assim encontrar a minha chave dentro da bolsa?!

   — Viola, é sério... — me olhou, quase implorando — Você não está pensando direito! Se o problema é dinheiro, eu posso pagar.

   — Você nem me conhece direito — exclamei — Sai daqui...!

Desisti de encontrar a chave e comecei a bater na porta, repetidas vezes.

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