Capítulo 47 - Sentimentos concretos

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Alan L

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Alan L.

Hoje é o meu aniversário.

Apesar de eu ter deixado claro que não queria comemorar - devido à semana corrida e que a Viola tinha passado - e que eu queria apenas ficar na minha residência com a minha namorada, as pessoas apareceram e a casa ficou movimentada.

Chamei Viola para um canto e perguntei se ela queria que eu expulsasse à todos, mas ela negou e com um abraço forte, disse que estava bem e que era para eu curtir o meu aniversário.

E apesar de não gostar de aniversários, esse eu até que estava aproveitando.

Não tinham muitas pessoas. Meus pais, Lili, Bruno junto com Letícia e Guilherme, assim como também Alex, Lorena e a pequenina Júlia, Bia e, para terminar, os meus outros amigos: Mike, Pablo, Levi e Cherrie - que chegaram totalmente de surpresa com um bolo.

— Minha vez! — Cherrie gritou, batendo palmas e se levantando do tapete — Alguém quer ser minha dupla?

Todos começam a conversar um atrás do outro para decidir quem vai cantar no karaokê com a Cherrie e acabam decidindo que é a Bianca. E então, as duas levantam e começam a olhar na TV as opções que têm.

Eu estou sentado no sofá com a perna ainda engessada - e em breve perfeitamente curada - em cima de um banco e Viola ao meu lado, com a cabeça no meu ombro rindo das palhaçadas dos meus amigos.

   — Alan... — escuto meu nome ser chamado pelo meu pai e o encaro, sentado em uma cadeira perto da varanda e longe do círculo que tínhamos formado — Um copo d'água?

   — Quer que eu pegue? — Viola pergunta, virando a sua atenção para a minha perna engessada — Se não quiser...

   — Não, pode deixar — sorrio, lhe dando um beijo na boca — Vou tirar isso daqui depois de amanhã. Estou praticamente bem. 

Ela sorri e mesmo assim, me ajuda a levantar do sofá.

Em vez de seguirmos até a cozinha, meu pai inclina a cabeça e pede para que eu o siga.

   — Você não quer água?

   — Tenho que te dar o seu presente — ele sussurra para que apenas eu escute, enquanto caminhamos um ao lado do outro para o corredor da casa, onde está mais silencioso.

Franzo as sobrancelhas e o sigo.

   — Presente? — qual foi a última vez em que meu pai me deu um presente? — Não precisa. Estou fazendo vinte e cinco anos, não doze.

Espero ele rir com a minha frase para quebrar o gelo mas ele não o faz, e me encara de cima a baixo.

   — A Viola conversou comigo, Alan.

Inclino a cabeça sem entender.

Viola conversou com o meu pai?

   — Sobre o quê? — sinto curiosidade. Nem eu gosto de conversar com o meu pai, quem dirá a minha namorada — Não entendi.

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